quarta-feira, agosto 09, 2006

É hoje


A Carol, no post abaixo, levantou a bola e eu me atrevo a pegar de primeira: hoje, em São Paulo, às 21h45min, é, sim, o jogo mais importante da história do Internacional.
Trata-se de uma questão hierárquica e sentimental.
Hierárquica porque conquistar o continente é mais relevante do que o país, coisa que o colorado já conseguiu quatro vezes (três Brasileirões e uma Copa do Brasil).
E sentimental pelo fato de a torcida vermelha carregar, desde 1983, uma inferioridade em relação ao seu rival, o Grêmio. Em qualquer discussão entre gremistas e colorados, chega um tricolor e fala da Libertadores da América. E com que argumentos o colorado vai retrucar?
Isso pode acabar a partir de hoje.
E o componente emocional também é fundamental entre os protagonistas da decisão, a saber, os jogadores.
Noto, pelas entrevistas e imagens dos jogadores do Internacional, um clima de total concentração. E tem que ser assim. No entanto, eles não podem, ao entrar no gramado do Morumbi, deixar o ambiental da decisão, bem como toda a expectativa do impaciente torcedor sem títulos há anos, atrapalhar. Creio que, em uma final, o controle do fator emocional é tão importante quanto o resto.
Até porque o resto não se sabe: os mistérios de Abel e Muricy dão vazão a uma onda de especulações.
Mas de uma coisa se tem certeza: é hoje que se verá um grande jogo. Pela TV ou no estádio. Talvez nem seja bem jogado, quem sabe até se torne um tanto quanto truncado. Porém, é uma final de Copa Libertadores. Acho que já basta.
Ah, sem contar a torcida: conversando com amigos, a frase mais pronunciada pelos colorados é a seguinte: "é hoje!". E será mesmo.