domingo, outubro 29, 2006

São Paulo invencível

Não adianta. Quanto mais se seca, mais o São Paulo vence. Ontem, pegou uma parada dura e fora de casa. Mas o Figueirense em nenhum momento fez frente ao melhor estilo de jogo paulista. Deu Tricolor, 2 a 0, gols de Aloísio (foto) e Ilsinho.

O time de Muricy não joga bonito nem dá espetáculo. Mas é uma equipe racional, equilibrada. Marcou o Figueirense de forma intensa e implacável. Na frente, mostrou-se um time frio e certeiro. Matou o oponente em apenas 45 minutos.

Agora, o Inter, vice-líder, tem que tirar sete pontos em apenas sete rodadas. Meus parabéns ao São Paulo pelo tetracampeonato brasileiro.

O Santos também venceu. Era uma partida bem mais fácil, contra o São Caetano, na Vila. No entanto, o Azulão endureceu e vendeu caro a derrota por 1 a 0. Ruim para o Grêmio, que retorna ao quarto posto, saindo da vaga direta à Libertadores.

Ainda bem que a dupla Gre-Nal suplantou seus respectivos rivais nessa rodada. Senão, ia pretear o olho da gateada, como dizem uns por aí...

Ontem, ainda jogaram: Atlético-PR 4 x 0 Paraná, Ponte Preta 1 x 2 Botafogo, Goiás 2 x 3 Cruzeiro.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Dia de secar

Gremistas e colorados se unem hoje e agarram a toalha para secar. Dois jogos interessam diretamente: Figueirense x São Paulo, às 16h, e Santos x São Caetano, a partir das 18h10min.

A dupla Gre-Nal não larga o pé do time de Muricy. E jogar no Orlando Scarpelli contrar esse Figueirense arrumadinho... O São Paulo não deve ganhar hoje. Se tal palpite se confirmar, aliado a vitórias gaúchas na próxima rodada (Grêmio pega o Figueira em casa, e o Inter, o Botafogo, fora), o Gre-Nal cresce em importância mais ainda.

Vida dura será secar o Santos, o que interessa mais ao Grêmio, devido à vaga direta à Libertadores. Contra o São Cateano na Vila. Quase impossível não dar vitória santista.

Mas... vale lembrar 2004. Em Erechim, jogavam o quase rebaixado Grêmio (a quem tão-somente interessava a vitória) e o líder do Brasileirão Atlético-PR. E o Grêmio levava retumbantes 3 a 0. Em questão de 15 minutos, empatou. Nada adiantou aquele ponto. O rebaixamento matemático do Tricolor estava decretado. No entanto, olhando sob o prisma atleticano, aqueles dois pontos deixados no interior dos pampas lhe custaram o título para o Santos.

Ou seja: não dá para bobear na reta final, por mais morto que o adversário possa estar (como o risível Grêmio de Obino). E os times do pelotão dianteiro do certame (São Paulo, Inter, Santos e Grêmio) enfrentam, nesses últimos sete jogos, pelo menos um time que está para cair. Algum desses ruins deve fazer crime. O campeonato também pode estar nas mãos (e nos pés) de quem nem pensa em conquistá-lo.

Inter bem na foto

Hoje, no Beira-Rio, aconteceu o Fifa Day. O evento, realizado em função do Mundial de Clubes de dezembro, reuniu integrantes da imprensa brasileira e mundial, além de ilustres presenças como a de Dunga, técnico da Seleção Brasileira, e de Nicolas Leoz, presidente da Conmebol.

O presidente colorado Fernando Carvalho e o vice de futebol Vitório Piffero concederam entrevistas. Da comissão técnica, estiveram o técnico Abel Braga mais três jogadores: Fernandão, Clemer e Iarley.

Os outros clubes presentes no Mundial também participam do Fifa Day em seus respectivos países. Não foi a primeira vez que o Inter recebeu personalidades e imprensa mundiais nesse ano. Está colhendo os frutos de um título inesquecível, que foi o da Libertadores.

A taça do torneio também se fez presente (Iarley, que já conquistou o Japão com o Boca Juniors em 2003, posa com o cobiçado objeto). O sonho vermelho é que ela retorne rapidinho à Padre Cacique.

Além da projeção em nível mundial, da iminência de mais um título inédito e da vice-liderança no Brasileirão, hoje os colorados receberam mais uma boa notícia: Abel Braga foi absolvido no STJD da denúncia de ir ao vestiário no intervalo da partida contra o Cruzeiro estando suspenso. O técnico retorna, portanto, dia 5 de novembro. No dia do Gre-Nal.

Galatto pronto para outra

É assim que se sente o goleiro tricolor. Galatto já está melhor e projeta sua participação na partida diante do Figueirense, na próxima quarta-feira, no Olímpico.

Após cair de cabeça no gramado do Raulino de Oliveira, ontem, e ser levado imobilizado ao hospital, esse infortúnio parece ser bem menos perigoso do que o do Gauchão.

Em março, contra o Veranópolis, em Porto Alegre, Galatto se chocou com um oponente e também chegou a perder a consciência em campo. Parou por meses.

Só espero que o departamento médico dê condições ao goleiro e que, depois de uma eventual falha de Galatto, não venha vetá-lo por precaução. O que ocorreu quando o camisa 1 falhou no 4 a 4 perante o Fluminense. Ou ele tem condições ou não. Galatto é bom goleiro. Mas meia-boca não serve. Contra o Figueira, em mais uma decisão para o Grêmio, só podem jogar os melhores. Técnica, física, e, também, clinicamente.

Caça ao São Paulo

Campeonato Brasileiro
Internacional 1 x0 Juventude

Em uma noite de pouca inspiração, o Inter venceu o Juventude por 1 a 0, no estádio Beira-Rio. O jogo foi muito fraco tecnicamente. A equipe colorada dominou os 90 minutos da partida, entretanto só conseguiu marcar o seu gol na metade do segundo tempo, em uma cabeçada de Alex.

Sem Fernandão e Wellington Monteiro, e sem Abel braga que cumpre suspensão, o time da casa ainda teve algumas boas chances de gol, mas não conseguiu ampliar o placar. O Juventude, com oito desfalques e com problemas internos de atrasos salariais, fez o que pôde. Mas a equipe de Caxias pode muito pouco e em nenhum momento chegou a ameaçar o Inter.

Com a vitória, o Internacional permanece na segunda colocação, quatro pontos atrás do líder São Paulo - que tem um jogo a menos. O principal campeonato para os colorados esse ano é o Mundial Interclubes em dezembro. Para isso, o Brasileirão tem sido um bom treino. Perdigão está voltando à sua melhor forma, Hidalgo tem feito boas partidas, Iarley está em grande fase, Alex voltou muito bem da lesão e Ceará já é uma afirmação que tem a confiança do técnico e da torcida. Por outro lado, Ricardo Jesus não consegue repetir, no time titular, as boas atuações que tem no time B, e Renteria já não balança as redes há algum tempo.

Hoje à noite, acontece o julgamento de Abel Braga, que pode pegar até um ano de punição. Se isso acontecer, ele já anunciou que deixa o Inter e o Brasil para trabalhar no exterior. Caso seja absolvido, Abel volta a comandar o time da beira do campo no Gre-Nal do dia 5 de novembro. O próximo compromisso do Inter é diante do Botafogo, no Rio de Janeiro, quinta-feira.

Postado por mim, mas, obviamente pelo brilhantismo, escrito pela Carol.

quinta-feira, outubro 26, 2006

Deus é gremista

Campeonato Brasileiro
Fluminense 1 x 2 Grêmio

O Grêmio fez de tudo para perder o jogo. Praticou um futebol deprimente, caótico, bolorento, fétido, pornográfico, e tudo quanto pior for possível. Os dois laterais mostraram-se inócuos, o meio-campo acéfalo, burro, sem criação. O que matou Rômulo, centroavante isolado, que carece de abastecimento. Sem Tcheco e Hugo, o Grêmio se arrastava em campo. Rafinha e Ramon pareciam debochar de quem via a partida: foram ridículos.

Mas o Grêmio não perdeu o jogo. Abriu o placar com Rafinha (comemorando, na foto), que errou o cruzamento e surpreendeu o goleiro Fernando Henrique. Mas foi só. O Fluminense, que é de chorar, também não chegava. Mas empatou no segundo tempo, numa rosca de Evaldo que entrou no ângulo. Na confusão, o volante carioca Marcão saiu comemorando o tento.

Mano Menezes, que assistia ao show de horrores das arquibancadas, pôs Sandro e Herrera: nada mudou. Sorte do Grêmio que não houve uma terceira substituição antes da lesão de Galatto. O goleiro caiu mal após saída de gol, aos 29 minutos. Foi direto para o hospital. Preocupou a todos. Mas, agora, passa bem. Cássio ingressou no jogo. Guardem esse nome.

Aos 47 minutos, Cássio sai do gol, agarra a bola e a rifa. Ela viaja, forte e decadente, os zagueiros do Fluminense, fraquíssimos, comem mosca. Herrera invade a área e se aproveita da indecisão de Fernando Henrique. Desviou de cabeça, por elevação. Na primeira finalização gaúcha em direção à meta, tirando o gol inicial, o improvável acontece: algum dos times consegue vencer numa das mais pobres partidas do certame. Deus é gremista. Só algo sobrenatural, intangível e invisível para tentar explicar essa vitória. Três pontos mais do que importantes. Fundamentais. Mas o Grêmio que trate de melhorar. Deus, às vezes, tem mais o que fazer mundo afora.

Ainda na briga

A seis pontos do líder São Paulo, com oito rodadas restantes, o Inter ainda não jogou a toalha. Pega hoje o Juventude. Não adjetivo o jogo como clássico exatamente por não considerá-lo como tal.

Para um duelo ter a honra de ser adjetivado como clássico deve preencher alguns requisitos. Antigüidade, tradição, paridade, grandes públicos, grandes jogos, torcidas numerosas. Pesando daqui e dali, logo se vê que o chamado "Juvenal" tem muito, põe muito, caminho a percorrer. Ou, por acaso, algum torcedor do Inter xinga o Juventude em cantos durante partidas contra outras equipes? É, acho que não...

Independente disso, deve ser uma partida interessante. O Inter é amplo favorito. Vem jogando bem e se defronta com um time muito ruim. O Juventude ainda periga no que tange ao rebaixamento (13º, com 39 pontos).

O time colorado é praticamente o mesmo do jogo diante da Ponte. Mas, como sempre, é mais escondido que o Santo Graal no Código Da Vinci. Wellington Monteiro, suspenso, não joga, com Maycon substituindo-o, provavelmente. Michel ainda pode aparecer no ataque. Como se fizesse extraordinária diferença o adversário saber na hora, ou não, se quem atua é Ricardo de Jesus ou o glorioso Michel.

INTERNACIONAL
Renan; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo; Edinho, Maycon, Perdigão e Alex; Ricardo Jesus (Michel) e Iarley. Técnico: Leomir Souza (interino).

JUVENTUDE
André; Cássio, Fabrício e Igor; Wellington, Rafael, Éderson, Fernando e Márcio Azevedo; Leandrinho e ChristianTécnico: Ivo Wortmann.

Horário: 20h30min (de Brasília).
Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (Fifa/PE), auxiliado por Altemir Hausmann (Fifa/RS) e Marcelo Bertanha Barison (RS).
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

Retornos e saídas

O Grêmio, nas últimas rodadas, não consegue repetir integralmente uma escalação. Hoje, diante do Fluminense, às 20h30min, isso se deve tanto a fatores positivos quanto negativos.

O STJD cortou Mano Menezes e Hugo. Mas William, Bruno Teles, Jeovânio e Ramon voltam à titularidade. Rafinha segue no time.

É jogo duro, o Fluminense mostrou-se fraco até então. Mas o Grêmio fora de casa não é a mesma criança. No entanto, pelas situação na tabela, um empate é mau resultado para o clube gaúcho, já que a meta é a Libertadores pela caminho direto. Em um palpite, dá Grêmio no Rio essa noite, que, para tanto, deve atuar tal qual os jogos contra Corinthians e São Caetano. Nestes, o Tricolor foi equilibrado, dono do terreno e sábio explorador das mazelas do oponente. Esse é o caminho.

FLUMINENSE
Fernando Henrique; Gabriel Santos, Thiago Silva e Marcão; Neto, Romeu, Bruno, Juliano e Marcelo; Pedrinho e Tuta. Técnico: Paulo César Gusmão.
GRÊMIO
Galatto; Patrício, William, Evaldo e Bruno Teles; Jeovânio, Lucas, Tcheco, Ramón e Rafinha; Rômulo.Técnico: Mano Menezes.

Horário: 20h30m (de Brasília).
Árbitro: Evandro Rogério Roman (PR), auxiliado por Gilson Ferreira e Faustino Vicente Lopes (RJ).
Estádio: Raulino de Oliveira, em Volta Redonda (RJ).

quarta-feira, outubro 25, 2006

Sim, sem Mano também

O técnico Mano Menezes ficará fora da área técnica por 30 dias. Essa foi sua punição no julgamento de hoje, no STJD, no Rio. O que praticamente o alija do certame nacional.

O árbitro Paulo de Godoy Bezerra, que apitou São Caeteano 0 x 2 Grêmio no dia 14, pegou pesado em relação ao comandante do Grêmio na súmula. O fato de Mano ser reincidente só piorou as coisas.

Mas Leão, o técnico do badalado (e, ultimamente, abalado) Corinthians, também foi a julgamento nessa semana do mesmo modo: por xingar a arbitragem e ser reincidente. Foi absolvido. Usaram, portanto, dois pesos e duas medidas.

O departamento jurídico tricolor promete recorrer de decisão do Tribunal em busca de um efeito suspensivo.

terça-feira, outubro 24, 2006

Sem Hugo. Sem Mano?

O meia do Grêmio Hugo, um dos grandes destaques na partida diante do São Paulo, pegou três jogos de suspensão em julgamento realizado hoje, no Rio.

Como já havia cumprido a automática, sua suspensão durará mais dois jogos. Hugo volta justamente no Gre-Nal.

A causa do gancho foi um desentendimento entre ele e o zagueiro Domingos, na derrota tricolor por 1 a 0 para o Santos. Um lance comum, em que não houve sequer agressão, no máximo troca de empurrões. Em contrapartida, o técnico Émerson Leão faz de sua área técnica um picadeiro de circo, xinga Deus e o mundo, e o que acontece? É absolvido em seu julgamento, ocorrido ontem.

Sou contra toda e qualquer teoria da conspiração, mas estão usando critérios diferentes. Amanhã, é a vez de Mano Menezes ir ao tribunal. Fora expulso contra o São Caetano, no triunfo tricolor por 2 a 0. Assim como o absolvido Leão, Mano é reincidente. Mas algo me diz que a comparação é inválida. Afinal, Mano não treina o desesperado Corinthians.

segunda-feira, outubro 23, 2006

Ricardinho fora

Um dos avalistas para a volta do Grêmio à primeira divisão não está mais no estádio Olímpico.

O atacante Ricardinho, que se destacou nos quadrangulares decisivos da Série B, em 2005, teve seu contrato rescindido na última sexta-feira. Devido a más atuações e algumas lesões, o jogador acabou sendo preterido por outras peças durante esta temporada, como Rômulo, Herrera e Pedro Júnior.

A iniciativa de interromper o compromisso partiu da direção tricolor.

Cara nova no Beira-Rio

O meia canhoto que o Inter acabou de contratar leva o nome de sua cidade natal, localizada em Rondônia.

Ji-Paraná, 18 anos, que pertencia ao Corinthians, é a mais nova aposta colorada. O jovem também se destaca na seleção sub-20 do Brasil.

O Inter esta melhorando. Primeiro, contratou outro meia, Diego, sobrinho de Ronaldinho, de 12 anos. Agora, um de 18.

Cornetas à parte e tornando a falar sério, não é a primeira vez que o Inter adquire promessas, ainda em idade de amadores, a fim de trabalhá-las na excelente estrutura do Beira-Rio.

Foi assim com Nilmar, Edinho, Geílson, Rubiano e Cleiton Xavier, só para citar alguns. Como logo se nota, às vezes essa estratégia gera frutos, mas, em outras oportunidades, não. É do futebol, faz parte. Havendo critérios e uma forte política de futebol, a tentativa é sempre válida.

Nome: Junior Felício Marques (Ji-Paraná).
Data e local de nascimento: 11/06/1987 - Ji-Paraná (RO).
Altura: 1,75m.
Peso: 71kg.
Clube: Corinthians.
Títulos: Copa São Paulo de Futebol Júnior (2005) e Campeonato Brasileiro (2005).

domingo, outubro 22, 2006

A grande partida de Hugo

Hugo talvez tenha feito, hoje, a sua melhor partida no Grêmio. Ele combateu, diminuiu espaços, apresentou-se para o jogo, bateu bem faltas. E fez, claro, o gol do empate azul.

Sua importância foi tamanha que, quando Mano Menezes resolveu pô-lo na ala-esquerda, o time caiu sensivelmente de rendimento.

A bobagem foi desfeita com a entrada de Escalona, aos 40 minutos. Voltando a atuar nas redondezas da área alheia, Hugo ainda protagonizou o derradeiro e mais perigoso lance de gol no segundo tempo. Perto da meia-lua, de primeira, largou um potente tiro, cheio de curvas, traiçoeiro, venenoso. De tão serelepe, a bola foi escapando do ângulo superior direito de Rogério Ceni, que nem sendo o Homem-Borracha se atreveria a roçar nela.

Não foi gol, mas mostrou a importância de Hugo, quando posto no lugar certo.

A sombra de Rômulo

Nem Fabão, Miranda ou André Dias. Nenhum dos zagueiros são-paulinos marcou tão bem Rômulo, neste domingo, quanto o auxiliar que corria pelas sociais do Olímpico, Gilson Bento Coutinho.

Dos quatro impedimentos marcados, Rômulo tinha condições legais em dois. Foram lances gritantes, sem a necessidade de replay ou câmera-lenta para se dirimir uma eventual dúvida.

Detalhe: após a marcação do primeiro impedimento inexistente, saiu o gol de Danilo. Interferência direta da arbitragem, portanto.

Chance desperdiçada

Campeonato Brasileiro
Grêmio 1 x 1 São Paulo


Foi o que deu para arranjar. Em um jogo muito difícil, severamente disputado, o Grêmio não conseguiu o que os quase 50 mil torcedores presentes ao Olímpico tanto desejavam: a vitória que colocaria o clube gaúcho definitivamente na briga pelo título nacional.

A torcida, aliás, deu show antes do jogo. Mas tomou uma senhora ducha gelada ao ver Danilo dominar e soltar a bomba sem a menor marcação. Com 1 minuto, o São Paulo já fazia 1 a 0. E poderia ter feito o segundo, logo depois. Leandro carimbou a trave, após desmantelar, sozinho, a péssima defesa azul, que só fez comprometer durante os 90 minutos. Souza, figura destacada em campo, também chegou a fazer a sua fileira na zaga adversária. Também encontrou o poste.

Mas o time de Muricy se retraiu depois, abdicando do ataque. O Grêmio foi atacando na base do upa-upa, com quase nenhuma articulação. As bolas paradas de Tcheco eram os únicos momentos de frisson no estádio. Mas o meia não estava, hoje, com o pé na forma, para azar do Grêmio. Mesmo assim, Rogério Ceni teve que aparecer em dois lances capitais. Um chutaço de Hugo e uma finalização à queima roupa de Rômulo. Em ambas, o goleiro esbanjou reflexo e qualidade.

E essa bendita qualidade era o que faltava ao Grêmio, que já se via superior e dono do jogo. O intervalo fez bem ao time de Mano Menezes, que voltou tocando mais a bola, preterindo os insolúveis lançamentos em profundidade. Assim, a bola chegou redonda ao pé de Hugo, que fuzilou Ceni: 1 a 1, e Olímpico em festa.

Mas ficou nisso. Não por falta de esforço dos jogadores do Grêmio, que lutaram até o fim. Hugo, inclusive, nos acréscimos, desferiu um petardo que lambeu o poste direito, mas que resvalou para fora.

As substituições de Mano se mostraram equivocadas. Pondo o jovem dianteiro Aloísio e retirando o machucado Wellington, ele abriu o flanco-esquerdo gaúcho. Hugo ficou de lateral por esse lado, o que o tirou de perto do gol. Mano teve, com isso, que pôr Escalona para desfazer o erro. A atuação desastrada de Maidana na etapa inicial, sem contar os inúmeros erros de passes no meio-campo (protagonizados por Sandro e Alessandro, quando apoiava), contribuiu. O São Paulo mostrou, novamente, pouca força coletiva. Tem, sim, destaques individuais que acabam fazendo a diferença em lances isolados.

O Grêmio sai da rodada com um débito desastroso. Cai para a quarta posição e se afasta ainda mais do São Paulo (oito pontos, 60 a 52, só que com menos rodadas para se tirar tal diferença). Na final antecipada do Brasileirão, o campeão foi, sem dúvida, o São Paulo.

Falta pouco

Depois de uma semana de polêmicas, mistérios e especulações, finalmente hoje a bola vai rolar para Grêmio e São Paulo.

A única dúvida gaúcha é Ramon ou Rafinha, no meio-campo. Mas Ramon deve ser o titular, que é o que vem ocorrendo.

Muricy improvisará o zagueiro André Dias na lateral-direita, preservando Souza no meio, bem como o sistema 4-4-2. Na Bombonera, Fabão fez o mesmo papel de Dias e os paulistas se deram mal, perderam para o Boca, por 2 a 1. Talvez aí o Grêmio possa tirar algum proveito.
O São Paulo, temendo a torcida gremista, chegará em Porto Alegre momentos antes da partida.

GRÊMIO
Galatto; Alessandro, Evaldo, Maidana e Wellington; Sandro Goiano, Lucas, Tcheco, Ramon e Hugo; Rômulo. Técnico: Mano Menezes.

SÃO PAULO
Rogério Ceni; André Dias, Fabão, Miranda e Júnior; Josué, Mineiro, Souza e Danilo; Leandro e Aloísio. Técnico: Muricy Ramalho.

Horário: 16h.
Árbitro: Heber Roberto Lopes, auxiliado por Gilson Bento Coutinho e Rogério Carlos Rolim, todos do Paraná.
Local: estádio Olímpico, em Porto Alegre, RS.

E o Inter faz sua parte

Campeonato Brasileiro
Ponte Preta 0 x 2 Internacional

A abnegação dos jogadores da Ponte Preta foi, de certa forma, comovente. Mas não basta só vontade. E foi por isso que o Inter venceu.

Combinando forte marcação com uma saída rápida no contra-ataque, o Colorado definiu o jogo na primeira etapa. Alex, a surpresa de Abel, começou de titular e cruzou na cabeça de Fabiano Eller. Depois, foi a vez de Hidalgo suspender a bola na área alvi-negra. O felizardo foi Iarley (comemorando, na foto) que, de primeira, fez o 2 a 0.

O segundo tempo foi corrido, ataque contra ataque. A Ponte, em uma tática suicida, poderia tanto empatar quanto levar uma goleada histórica. Nem um nem outro. A ruindade dos atacantes da Macaca aliada ao relaxamento vermelho fizeram com que o placar final fosse o da primeira etapa.

Segue o Inter entre os ponteiros do certame. Assiste, de camarote, ao grande embate da rodada, Grêmio x São Paulo, no Olímpico, amanhã, às 16h. Vitória gremista deixa o Colorado a seis pontos dos são-paulinos. Teoricamente, o Rio Grande estará torcendo para um mesmo time. Pelo menos por estes 90 minutos de logo mais.

O Santos bateu o Figueirense, na Vila, por 2 a 1, em um ferrenho duelo. Por enquanto, a ponta de cima da tabela mostra, de cima para baixo: São Paulo (59), Inter (53), Santos (52), Grêmio (51), Paraná (49). Muita coisa pode mudar ainda.

PONTE PRETA (0): Aranha; Iran, Thiago Matias, Régis e Wellington; Ricardo Conceição, Pituca (Almir), Emerson (Wanderley), Fábio Baiano e Danilo (Vélber); Tuto.Técnico: Wanderley Paiva.

INTERNACIONAL (2): Renan; Ceará, Índio (Ediglê), Fabiano Eller e Hidalgo; Wellington Monteiro, Edinho, Perdigão e Alex (Maycon); Ricardo Jesus e Iarley (Luiz Adriano).Técnico: Leomir Souza (interino).

Árbitro: Luís Antônio Silva Santos (RJ), auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Elson Passos Sena Filho (RJ).
Público e Renda: 5.712 pagantes / R$ 30.425,00.
Cartões Amarelos: Wellington Monteiro e Renan (Internacional); Thiago Matias, Wanderley, Tuto (Ponte Preta).
Gols: Fabiano Eller aos 17 e Iarley aos 36 minutos do primeiro tempo.
Local: estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, SP.

sábado, outubro 21, 2006

Um olho na Macaca, outro no Peixe

A manutenção da esperança do título. Esse é o motivo colorado para não tirar os olhos da tv nem os ouvidos do rádio, hoje.

No entanto, seu advesário, a Ponte Preta, também possui boas razões para tentar a vitória, em Campinas: a Macaca está a um ponto da zona do rebaixamento, na 16ª posição.

Teoricamente, deve ser um jogo franco. Só os três pontos interessam a ambas as partes.

Na mesma hora, jogam Santos e Figueirense, na Vila Belmiro. No jogo dos alvi-negros, o Rio Grande é, por ora, Santa Catarina, toda a vida.

PONTE PRETA
Aranha; Iran, Thiago Matias, Régis e Wellington; Ricardo Conceição, Pituca, Emerson, Fábio Baiano e Danilo; Tuto.Técnico: Wanderley Paiva.

INTERNACIONAL
Renan; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo; Wellington Monteiro, Edinho, Perdigão e Michel; Luiz Adriano (Rentería) e Iarley.Técnico: Leomir Souza (interino).

Horário: 18h10min (de Brasília).
Árbitro: Luís Antônio Silva Santos (RJ), auxiliado por Dibert Pedrosa Moisés (RJ) e Elson Passos Sena Filho (RJ).
Estádio: Moisés Lucarelli (Campinas/SP).

sexta-feira, outubro 20, 2006

Julgamento adiado

Não foi dessa vez. Segue a indefinição sobre o futuro de Abel Braga. Seu julgamento, realizado nesta tarde no Rio, acabou adiado.

O presidente da Comissão Disciplinar nº2, José Alberto Diniz, interrompeu a sessão alegando precisar ouvir o depoimento do delegado da partida entre Cruzeiro e Inter, Sílvio Cleber Costa, que denunciou Abel por ter comparecido ao vestiário enquanto cumpria suspensão.

Novo julgamento na próxima sexta, dia 27.

Falando nisso, William, o zagueiro do Grêmio, foi absolvido em julgamento também nesta tarde. Expulso na partida diante do Palmeiras, o capitão do Tricolor corria o risco de ficar até 540 dias na "geladeira". Ele já havia cumprido a suspensão automática contra o Santos. No entanto, não reforçará a equipe na decisão perante o São Paulo, pois recebeu o terceiro cartão amarelo na vitória em cima do São Caetano. De qualquer jeito, a notícia é boa. William dá estabilidade à defesa azul.

E chega de tribunais, por algumas horas. Amanhã já começa, ainda bem, mais uma rodada do Campeonato Brasileiro. A bola vai rolar para Inter e Ponte Preta, no Móises Lucarelli, em Campinas, a partir das 16h.

Versões

Pupulam versões a respeito da ausência do meia Caio na delegação colorada.

Uma delas é a de que o Inter não estaria disposto a pagar 1 milhão de reais ao Barueri pelo garoto. Para isso, portanto, preferiu não colocá-lo na vitrina. Caso ele estourasse e jogasse bem, o pagamento deveria ser feito ainda antes do Mundial. Como o Brasileirão é um treinamento de luxo para o Japão, faz-se necessário que se coloque em campo quem realmente, sem sombra de dúvidas, vai estar no Mundial.

Outra versão é a de que Caio não costuma ir dormir muito cedo. Ou seja, o garoto adora uma balada, e o direção ficou sabendo disso. Se o afasta por isso, o faz com razão. O jogador tem que se dar conta de que também deve ser atleta, isto é, cuidar-se e se preservar mesmo fora das quatro linhas. E é bom aprender isso cedo, no início da carreira. Ee nada melhor que uma "geladeira" para isso.

De qualquer forma, ambas as versões absolvem, de certa forma, a atitude de Abel Braga, de afastar Caio. Falando em Abel, o treinador colorado está sendo julgado, no Rio, por visitar o vestiário na partida contra o Cruzeiro, quando cumpria punição de 30 dias. A nova pena pode ir de 90 a 360 dias. Abel já disse que, caso ocorra a sanção máxima, ele deixará o Brasil, no fim do ano.

quinta-feira, outubro 19, 2006

Procura-se coerência

Abel Braga às vezes aparece com umas atitudes e decisões bem peculiares. A bola da vez é Michel. Tudo bem, ele entrou, fez um gol, caiu nas graças do torcedor por isso. Mas pô-lo na titularidade, sábado, contra a Ponte Preta, em Campinas, já é um exagero. Sem falar na falta de coerência.

As atuações de Michel vinham abaixo da crítica. Mesmo contra o Fluminense, jogo no qual fez gol, se não fosse uma bola repicada e completamente circunstancial, sua movimentação em campo seria despercebida.

E o pior: Abel não só promove quem não merece como relega quem produz. Caso do meia Caio. Oriundo das categorias de base, estava aparecendo na titularidade. E mais: jogando bem até. E o que lhe ocorreu? Caio nem concentra para o jogo desse sábado. Que bela ducha gelada em uma jovem promessa, hein?

Não adianta, tem gente que perde e não sabe por que, o que é muito grave. No entanto, pior que isso é vencer e desconhecer as razões do sucesso.

A decisão em que só um pode vencer

É chover no molhado dizer que o jogaço entre Grêmio e São Paulo, às 16h deste domingo, é decisivo. Qualquer elucubração não se equipara aos fatos.

A semana começou com troca de farpas entre o pessoal dos clubes. Muita bobagem foi dita, naturalmente. Por volta das quatro horas da tarde de ontem, não havia mais ingressos para a torcida gremista. Impressionante: a fila fazia voltas e voltas, e as quase 25 mil entradas disponibilizadas à venda sumiram rapidamente, há quatro dias da partida.

Aos que quiserem manter o campeonato um pouco mais interessante (em termos de título), recomenda-se torcer pelo Grêmio, assim, a distância entre este e o São Paulo despenca para cinco pontos (vantagem considerável ainda). Uma vitória paulista deixaria a situação quase que irreversível: 11 pontos de diferença (se quem estiver atrás do Grêmio não ganhar também), a serem tirados em oito rodadas, ou seja, 24 pontos.

Mas não há pior luta do que aquela já perdida. Seria assim o ditado? Não sei bem. O Grêmio também deve pensar assim: só saberá se vai poder ultrapassar os são-paulinos se arriscar. O mínimo que pode acontecer é o Tricolor somar cada vez mais pontos e alcançar a tão almejada vaga à Libertadores.

domingo, outubro 15, 2006

Opostos

Jogam hoje, às 16h, no Beira-Rio, duas equipes com trajetórias e objetivos bem polarizados. O Inter ainda tenta encostar no São Paulo, em busca do título. Já o Fluminense, com 34 pontos, quer sair do perigo de chegar à zona do rebaixamento. Quem diria, o Fluminense que, antes da competição, era tratado como candidato a campeão.

Mas o Flu contrata mal, troca descriteriosamente de treinador, assim não tem como mesmo. O Inter, não. Está com Abel desde o início da temporada. Pena que tenha vendido jogadores cruciais, se não estava melhor.

Abel Braga, para hoje, novamente mexe na equipe. Sem Fernandão, Rentería assume a camisa 9, e Caio recebe uma oportunidade no meio, no lugar do zero à esquerda, Adriano Gabiru. Hidalgo, retornando da seleção peruana, assume lateral-esquerda.

O time: Renan; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo; Wellington Monteiro, Maycon, Caio e Perdigão; Iarley e Rentería.

O Fluminense, que não vence desde o dia 17 de setembro, vem com: Fernando Henrique; Anderson, Tiago Silva e Roger; Rissut, Marcão, Romeu (Juliano), Petkovic e Marcelo; Beto e Tuta. O técnico é Paulo César Gusmão, que não pára quieto três meses sequer em um clube.

Jogo para o Inter fazer três pontos, sem dúvida. Prefiro refutar a idéia pessimista de que, como o Fluminense não vence há tanto tempo, chegou a hora de fazer o crime. É melhor pensar que quem anda perdendo há quase um mês deve perder hoje também.

50%

A secação à qual a torcida do Grêmio tinha que se submeter foi satisfatória pela metade.

No Rio, jogavam Botafogo e Santos; e, em São Paulo, duelavam São Paulo e Juventude. Os inimigos do Tricolor, Santos e São Paulo, deviam perder. Mas só o Fogão ajudou.

O time de Cuca bateu o de Luxemburgo, por 4 a 3, no finalzinho, após estar perdendo por 3 a 2. Juca, um ex-colorado, fez o gol da vitória, ao acertar um belo chute de falta, além de contar com uma mãozinha do goleiro Felipe.

Com esse resultado e a vitória diante do São Cateano, o Grêmio ultrapassou o clube da Vila. Agora, o Grêmio tem 51 pontos, na vice-liderança, enquanto o Santos caiu para terceiro, com 49 pontos.

Já o São Paulo atropelou o Juventude, que não pôde auxiliar o seu companheiro de Estado. Com dois a menos desde a etapa inicial, o time de Caxias levou 5 a 0, no Morumbi.

A distância entre Grêmio e São Paulo não se alterou. O problema é que agora há menos rodadas para diminuir a diferença. Oito pontos separam os dois, que se enfrentam no próximo domingo, no Olímpico. Será um jogo em que uma vitória são-paulina encerrará o certame, se não ocorrer uma hecatombe mais adiante.

A retomada

Campeonato Brasileiro
São Caetano 0 x 2 Grêmio

O Grêmio precisava fazer sua parte primeiramente, a despeito dos resultados paralelos. E o fez. Aproveitando-se de um adversário abaixo da linha da pobreza e que manda seus jogos em um campo quase neutro, o Tricolor bateu o São Caetano por 2 a 0.

O jogo em si foi muito ruim. O Grêmio, apesar do placar, em nenhum momento empolgou. Muito pelo contrário. Novamente, o meio-campo se houve lento e pouco criativo. Rômulo, em um contragolpe, chutou cruzado e perdeu a melhor chance do primeiro tempo. O Azulão, time de um ponto no returno, justificou sua vice-lanterna. Só chegava perto do gol de Galatto com Anderson Lima cobrando faltas.

O fator decisivo deu-se aos 23 minutos. O lateral Triguinho aplicou uma voadora em Lucas, em lance banal, e foi bem expulso. O São Caetano, a partir daí, inexistiu. E o Grêmio, por sua vez, tomou conta da segunda bola. Mas faltava qualidade para penetrar na área alheia.

Aos 37, Wellington, quem diria, cruzou boa bola que Lucas (comemorando com Rômulo, na foto)aproveitou, ao antecipar-se da zaga: 1 a 0. Um gol justo. Mais pelo esforço do Grêmio do que por qualquer mérito técnico.

O segundo tempo continuou de doer. Paulo Ramos, sumido, acabou ingressando na partida. Os inócuos Ramon e Rafinha saíram. Em um lance, Paulo Ramos fez mais que os dois em quase 90 minutos. Deixou Rômulo de frente para o gol. O centroavante, que não marcava desde a goleada sobre o Botafogo, desencantou: 2 a 0, aos 31 minutos. De tempo, ainda, para Mano Menezes ser expulso, por reclamar demais do árbitro. E foi só.

Só? Não, não foi só. Essa vitória significa muita coisa. O Grêmio volta a vencer, e fora de casa!, reassume a segunda posição, mantém a diferença para o São Paulo, Rômulo tornou a marcar, e Lucas, mesmo apagado em campo, regressou da Seleção deixando sua marca.

Vista por poucos no Anacleto Campanella, esta foi uma vitória de ouro, a vitória da retomada.

Ah, e havia uma certa touca azul-forte, não? É, mas agora vem o verão, hora de rasgá-la.

SÃO CAETANO (0): Mauro; Ânderson Lima, Gustavo e Tiago e Triguinho; Daniel, Marabá (Dinelson), Márcio Hahn e Élton (Cláudio); Martín e Marcelinho (Gustavo Gaúcho). Técnico: Hélio dos Anjos.
GRÊMIO (2): Galatto; Patrício, Evaldo, William e Wellington; Jeovânio (Sandro Goiano), Lucas, Tcheco, Ramón (Aloísio) e Rafinha (Paulo Ramos); Rômulo. Técnico: Mano Menezes.


Árbitro: Paulo Henrique de Godoy Bezerra (SC).
Público e Renda: 2.619 pagantes e R$ 71.615,00.
Cartões Amarelos: Marcelinho (SC), Jeovânio (GRE), Anderson Lima (SC), Patrício (GRE), William (GRE), Lucas (GRE).
Cartão Vermelho: Triguinho (SC).
Gols: Lucas aos 37 minutos do primeiro tempo e Rômulo aos 31 minutos do segundo tempo
Estádio: Anacleto Campanella (São Caetano do Sul/SP).

sábado, outubro 14, 2006

Quando só lhe é permitido vencer

Hoje, a touca tem que cair. Caso isso não ocorra, o diagnóstico será peremptório: o Grêmio dará adeus ao sonho do tricampeonato brasileiro.

Essa touca tem nome e cor: São Caetano, o Azulão do ABC paulista. Em nove jogos até agora, houve cinco vitórias do São Caetano e quatro empates.

O jogo é fora de casa e o São Caetano, penúltimo colocado e com apenas um ponto somado no returno, está desesperado, precisa, mais do que nunca, de pontos.

Mas o Grêmio, ufa!, tem algumas boas notícia: Lucas (foto) retorna, após ida à seleção; o seguro zagueiro William também jogará após cumprir suspensão. Sua ausência foi sentida na Vila Belmiro. Lá, Pereira entrou sem ritmo e não agradou.

Paramos por aí, no entanto. Hugo, expulso contra o Santos, não joga. Herrera, Marcelo Grohe e Bruno Teles, todos lesionados, também desfalcam a equipe. Herrera, apesar de reserva, fará falta pela vitalidade que demonstra quando entra em campo. Marcelo, por sua vez, será uma ausência menos sentida. Afinal, Galatto, no mínimo, se equivale a ele. É a chance para o herói do Grêmio em 2005 retomar a posição e dela não mais sair. Bruno Teles e Wellington? Briga braba, mas Bruno é jovem e promissor. Com sua saída, piora um pouco, sim.

Essas são apenas algumas pedras a mais no já tortuoso caminho gremista. Rodada para, de novo, secar concorrentes e vencer. Mas, principalmente, vencer. Fazendo sua parte, será um belo começo para uma difícil, mas ainda possível, virada espetacular em uma competição quase liquidada em termos de campeão.

O time de Mano Menezes para o confronto das 18h10min, no Anacleto Campanella: Galatto; Patrício, Evaldo, William e Wellington; Jeovânio, Lucas, Tcheco, Ramón e Rafinha; Rômulo.

O último dos moicanos

O Atlético-PR é o único brasileiro que sobrou para contar a história, na Copa Sul-Americana. No duelo Brasil-Argentina, a vantagem foi toda dos hermanos.

O deprimente Fluminense caiu fora após derrota para o Gimnasia La Plata, por 2 a 0. O Corinthians deu adeus diante do Lanús, levando 4 a 2. E, finalmente, o Santos foi eliminado pelo San Lorenzo, ganhando de 1 a 0. Inócuo, pois havia levado 3 a 0, na Argentina.

Quem se salvou foi o pouco provável Atlético-PR. O Furacão deixou para trás o tradicional River Plate. Primeiro, venceu em Buenos Aires, por 1 a 0. Em casa, levou sufoco, mas garantiu a vaga com um suado 2 a 2. Enquanto alguns clubes colocam seus quadros suplentes em campo, esvaziando estádio e desmobilizando torcida, o Atlético-PR encarnou o espírito do mata-mata e pode sonhar com o título. A Sul-Americana não é uma Libertadores, porém um título em nível continental sempre acarreta prestígio e dinheiro.

A próxima fase da Copa Sul-Americana, as quartas-de-final, fica assim:
Atlético-PR x Nacional
Pachuca x Lanús
Gimnasia x Colo Colo
Toluca x San Lorenzo

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Por falar em último dos moicanos, o único gaúcho na Série C do Campeonato Brasileiro, o Brasil-Pe, empatou em 2 a 2 com o Bahia, na Fonte Nova. Muito bom resultado. No entanto, esse precioso pontinho só terá valido a pena caso, neste domingo, o Xavante passe por cima do Barueri, em Pelotas. O jogo será às 16h.

quinta-feira, outubro 12, 2006

Para tirar o atraso

O Brasil-Pe vai a Salvador pegar o tradicional Bahia, hoje, às 16h. O time gaúcho perdeu na primeira rodada do octogonal final da Série C para o também baiano Vitória, em casa.

Agora, o jeito é correr atrás do prejuízo em território alheio.

Como já havia dito em outra oportunidade, nesse tipo de torneio curto, perder pontos como mandante é pecado capital, inaceitável.
Ano passado, com o Grêmio, no quadrangular final da Série B, por exemplo: um empate com a Portuguesa, em 2 a 2, no Olímpico, quase custou o ascenso tricolor, que teve que operar o já conhecido milagre nos Aflitos.

Mas, hoje, vejo com dificuldades o Brasil ter sorte parecida como a do Grêmio. Bahia, na Fonte Nova, não deve perder pontos.

Apesar de apenas estarmos na segunda rodada, já é bom o Xavante abrir o olho.

Inter começa bem o Mundial

O Internacional nem precisou jogar no Japão para já trazer esperança à sua torcida. Em sorteio realizado nessa madrugada, em Tóquio, o Colorado fugiu do temido América, do México.

Seu adversário na primeira fase do Mundial sairá do confronto entre os neozelandeses do Auckland e um clube africano, a se saber apenas no dia 12 de novembro.

A boa notícia, no entanto, não pode encobrir as indefinições na equipe de Abel Braga. Até porque, mais cedo ou mais tarde, a mamata vai acabar e chegará a hora de pegar gente grande. O encontro com Barcelona ou América, é bom lembrar, foi apenas adiado, não suspenso. Melhorar o time, então, continua prioritário.

Como será o Mundial:

Quartas-de-final
Partida 1 – 10/dez – 19h20 – Auckland x campeão africano.
Partida 2 – 11/dez – 19h20 – América (MEX) x campeão asiático, em Tóquio.

Semifinais
Partida 3 – 13/dez – 19h20 – Auckland ou campeão africano x Inter, em Tóquio.
Partida 4 – 14/dez – 19h20 – América (MEX) ou campeão asiático x Barcelona, em Yokohama.

Decisão 5º lugar
Partida 5 – 15/dez – 19h20 – Perdedor 1 x Perdedor 2, em Tóquio.

Decisão 3º lugar.
Partida 6 – 17/dez – 16h20 – Perdedor 3 x Perdedor 4, em Yokohama.

Final
Partida 7 – 17/dez – 19h20 – Vencedor 3 x Vencedor 4, em Yokohama.

quarta-feira, outubro 11, 2006

Eles resolveram

Amistoso Internacional
Brasil 2 x 1 Equador


Os dois jogadores mais famosos e reconhecidos da Seleção Brasileira, ontem, quando atuaram juntos resolveram a parada.

Ronaldinho e Kaká (foto) fizeram um bom segundo tempo, contra o Equador, em Estocolmo. Assim, veio a virada em um jogo que começou complicado.

O Equador fez seu gol com Borges, de cabeça. Se não fosse a expulsão de um equatoriano, ainda na etapa inicial, talvez Fred não empatasse, em uma senhora entregada do oponente.
Kaká era titular, mas Ronaldinho, banco. Entrou no segundo tempo e instaurou o bombardeio ao gol guarnecido por Mora. Após sucessivas bolas na trave, Ronaldinho ajeita para Kaká que complementa: 2 a 1.

O Brasil não foi muito bem, sobretudo no primeiro tempo. O Equador lhe exigiu, como era esperado. Mas venceu. Dunga está mostrando que de vitória ele entende. É a quarta, em cinco jogos. Está no caminho certo.

segunda-feira, outubro 09, 2006

Gol bonito, futebol feio

Campeonato Brasileiro
Internacional 1 x 0 São Caetano

Em um jogo fraco, de poucas oportunidades, chegando quase à monotonia, quem agüentou vê-lo acabou premiado. A um minuto de segundo tempo, após cruzamento de Rentería, que saiu meio mal, atrás de Iarley, este conseguiu se recuperar e mandou de letra para o gol de Mauro. Inter 1 a 0.

Antes disso, viu-se um São Caetano melhor que o Inter, mas que esbarrava na sua própria ruindade. Após o tento, o Colorado melhorou um pouco.
Caio, ao entrar, deu dinâmica ao meio-de-campo, melhorando a equipe coordenada, à beira do gramado, por Leomir, auxiliar de Abel Braga, ainda suspenso. Iarley perdeu grande chance, perto do fim, em passe milimétrico de Pinga. O novato entrou e pouco fez, tirando esse lance. Precisa entrar em forma, sem dúvida.

Mas deu tempo, perto dos acréscimos de o São Caetano ainda assustar. Uma bola na trave, quase gol olímpico; e outra raspando o poste de Renan, em cobrança de falta.

O Inter ganhou na camisa e em um lampejo de um importante jogador, que, fazia alguns jogos, estava apagado. Ontem, resolveu se acender. Para sorte dos colorados, que se encontram, agora, na quarta posição, com 47 pontos. Na cola de Grêmio e Santos. Mas longe, muito longe da liderança (que é o que importa ao Inter).

Os dois Grêmios de Mano Menezes

Campeonato Brasileiro
Santos 1 x 0 Grêmio

Talvez o principal defeito do Grêmio, entre outros, seja sua dupla personalidade. Em casa, o time de Mano Menezes é um leão, vence os oponentes com contundência, sendo o time com o melhor aproveitamento em casa. Em contrapartida, fora de seus domínios, o Grêmio mais parece um filhotinho acuado, com medo de se aventurar. Torna-se um time pouco criativo, lento e burocrático.

Assim o foi, ontem, na Vila Belmiro, reduto de fracassos do futebol gaúcho (Inter jamais venceu lá, e o Grêmio, uma vez apenas). O Tricolor fez uma péssima partida e perdeu por 1 a 0.

Tá certo que o Santos pouco jogou também. Seu gol foi circunstancial, em uma falta, que estourou no travessão. Domingos pegou o rebote e conferiu. Antes, Hugo, de frente para o gol, perdera grande chance. Esses dois jogadores seriam expulsos, no início da etapa complementar, após desentendimento. Com isso, piorou para o Grêmio, que precisava atacar e perdia um homem de frente.

Rômulo não tocou na bola, Herrera passou despercebido. Nada deu certo. Não havia jogadas. Os laterais - Patrício e Bruno Teles - realizaram deprimente partida.

Tudo isso custou ao Grêmio a vice-liderança. E o campeonato também. O São Paulo tem 56 pontos, sete a mais que o Santos, agora segundo colocado.

Não querendo ser futurólogo nem pessimista, ao Grêmio resta-lhe a luta pela vaga à Libertadores, que também começa a complicar. Os adversários diretos estão chegando. São Paulo? Deixe-o em paz, ele está ocupado, agora, encomendando as faixas.

domingo, outubro 08, 2006

Reta final

Daqui a pouco, a partir das 16h, o Brasil-Pe estréia no octogonal final da Série C, contra o Vitória, da Bahia, em Pelotas.

Dos oito clubes, os quatro primeiros subirão para a Série B, em 2007. Esta fase é disputada em turno e returno, pontos corridos.

Nesse tiro curtíssimo, não somar três pontos em casa deve estar fora de cogitação.

Sem ele complica

Fernandão não jogará contra o São Caetano, neste domingo, a partir das 16h. O melhor jogador colorado foi vetado pelo departamento médico, bem como o goleiro Clemer. Renan deve substituir este. O problema é o outro: quem pode substituir Fernandão?

Claro, há uma penca de possibilidades no grupo do Inter. Mas falo em suprir as necessidades que Fernandão supre, não apenas em entrar no lugar dele, envergando sua camisa.

Ultimamente, só ele tem jogado bem e feito gols. Iarley, depois do golaço de bicicleta contra o Vasco, parece ter esgotado sua cota de tentos. Fernandão arma, lidera, finaliza, marca. Hoje, o Inter é Fernandão e mais dez. Contra o Figueirense, por exemplo, ele também não atuou: viu-se um Inter mais pastelão que o normal. Menos mal que o adversário é o esfaçelado, ruim e vice-lanterna São Caetano, no Beira-Rio.

Elder Granja, recuperado de lesão, compõe a dúvida na lateral-direita, com Ceará. Perdigão pode voltar. Rentería, Ricardo de Jesus e Léo disputam a vaga de Fernandão. É, a coisa tá feia...

Mas o São Caetano não contará com as cobranças de falta de Anderson Lima, suspenso.

Vale lembrar que um insucesso colorado hoje implica, praticamente, o fim do sonho do tetracampeonato brasileiro. Mas isso não deve acontecer. Apesar dos pesares, o Inter é bem melhor que o Azulão.

O Brasil com os olhos na Vila

Santos e Grêmio, além da boa campanha no Brasileirão (3º e 2º, respectivamente), têm em comum, para o confronto direto de domingo, os desfalques.

O time da Vila Belmiro não contará com seis jogadores, uma quantidade assustadora de perdas. Fábio Costa (lesionado), Mansur (na seleção chilena), Maldonado, Zé Roberto, Wellington Paulista e Leandro (todos os quatro suspensos).

O Tricolor gáucho, por sua vez, estará privado de utilizar Lucas (na seleção), Léo Lima (lesionado) e William (suspenso). Tcheco, com problemas gastrointestinais, ainda pode desfalcar a equipe.

Mano Menezes desconversa e afirma que o Santos suprirá, com equivalência, suas lacunas. Mas o Santos não possui um grupo tão forte. Tem, sim, um time ajeitadinho com um técnico vencedor. Os desfalques santistas parecem ser bem mais decisivos.
De qualquer modo, vindo como vier o Santos, o Grêmio tem que vencê-lo.

Neste sábado, o São Paulo bateu, de virada, o Fluminense, por 2 a 1, no Maracanã. Viu-se, mais uma vez, o péssimo estado em que se encontra o time do Rio, que já tem que se preocupar com o rebaixamento.
Caso o jogo da Vila Belmiro termine empatado (e derrota seria catastrófico), o Grêmio ficaria a sete pontos do São Paulo. O time de Muricy precisaria tropeçar demais em tão poucas rodadas que ainda restam.

Será um grande domingo, no qual reinará grande expectativa para Santos x Grêmio, a partir das 18h10min. É o jogo da rodada. Pode, sem dúvida, encaminhar o campeão.

sábado, outubro 07, 2006

Goleada esperada

Não poderia ser de outra maneira: Brasil 4 x 0 Kuwait.

O Brasil foi melhor o tempo todo, praticamente só atuou na metade do campo na qual atacava.
Sobis, Robinho, Daniel Carvalho e Kaká balançaram as redes. Sobis, é bom frisar, foi um dos melhores enquanto esteve em campo. Ronaldinho passou despercebido.
Lucas, o volante do Grêmio, jogou todo o segundo tempo e mostrou segurança nas roubadas de bola e um passe qualificado. Para estréia, saiu-se bem.

Desse tipo de jogo com essa espécie de adversário, não se tem como tirar maiores conclusões.

Mas, na próxima terça, em Estocolmo, o nível do amistoso vai subir. O adversário, a seleção equatoriana, vem crescendo a cada ano, se firmando no cenário internacional. Possui bons jogadores e será um bom teste para essa seleção de Dunga.

Tarde de seleção

Mais um amistoso caça-níquel da seleção. Hoje, às 16h, jogam Brasil x Kuwait, na cidade do Kuwait.

Claro que a partida tem o seu valor, para se analisar os novos talentos, como o ex-colorado Rafael Sobis e o gremista Lucas. Mas o adversário, convenhamos, está abaixo da linha do nada, do ridículo e da perda de tempo.

No entanto, pior que atuar bem contra o Kuwait (que é o que se espera) é jogar mal, seria uma vergonha para a Era Dunga, de treinador.

Depois de duas vitórias seguidas (incluindo goleada sobre a Argentina), a exigência torna a aumentar, não importando se ali, em campo, estarão garotos ou experientes jogadores com a camisa amarela.

O Brasil:
Hélton; Maicon, Luisão, Alex e Marcelo; Mineiro, Dudu Cearense, Elano e Ronaldinho; Robinho e Rafael Sobis.

Título impossível

Campeonato Brasileiro
Cruzeiro 2 x 1 Internacional

O Cruzeiro, quinta-feira, foi um aglomerado de bons jogadores, sem nenhuma esquematização (não é surpresa, tendo como técnico Oswaldo de Oliveira). Mesmo assim, bateu o Inter por 2 a 1.

O time de Abel Braga, pra variar, foi mal-escalado, com três volantes e apenas um articulador, que, pra piorar, foi o ausente Adriano Gabiru. Mesmo assim, quem teve as melhores chances foi o Colorado, sobretudo no segundo tempo, quando, ao mexer na equipe, Abel pôs mais gente pra atacar.
Mas, sem dúvida, faltou organização. E mais: Abel Braga prescindiu de convicção. Vem sendo uma tônica nos jogos do Inter.
O Cruzeiro, então, se aproveitou e suplantou o rival: Wágner, em um cochilo monstruoso da defesa, abriu o placar para os azuis. No finalzinho da primeira etapa, Ceará bateu com extrema precisão uma falta, belo gol e o empate vermelho. Após o reserva Ricardo de Jesus desperdiçar três chances inacreditáveis, veio o castigo, no segundo tempo: Ferreira subiu completamente só e aparou, de cabeça, cobrança de falta. Um gol à la Brasil x França, na última Copa. Um gol ridículo, no qual falharam todos: defesa e goleiro.

A nove pontos do líder São Paulo, começa a ficar difícil o título. Diria até impossível.


CRUZEIRO (2): Fábio; André Luís, Gladstone e Thiago Heleno; Gabriel, Fábio Santos, Martinez, Wagner e Élson (Júlio César); Geovanni (Ferreira)e Élber (Kerlon). Técnico: Oswaldo de Oliveira

INTERNACIONAL (1): Clemer, Ceará, Índio, Fabiano Eller e Ramon (Ricardo Jesus); Wellington Monteiro, Edinho (Pinga), Adriano (Michel) e Maycon; Fernandão e Iarley. Técnico: Leomir de Souza (interino).

Árbitro: Wilson Souza de Mendonça (Fifa PE), auxiliado por Erich Bandeira (Fifa PE) e José Pedro Wanderlei da Silva (PE).
Cartões amarelos: Ramon, Maycon (Internacional), Thiago Heleno, André Luís, Kerlon, Ferreira (Cruzeiro).
Gols: Wagner, aos 33; Ceará, aos 45 minutos do primeiro tempo. Ferreira, aos 18 minutos do segundo tempo.

quinta-feira, outubro 05, 2006

Sem Abel

O técnico colorado Abel Braga foi suspenso, ontem, pelo STJD devido a insultos dirigdos ao árbitro Wagner Tardelli. A pena, de 30 dias, impede que Abel comande o time à beira do campo, hoje, contra o Cruzeiro, no Mineirão, às 20h30min.

A confusão se deu no último Inter x Corinthinas, em que, após muito reclamar, Abel xingou o juiz de "medroso", entre outros adjetivos de maior ofensividade.

É um problema, mas não o fim do mundo. O Inter recorrerá até. Mas o time pode render igual, sem o treinador. O problema será render hoje, pois o time colorado está inconstante. Nunca se sabe como vai se apresentar.

O esquema, pra variar, é desconhecido. Pode ser o 3-5-2 ou o 4-4-2. Edinho, com lesão muscular, é dúvida. Com o volante jogando, o segundo esquema deve imperar. Hidalgo, servindo a seleção peruana, está fora. Ramon o substitui. E Perdigão, suspenso, igualmente dá vaga a outro reserva: o garoto Maycon.

O Inter provável: Clemer, Ceará, Indio, Fabiano Eller e Ramon; Wellington Monteiro, Edinho, Adriano e Maycon; Fernandão e Iarley.

Grêmio e São Paulo já triunfaram na rodada. É bom o Inter vencer o Cruzeiro então. E continuar por perto da dianteira da tabela. Mesmo sem Abel.

Ali, ali

Campeonato Brasileiro
Grêmio 2 x 1 Palmeiras

Foi suado, um parto, como já se era esperado. Quase não deu, mas, no fim das contas, o Grêmio conseguiu sobrepujar o Palmeiras.

Ambas as equipes pisaram o gramado com propostas de jogo quase idênticas: marcação sob pressão e muita bravura. Com isso, quase não houve criação. As jogadas começavam com chutões das defesas.
Hugo, então, resolveu ceifar a mesmice da partida: deu um lençol no oponente, coisa linda, e passou para Bruno Teles. O garoto cruzou na cabeça de Ramon: 1 a 0.
A vantagem no placar não trouxe tranqüilidade. O Palmeiras continuou lutando. Juninho Paulista carimbou o travessão, no final da primeira etapa.
No segundo tempo, não houve mudanças. Mas, ao cinco minutos, ao sair aloprado do gol, Marcelo Grohe obstrui Roger: pênalti, cobrado por Paulo Baier, e jogo empatado.
O jogo se tornou mais complicado ainda. Aos 10 minutos, Rômulo cavou falta na quina da área. Um local pouco recomendável para chute direto. Mas Tcheco, mesmo sem poder bater faltas pela lesão no púbis, arriscou. E se deu bem. Com efeito, a bola entrou no cantinho: o Grêmio retomava a dianteira.
E assim se manteve o placar até o fim. Mas não faltaram percalços. Primeiro, Tcheco saiu logo após anotar seu gol. Tal qual um kamikaze, fez de seu lance mais importante o último. Rafinha entrou e não desapontou. Ele, Rômulo, Rámon e Hugo perderam gols que quase fizeram falta.
Isso porque, aos 43, o árbitro assinala que Marcelo Grohe reteve em demasia a bola. Tiro livre indireto, na entrada da área. William reclamou e foi expulso na confusão, junto com o palmeirense Neto Baiano.
Os minutos finais foram de pânico, com o Palmeiras todo em cima do Grêmio. Mas o Tricolor saiu com os tão sonhados três pontos.

O São Paulo goleou o Vasco, por 5 a 1. A diferença de cinco pontos entre são-paulinos e gremistas permanece.

O Grêmio ainda continua na briga. Vai vender caro o tricampeonato.

GRÊMIO (2): Marcelo Grohe, Patrício, William, Evaldo e Bruno Teles; Jeovânio, Sandro, Tcheco (Rafinha), Hugo e Ramon (Rudnei); Rômulo (Herrera).
Técnico: Mano Menezes.
PALMEIRAS (1): Diego Cavalieri, Paulo Baier, Nen, Alceu e Michael (Chiquinho); Marcinho Guerreiro, Francis (Neto Baiano), Marcelo Costa e Juninho (Rosembrick); Marcinho e Roger Silva.

Técnico: Marcelo Vilar.

Árbitro: Luis Antônio Silva Santos (RJ).
Cartões amarelos: Marcelo Costa, Marcinho Guerreiro, Paulo Baier (Palmeiras), William e Bruno Teles (Grêmio).
Cartões vermelhos: William (Grêmio) e Neto Baiano (Palmeiras).
Gols: Ramon, aos 32 minutos do primeiro tempo; Paulo Baier, de pênalti, aos quatro minutos, Tcheco, aos nove minutos do segundo tempo.
Local: estádio Olímpico, em Porto Alegre.

terça-feira, outubro 03, 2006

À sete chaves

Mano Menezes já sabe que time levar a campo amanhã, às 22h. Lucas está fora, como era sabido. Léo Lima também. O primeiro será substituído por Sandro. Mas e Leo Lima? É o mistério. Pode aparecer Ramón ou Rafinha. E ainda: Herrera, em uma troca de esquema, do 4-5-1 pro 4-4-2. Bruno Teles pega a vaga de Wellington, finalmente.
O Grêmio: Marcelo; Patrício, Evaldo, William e Bruno Teles; Jeovânio, Sandro, Tcheco, Hugo e Ramon (Rafinha ou Herrera); Rômulo.

Tcheco ainda pode desfalcar a equipe, ressentido de dores. Mas deve jogar mesmo assim.

O time completo, tim-tim por tim-tim, esse está na cabeça de Mano Menezes, à sete chaves. Somente amanhã, no estádio Olímpico, saberemos.

Vitória é obrigatória. O título, antes improvável, agora, não parece tão distante.

segunda-feira, outubro 02, 2006

A vez de Bruno Teles

Finalmente, Mano Menezes vai dar preferência ao garoto Bruno Teles, na lateral-esquerda. Ele envergará a camisa 6, nesta quarta, contra o Palmeiras, no Olímpico.

Bruno teve apenas três oportunidades até então. Começou em um Gre-Nal, uma tremenda fogueira (em sentido figurado, sem referências aos banheiros queimados, é óbvio), e não comprometeu. Assim como contra o Botafogo, nos 4 a 0, em que, fazendo um feijão-com-arroz, conseguiu jogar melhor que Wellington. Só comprometeu mesmo contra o Paraná, mas jogando como primeiro volante, uma invenção de Mano na oportunidade.

A tendência é o garoto se firmar. Para se sobrepujar a Wellington e Escalona, não precisa muito mesmo. Sou a favor da política de prestigiamento das categorias de base: se há, no elenco, jogadores equivalentes, que se prefira o prata da casa ao "estrangeiro". Custa menos, valoriza o jogador e o próprio clube que o revelou.

Só a torcida é que, tradicionalmente, tem um ranço com os jovens da base. Quem vem de fora sempre tem mais crédito. O garoto, ao menor erro, é vaiado. No Grêmio, foi assim com Polga, com Eduardo Costa, entre outros tantos, até a afirmação destes. Em contrapartida, aplaudiam o bizarro Basílio. Vai entender...

domingo, outubro 01, 2006

Só ouvindo

O jogo estava em seu segundo tempo, morno, por sinal. O Inter vencia com relativa tranqüilidade o não mais que aplicado Paraná.

De repente, após Abel Braga realizar as três substituições, Ediglê tira o seu moletom, sai do aquecimento e se manda para o vestiário.
Eu estava ouvindo a Rádio Bandeirantes AM 640. Logo os jornalistas que faziam a jornada pensaram em uma possível rebeldia do zagueiro. Falavam que não havia cabimento tamanha falta de coletivismo. Até pelo fato de a dupla de zagueiros titular estar gastando a bola naquela tarde. Pois bem. O repórter Alexandre Praetzel entrevistou, então, um componente da comissão técnica colorada, para dirimir a dúvida.
"Não é nada disso, o Ediglê saiu porque estava 'apertado'", informou, meio que aos risos, o entrevistado.
Todos os componentes da jornada riram também.
Eis que o comentarista João Carlos Belmonte solta "e a gente aqui criticando uma caganeira".
Claro que a declaração "bombástica" desmontou a equipe inteira de tanta gargalhada.

É por isso que eu adoro o rádio.