sexta-feira, julho 28, 2006

Foi bom, mas poderia ser melhor

O Inter foi superior ao Libertad. O que não significa, claro, que tenha jogado bem. Começando pelo próprio adversário. Confesso que ainda não havia assistido a nenhum jogo inteiro do time paraguaio. Hoje, vi e não gostei. Time previsível, lento e pouco criativo. O trio defensivo colorado anulou-o com relativa facilidade. A zaga se houve bem, portanto, na maioria das investidas do oponente. No entanto, o meio-de-campo se mostrou um tanto quanto desajustado. Com dois volantões essencialmente marcadores, Fabinho e Edinho, a bola não saía qualificada. O único meia-armador de ofício, Alex Rafael, não tocou na bola, sendo um mero coadjuvante na partida. Isso acarretou um profundo buraco entre meio-de-campo e ataque. Um lance sintomático dessa mazela no esquema de Abel deu-se aos 17 minutos da etapa final. O zagueiro Bolívar - de boa atuação - atravessou todo o campo com a bola dominada, pois não havia opções para jogar, preenchendo o vazio deixado por Alex. Bolívar acabou arranjando uma boa falta na intermediária. A dupla de frente, Fernandão e Rafael Sobis, então, teve que sair de perto da área para tentar criar alguma coisa. E eles até conseguiram, mas sem balançar as redes. No final, quase que veio o castigo. Um chute que encontra o travessão e as costas de Clemer. Mas vai para fora. Levando em conta o advento do gol qualificado, o 0 a 0 foi o pior dos empates para o Inter. Todavia, claro, é melhor do que qualquer derrota. Enfim, acabou prevalecendo a sensação de que o Inter tinha condições de conseguir coisa melhor em Assunção. Fica tudo para a próxima quinta. Nada mudou depois desses primeiros 90 minutos de semifinal: o Inter continua melhor que o Libertad (em relação a time e a jogadores) e, igualmente, permanece favorito.