quinta-feira, abril 12, 2007

Cheiro de tragédia

Libertadores da América
Cúcuta 3 x 1 Grêmio

No próximo dia 24, no estádio Olímpico, o Grêmio terá que fazer algo que não vem fazendo com muita freqüência na Libertadores: vencer. O adversário: o Cerro Portenho. Porque jogar bem é algo que já não está mais em cogitação. O Grêmio acabou de sair da zona de classificação, está em terceiro. Em 2007, Libertadores e Grêmio não têm nada a ver. A Libertadores não está sendo a cara do Grêmio. Definitivamente.

Ontem, tomou uma sapecada do inexpressivo Cúcuta, na Colômbia, um time com reles três pontos até a rodada iniciar. O primeiro tempo azul foi de doer, ou melhor, de rotina. Tcheco novamente foi fazer turismo pela América do Sul, bem como todo o time. Mas ele é o capitão, o cerébro. O Grêmio depende ele. E de Lucas. Que também não estava inspirado, apesar da luta. E Tuta? Mal, sumido.

A derrota no primeiro tempo por 1 a 0, gol de Bustos, fez o Grêmio voltar melhor do intervalo. O empate saiu em um gol contra do zagueiro Moreno, depois de um entrevero na área. O Tricolor insistia pela esquerda, com um veloz Lúcio, que melhorara em relação à etapa inicial. Já Diego Souza começou e terminou deprimente.

O Grêmio era superior nesse momento, após seu gol. Tuta só não virou por milagre do goleiro, em golpe de cabeça. E Schiavi, na sua vez de tornear, o fez de forma torta, na risca da área pequena.

Mas o time de Mano Menezes não aproveitou as chances e levou dois gols, dois golaços, de quem sabe fazer gols, não de quem só vence as redes opostas trÊs vezes em cinco jogos. Blas Pérez e Castillo foram os algozes de gols muito parecidos. Em ambos a zaga estacou, quedou-se imóvel, como se ali não estava em jogo uma vaga às oitava de final da Libertadores.

O Grêmio perdeu, não poderia ser diferente, porque o Grêmio não foi diferente. O futebol, infelizmente, às vezes é lógico também. Dia 24, será a noite de quebrar a lógica.

* A diretoria tricolor confirmou Amoroso como nova contratação para o ataque. Em termos de constatação, está correto: o Grêmio precisava urgente de mais um avante. Mas não sei se o nome é o mais adequado. Amoroso está começando a ingressar na lista dos veteranos fazedores de grandes contratos apenas. Como Luizão. O Grêmio e sua torcida se lembram dele, com certeza.