quinta-feira, novembro 02, 2006

O jogo dos sete (mil) erros

Campeonato Brasileiro
Grêmio 1 x 2 Figueirense

Novamente, o Grêmio fez de tudo para perder. Dessa vez, conseguiu. Deixou três pontos escapulirem de maneira lamentável. O time de Mano só fez errar. Errar, errar e errar.
1. O time não começou o jogo de forma impositiva. O meio-campo do Figueirense deitou e rolou.
2. Patrício comprometeu, pra variar, mas agora de forma definitiva: aos 20 minutos, protegeu mal a bola, permitindo a ultrapassagem do oponente. A falha deixou Soares com o gol vazio: 1 a 0.
3. Tal qual Maidana contra o São Paulo, Pereira entrou comprometendo, não sabendo tirar a bola com qualidade, sem contar a lentidão. O sistema defensivo inteiro foi mal. Assim, Schwenck entrou livre na área e sofreu pênalti de Galatto. Gol de Cícero.
4. Ramón e Rafinha, definitivamente, não passam de quebradores de galho. Não servem para titularidade. O primeiro é omisso, ao passo que o segundo pensa estar brincando de cabra-cega: só rodopia.
5. Muito por causa deles, o meio-campo perde em articulação. Com isso, Tcheco precisa da ajuda de Lucas para armar. E ocorre o cobertor curto: Jeovânio termina sobrecarregado na tarefa de contensão.
6. Rômulo, nesse jogo, houve-se bem, na medida do possível. Participou ativamente na jogada do pênalti em Tcheco, que o próprio converteu. O erro está na falta de articulação. Faltou qualidade dos armadores para servir o centroavante.
7. Escalona, a fim de estancar um contra-ataque rival, usou o cotovelo. Foi para a rua logo no início do segundo tempo, quando o Grêmio mais pressionava. Nesse lance, envolvendo um equívoco de outro lateral, foi decretada a derrota tricolor.

Sete erros só? Não, procurando bem, houve muitos outros como o ingresso do incipiente Aloísio em uma fogueira dessas. E houve acertos do Figueirense, claro. Os catarinenses jogaram de igual para igual, sem retranca. Souberam defender-se e contra-atacar com precisão. Contaram também com o goleiro Andrei, ex-Grêmio, em noite brilhante, sendo autor de quatro ou cinco belas defesas.

Mas o Grêmio errou absurdamente. Erros em que faltaram qualidade, mobilização, energia. O que não pode faltar. A curva descendente segue. Eu já avisara: não será sempre que Deus vai dar uma mãozinha, como contra o Fluminense, no 2 a 1 da última quinta.

A sorte azul é que o Santos perdeu para o Juventude, em Caxias, por 3 a 2, em um jogo disputadíssimo e de muitas alternativas. E que o Vasco perdeu para o Atlético-PR, em Curitiba, em um duelo fantástico, de escore absurdo: 6 a 4. Com isso, Grêmio e Santos permanecem grudados, e a diferença do Tricolor para oVasco fica em cinco pontos. Mas, é bom lembrar, ambos (Santos e Vasco) perderam fora de casa. É, o Grêmio está se complicando no Campeonato Brasileiro.