quinta-feira, maio 31, 2007

Nem se Pelé entrar em campo

Libertadores da América
Grêmio 2 x 0 Santos
O otimismo, e até o exagero, da frase acima tem certa razão de ser. Ontem, o Grêmio reiterou sua condição superior como mandante. Em um Olímpico lotado, o Tricolor detonou o Santos: 2 a 0. Está com um pé na final da Libertadores 2007.

A tônica da partida foi o equilíbrio, com muita movimentação de intermediária a intermediária. O Santos até mostrava-se mais vertical. Saja (na foto, comemorando um dos gols) teve que salvar com a palma da mão direita um chute de Marcus Aurélio.
No entanto, um puxão acintoso na grande área mudaria a história da semifinal. Ávalos quase levou Diego Souza para casa de tanto que o agarrou: pênalti. Tcheco, o mistério da noite gélida, estufou a rede do esquentado Fábio Costa, aos 34 minutos. O Grêmio estabelecia o 1 a 0, o Olímpico fazia do inverno um veranico e, melhor, o Santos tremia. Tanto tremeu que a perna direita do defensor santista fraquejou ao ver a mirrada sombra de um menino. Carlos Eduardo (foto abaixo) tomou-lhe a bola e, mais esperto e provocador ainda, deu um toque sutil, longe do alcance do goleiro adversário. Era o 2 a 0, três minutos após o tento inaugural. Loucura na Azenha. E só não virou um manicômio geral porque, no minuto seguinte, Tcheco, sozinho, estourou a bomba em cima de Fábio Costa.

No segundo tempo, Mano Menezes sacou Tcheco e pôs Ramon. O Grêmio diminuiu o ritmo, mas não perdeu a vantagem. O Grêmio não só faz gols; não os toma. Pelo menos no Olímpico, Saja não sabe o que é ser maculado durante toda a competição continental. E assim o foi desta feita. O primeiro chute santista na etapa final, de Pedrinho, saiu somente aos 37 minutos. E ainda nem precisou da intervenção do arqueiro argentino, foi para fora.

Derrota por um gol de diferença ou por dois gols, anotando um fora de casa, significam a chegada à porta do céu para o Tricolor. E lá Rei nenhum tem vez. Nem seus pupilos. Relacionamentos extraterrenos é coisa para imortal. É coisa para o Grêmio.