quinta-feira, maio 31, 2007

Madrugada a dentro

O jogo que pode significar o divisor de águas para o Internacional invadirá a madrugada da sexta-feira. No México, o Colorado pega o Pachuca, no primeiro confronto pelo título da Recopa. A partida começa às 23h30min, pelo horário de Brasília. O jogo da volta é no Beira-Rio, seman que vem.

O time mexicano tem cacife para encarar o atual campeão mundial. É o atual campeão mexicano e não perde em seu estadio há 20 jogos. Hora de cair a invencibilidade, portanto.

Para o time de Gallo, esse título retoma algo muito importante no futebol: a confiança. A equipe, nos últimos jogos, vem se ressentido desse atributo, além, claro, de o futebol apresentado ter sido pífio.

Hoje, portanto, pode começar a retomada do Colorado. Para fazer valer aquele velho ditado, o que diz que quem já foi rei jamais perde a majestade.

Falando em rei e majestade, o Inter vai atrás também da tríplice coroa, ou seja, a conquista da Libertadores, do Mundial e da Recopa.


PACHUCA
Calero; Lopes, Mosquera, Fausto Pinto; Cabrera, Correa, Caballero, Damian Alvarez e Salazar; Juan "Cacho" e Giménez. Técnico: Enrique Meza.

INTER
Clemer; Ceará, Sidnei, Mineiro e Rubens Cardoso; Maycon, Edinho, Wellington Monteiro e Pinga; Alexandre Pato e Fernandão. Técnico: Alexandre Gallo.

Árbitro: Carlos Chandía (Chile).
Local: Estádio Miguel Hidalgo, em Pachuca (México).

De olho nos (prováveis) inimigos

Os torcedores do Grêmio têm novo compromisso hoje à noite. Calma, não vão precisar encarar mais uma arquibancada congelante, como ontem. O jogo da vez é pela TV mesmo, entre Cúcuta e Boca Juniors, valendo a outra vaga à final da Libertadores.

Do confronto, portanto, sai o adversário de Grêmio ou Santos.

O jogo será às 21h, na cidade homônima ao clube colombiano, a grande zebra da competição. Semana que vem, o duelo se repete, só que no alçapão da Bombonera.

Nem se Pelé entrar em campo

Libertadores da América
Grêmio 2 x 0 Santos
O otimismo, e até o exagero, da frase acima tem certa razão de ser. Ontem, o Grêmio reiterou sua condição superior como mandante. Em um Olímpico lotado, o Tricolor detonou o Santos: 2 a 0. Está com um pé na final da Libertadores 2007.

A tônica da partida foi o equilíbrio, com muita movimentação de intermediária a intermediária. O Santos até mostrava-se mais vertical. Saja (na foto, comemorando um dos gols) teve que salvar com a palma da mão direita um chute de Marcus Aurélio.
No entanto, um puxão acintoso na grande área mudaria a história da semifinal. Ávalos quase levou Diego Souza para casa de tanto que o agarrou: pênalti. Tcheco, o mistério da noite gélida, estufou a rede do esquentado Fábio Costa, aos 34 minutos. O Grêmio estabelecia o 1 a 0, o Olímpico fazia do inverno um veranico e, melhor, o Santos tremia. Tanto tremeu que a perna direita do defensor santista fraquejou ao ver a mirrada sombra de um menino. Carlos Eduardo (foto abaixo) tomou-lhe a bola e, mais esperto e provocador ainda, deu um toque sutil, longe do alcance do goleiro adversário. Era o 2 a 0, três minutos após o tento inaugural. Loucura na Azenha. E só não virou um manicômio geral porque, no minuto seguinte, Tcheco, sozinho, estourou a bomba em cima de Fábio Costa.

No segundo tempo, Mano Menezes sacou Tcheco e pôs Ramon. O Grêmio diminuiu o ritmo, mas não perdeu a vantagem. O Grêmio não só faz gols; não os toma. Pelo menos no Olímpico, Saja não sabe o que é ser maculado durante toda a competição continental. E assim o foi desta feita. O primeiro chute santista na etapa final, de Pedrinho, saiu somente aos 37 minutos. E ainda nem precisou da intervenção do arqueiro argentino, foi para fora.

Derrota por um gol de diferença ou por dois gols, anotando um fora de casa, significam a chegada à porta do céu para o Tricolor. E lá Rei nenhum tem vez. Nem seus pupilos. Relacionamentos extraterrenos é coisa para imortal. É coisa para o Grêmio.

quarta-feira, maio 30, 2007

Questões de uma decisão

Hoje, às 21h45min, jogam, no Olímpico, Grêmio e Santos, pelas semifinais da Libertadores. OK, mas isso todo mundo sabe. O que todos desconhecem é o resultado. Mas dá para dizer que a classificação se decide nesta gélida noite porto-alegrense.

Digo isso porque vejo com dificuldades uma reviravolta do Grêmio no alçapão da Vila Belmiro. Ou seja, é tudo ou nada para o Tricolor hoje. Seria muito melhor começar como visitante. O Grêmio, em sua trajetória exitosa nos mata-matas dessa Libertadores, vem se segurando fora de seus domínios e exterminando os rivais no confronto subseqüente, no Olímpico. A torcida lota o estádio e o time entra em campo já sabendo do que precisam fazer para sorrirem ao final dos 90 minutos. Hoje, todavia, será diferente.

Dado a paridade, 1 a 0 é goleada. Já vitória mínima levando gol é preocupante. Se Tcheco jogar, aumentam as chances. Não que ele seja um sublime jogador. Mas é ruim com ele? Pior sem, certamente. O Grêmio terá que parar o incansável e onipresente Zé Roberto.

Será grande jogo. É, mas isso todo mundo sabe também. O negócio é parar de enrolar e desperdiçar linhas e somente esperar. Mesmo sabendo que todos já sabem, não custa lembrar. É logo mais, às 21h45min.

GRÊMIO
Saja; Patrício, William, Teco e Lúcio; Gavilán, Sandro Goiano, Diego Souza, Tcheco (Ramon) e Carlos Eduardo; Tuta. Técnico: Mano Menezes.

SANTOS
Fábio Costa; Alessandro, Adaílton, Ávalos e Kléber; Rodrigo Souto, Maldonado, Cléber Santana e Zé Roberto; Jonas e Marcos Aurélio.
Técnico: Wanderley Luxemburgo.

Arbitragem: Sergio Pezzotta, auxiliado por Rodolfo Otero e Juan Carlos Rebollo (trio argentino).

Local: estádio Olímpico, em Porto Alegre.

domingo, maio 27, 2007

Fazendo graça pro diabo rir

Campeonato Brasileiro
Grêmio 1 x 0 Sport

Bem que o Grêmio tentou, mas não conseguiu entregar os três pontos para o Sport. Após um primeiro tempo com ampla superioridade, o Tricolor caiu de rendimento na etapa final e quase se complicou.

O gol veio aos dois minutos, com um chute cruzado de Ramon (foto), de boa atuação, e um desvio do zagueiro Du Lopes. O Grêmio construiu bastante, mas Tuta tornou a perdeu gols imperdíveis. E dessa vez não fez nenhum para compensar. No segundo tempo, os pernambucanos vieram com amis dois avantes e foram para cima. Saja teve que salvar em alguns momentos.

No entanto, a vitória foi mantida, a segunda consecutiva em casa, a segunda no campeonato. Agora, tudo é Libertadores. E na competição continental o bicho é bem mais feio. Não dá, pois, para pensar em facilitar com o Santos de Wanderley Luxemburgo.

O Inter só faz perder

Campeonato Brasileiro
Fluminense 3 x 0 Internacional

O time de Gallo permanece na sua senda de derrotas. Sábado, levou 3 a 0 do Fluminense, no Rio, que jogava com um time misto, quase reserva.

O Inter é uma equipe em frangalhos. Isso ficou evidente após o primeiro gol carioca, de falta, com Thiago Neves, aos 36 minutos da etapa inicial. A partir daí, o time ruiu. O segundo gol foi absurdamente fácil. Em dois toques, naquele gramado imenso do Marcanã, o Flu chegou às redes de Renan, aos quatro minutos do segundo tempo, com Rafael Moura. O terceiro, então, nem se fala. O sempre veloz Índio foi deixado para trás pelo veterano e ex-gremista Roger (na foto com Fernandão). Aproveitando o cruzamenot, Rodrigo Tiuí só cumprimentou um perdido Renan, dez minutos após o segundo tento.

Três derrotas em três jogos. Três gols feitos e oito sofridos. O que há com o campeão do mundo? Perguntinha difícil de responder, mas impossível de não se fazer em uma hora dessas.

quinta-feira, maio 24, 2007

Um leão chamado Grêmio


Copa Libertadores
Grêmio 2 x 0 Defensor
Grêmio 4 x 2, nos pênaltis

É histórico. Sempre foi assim. Fora de casa, o Grêmio pena, leva sufoco, perde. Quando sai dos domínios da Azenha, o Tricolor sente-se acuado, desprotegido, órfão. Um cordeirinho. É quando retorna e recebe o afago de 50 mil pais e mães, que o Grêmio funciona. Que o Grêmio é o Grêmio.

Ontem, numa fria noite porto-alegrense, o Grêmio foi mais do que coração, raça, e torcida. Além da bem-vinda Imortalidade, o Grêmio foi imponente, jogou com sobriedade, sem afobação. Os gols de Tcheco e Teco foram naturais. Era nítido que uma hora ou outra sairiam. E assim o foi. O Defensor era uma sombra do que fora semana passada, quando aplicou dois, no Uruguai.

O segundo tempo foi mais equilibrado. Mesmo assim, a única vez que o Defensor chegou perto de um tento foi no final, em uma bomba que detonou o travessão e bateu em cima da linha. És mesmo imortal, Tricolor.

As penalidades refletiram a superioridade do mandante, e a justiça foi feita: 4 a 2, com direito ao criticado Ramon fazer o gol peremptório. E poderia ter sido menos sofrido. O juizão Carlos Amarilla não assinalou um pênalti escaboroso em cima do serelepe Carlos Eduardo. Mas menos sofrimento não existe. Pelo menos para o Grêmio. Ou melhor, para um leão chamado Grêmio. Não ousem entrar em sua jaula.

quinta-feira, maio 10, 2007

O Grêmio é incrível


Libertadores da América
Grêmio 2 x 0 São Paulo


Sim, o Grêmio é algo difícil de se crer. Jogava melhor que o São Paulo, no primeiro tempo. E fez seu gol, numa bomba de Tcheco (na foto, vibrando), aos 17 minutos, após mau corte da zaga. Até aí, tudo bem. Mas, logo depois, aos 36 min, veio o golpe: em dividida, Tcheco, o cérebro do time gaúcho, se lesiona. O problema não se configurou só pela perda individual. É que, no elenco, Tcheco é o único armador nato. Entrou Gavilán, um volante, em seu lugar.

O São Paulo, que só sabia dar balão para Aloísio trombar com os zagueiros, melhorou na etapa final. O Grêmio, por sua vez, caiu profundamente. Dagoberto e Jorge Wagner entraram na equipe paulista e melhoraram sobremaneira a dinâmica ofensiva do São Paulo.

Mas o Grêmio é incrível. Vivendo de esporádicos contragolpes, o Grêmio chegou lá. Aos 29 minutos, Tuta, novamente lento em campo (mas sempre aguerrido), disputou no alto. A bola caiu no pé de Diego Souza, que colocou a bola no cantinho de Ceni, com a habilidade que Tcheco teve no primeiro gol, e com a frieza que Tuta não vem tendo nos últimos jogos. Diego Souza foi completo, está sendo há muito tempo.

E o São Paulo, coitado, ousou, nos minutos finais, brigar com seu fatídico destino. Ou alguém acharia que o incrível Grêmio e mais seus 47 mil torcedores deixariam a vaga às quartas-de-final escapar? É claro que não.


O Grêmio pega o uruguaio Defensor, já na próxima quarta-feira, em território alheio. O futuro adversário eliminou o Flamengo, ao perder por 2 a 0, no Maracanã, nesta noite. Em Montevidéu, o Defensor aplicara 3 a 0 nos rubro-negros.

quarta-feira, maio 09, 2007

Um pessimista

Logo mais, às 21h45min, no Olímpico, jogam Grêmio e São Paulo.

Analisando pelo lado gaúcho, creio ser esta uma noite de dificuldades. Na quarta passada, a derrota por 1 a 0, no Morumbi, foi péssima, pois o time de Mano não fez o golzinho fora de casa que sempre salva.

Acho que não dá Grêmio porque penso que o São Paulo vá fazer um gol ao menos, pelo retrospecto do ataque são-paulino e pelo histórico da zaga azul. E não creio ser possível ao Grêmio aplicar três tentos no rival. Quem sabe se Tuta for menos lento, mas seria como multiplicar pães, ou seja, milagre.

Quem sabe se Tcheco repetir o bom jogo de domingo, assim o Grêmio ganha massa ofensiva. Quem sabe...

segunda-feira, maio 07, 2007

Mais do que merecido


Campeonato Gaúcho
Grêmio 4 x 1 Juventude

Não foi pela goleada acachapante de ontem, nem pela superioridade nos dois jogos decisivos. Desde o primeiro jogo, na vitória diante do São José, em Cidreira, o Grêmio já se credenciava ao seu 25º título estadual. Com uma campanha irrepreensível, a cereja no bolo foi o massacre em um domingo chuvoso, mas de Olímpico lotado: 4 a 1, em cima de um Juventude perdido, atônito, acuado.

Tcheco, finalmente, resolveu jogar bem em partidas decisivas. Fez o primeiro gol, belo, por sinal. Além disso, articulou e movimentou-se bem. O primeiro poderia ter sido de mais gols azuis, mas faltou perícia na finalização.

Já a etapa final brindou quem estava tomando a chuva fria que começara a cair no intervalo. Diego Souza, de voleio, fez golaço; Tcheco aumentou; Lúcio, perspicaz, sepultou o time serrano. Tuta novamente mostrou vontade e luta, mas, muito lento, perdeu gols e até um pênalti, defendido por André.

Gabriel descontou tardiamente. Ninguém mais tirava a taça do Grêmio. Na realidade, ninguém nunca pôde. Quem ousou levou um rotundo pataço, bem à moda gaudéria. Bem gauchão. Os caxienses que o digam.

sábado, maio 05, 2007

Complicou

Libertadores da América
São Paulo 1 x 0 Grêmio

O escore desfavorável foi magro, mas, levando-se em conta o fator gol fora de casa, o Grêmio se complicou na Libertadores. Um golzinho do São Paulo no Olímpico, quarta-feira que vem, obriga o time gaúcho a marcar três.

O jogo do Morumbi foi marcado pela equivalência. O Grêmio não apenas se defendeu e também propôs alternativas. No entanto, em uma bola parada, e aérea, o Tricolor gaúcho levou o fatídico gol. Miranda, o zagueiro, completou a linha de passe na zaga de Saja, que nada pôde fazer.

Dagoberto entrou no segundo tempo e transformou o ataque são-paulino. Já Amoroso (na foto) o mesmo não fez do lado tricolor. Gavillán também ingressou e, assim que pisou o gramado, saiu o gol do oponente. Mas não comprometeu. Carlos Eduardo começou jogando e foi anulado. Com isso, restou a Tuta se meter a empurrar marcadores, sem eficácia.

A vantagem é refersível, sim. Mas se a reversão vier, o será com muita luta, com muito sofrimento. Com a cara do Grêmio. Vejo com pessimismo o futuro azul na competição continental.

Domingo, o Grêmio decide o Gauchão. Contra o Juventude, os prognósticos são mais otimistas. O Tricolor joga por três empates, além de qualquer vitória. Mas os joagdores de Mano Menezes teriam trocado qualquer um três dos gols lá de Caxias por unzinho que fosse no Morumbi.

terça-feira, maio 01, 2007

Coerência

Será um equívoco de Mano Menezes pretetir o garoto Carlos Eduardo ao experiente Amoroso, amanhã, na primeria partida das oitavas-de-final da Libertadores, contra o São Paulo, no Morumbi, às 21h45min.

Primeiro, porque o momento do prata-da-casa é muito bom, ele vem evoluindo a cada jogo. Segundo, pelo fato de característica: Amoroso está muito mais para substituto de Tuta do que de Carlos Eduardo. E ainda há uma terceira justificativa coerente para a permanência de Carlos Eduardo entre os onze: ele é ligeiro, e o Grêmio vai precisar muit do contra-ataque amanhã.