quinta-feira, maio 24, 2007

Um leão chamado Grêmio


Copa Libertadores
Grêmio 2 x 0 Defensor
Grêmio 4 x 2, nos pênaltis

É histórico. Sempre foi assim. Fora de casa, o Grêmio pena, leva sufoco, perde. Quando sai dos domínios da Azenha, o Tricolor sente-se acuado, desprotegido, órfão. Um cordeirinho. É quando retorna e recebe o afago de 50 mil pais e mães, que o Grêmio funciona. Que o Grêmio é o Grêmio.

Ontem, numa fria noite porto-alegrense, o Grêmio foi mais do que coração, raça, e torcida. Além da bem-vinda Imortalidade, o Grêmio foi imponente, jogou com sobriedade, sem afobação. Os gols de Tcheco e Teco foram naturais. Era nítido que uma hora ou outra sairiam. E assim o foi. O Defensor era uma sombra do que fora semana passada, quando aplicou dois, no Uruguai.

O segundo tempo foi mais equilibrado. Mesmo assim, a única vez que o Defensor chegou perto de um tento foi no final, em uma bomba que detonou o travessão e bateu em cima da linha. És mesmo imortal, Tricolor.

As penalidades refletiram a superioridade do mandante, e a justiça foi feita: 4 a 2, com direito ao criticado Ramon fazer o gol peremptório. E poderia ter sido menos sofrido. O juizão Carlos Amarilla não assinalou um pênalti escaboroso em cima do serelepe Carlos Eduardo. Mas menos sofrimento não existe. Pelo menos para o Grêmio. Ou melhor, para um leão chamado Grêmio. Não ousem entrar em sua jaula.