quinta-feira, agosto 31, 2006

Bom pra dupla

Se analisarmos os resultados desta quinta-feira do Campeonato Brasileiro sob o ponto de vista dos interesses da dupla Gre-Nal, eles foram bons.

São Paulo 1 x 1 Fortaleza
> Em jogo movimentado no final, o empate não fez o clube paulista disparar na liderança. Rogério Ceni perdeu pênalti nos acréscimos.

Botafogo 4 x 0 Paraná
> Resultado até certo ponto surpreendente. Se a zaga do Paraná repetir a atuação "muy amiga" desta quinta no domingo, contra o Grêmio...

Vasco 2 x 2 Ponte Preta
> Também esse resultado causou certo estranhamento. O Vasco, apesar de modestíssimo, estava em franca ascensão. Tropeçou no péssimo time de Campinas.

Isso tudo apenas ratifica, pela milésima vez, que esse Campeonato Brasileiro é maluco. Um time que goleia hoje pode ser goleado amanhã. E é por causa desse equilíbrio que um time ajeitadinho pode chegar longe.

Sábado já começa nova rodada, a 22ª. É, quando parece que a bola vai parar, ela já está começando a rolar novamente.

Quando a bola pára, rolam as moedas...

Os clubes do Brasil estão correndo contra o tempo para reforçar suas equipes.
Como já vimos, o Inter tratou de abrir os cofres.
Mas não só o colorado.

O Corinthians, que perdeu os argentinos Tevez e Mascherano para os ingeleses do West Ham, trouxe o volante Magrão (ex-Palmeiras), o centroavante Amoroso (ex- São Paulo) e o lateral-esquerdo César, com bela passagem pelo São Caetano.
O Cruzeiro anunciou o zagueiro André Luís, que passou pelo Santos, e o atacante Ferreira, que jogava no União de Leiria, time português. O bom lateral Gabriel, ex-Fluminense e atualmente na Espanha, também foi adquirido pela Raposa.
O Santos protagonizou a mais pomposa contratação. O meia Zé Roberto, da Seleção Brasileira, é o mais novo jogador do clube da Vila Belmiro. O São Paulo estava prestes a contratá-lo. No entanto, a diretoria santista cobriu a proposta vinda do Morumbi. Deve melhorar aquele time comum do Santos. Está onde está porque tem jóquei: Wanderley Luxemburgo.

Falta o Grêmio, na minha opinião, raspar o cofre do Olímpico e tentar a contratação de dois laterais. Os que estão hoje até quebram o galho. Mas, se o tricolor quiser mesmo uma Libertadores, insisto, deve procurar coisa melhor.
Mano Menezes já operou alguns milagres. Mas nunca é bom facilitar.

Quem são eles

Eis os novos contratados do Internacional, todos oriundos de clubes do exterior. Hoje, terminou o prazo para transferências internacionais. A diretoria colorada já admitiu pesquisar nomes no próprio mercado nacional, nas divisões B e C, do Campeonato Brasileiro. Esses possíveis reforços viriam em nível de grupo, apenas para completar o plantel.

Nome: Emilio Martín Hidalgo (Hidalgo)
Nascimento: Lima/Peru (15/06/1976)
Peso: 73 quilos
Altura: 1m80cm
Posição: lateral-esquerdo
Clubes: Sporting Cristal (Peru), Defensor Lima, Sporting Cristal (Peru); Las Palmas (Espanha), Vélez Sársfield(Argentina); Cienciano (Peru); Colón de Santa Fé (Argentina); Saturn (Rússia) e Libertad (Paraguai).



Nome: André Da Silva Luciano (Pinga)
Naturalidade: Fortaleza-CE (27/4/1981)
Altura: 1m75cm
Peso: 73 quilos
Posição: meia-atacante
Clubes: Ceará, Vitória-BA, Juventus-SP, Torino, Siena e Treviso.






Nome: Fabián Andrés Vargas Rivera (Vargas)
Nascimento: 17/04/1980 (Bogotá, Colômbia)
Altura: 1m78cm
Peso: 71 quilos
Posição: meia
Clubes: América de Cali (Colômbia) e Boca Juniors (Argentina).



Fonte: S.C. Internacional

quarta-feira, agosto 30, 2006

21ª Rodada do Campeonato Brasileiro

Resultados desta quarta:
Grêmio 2 x 1 Cruzeiro
Santa Cruz 0 x 2 Internacional
Goiás 3 x 1 Fluminense
Palmeiras 1 x 1 Figueirense
São Caetano 0 x 1 Corinthians
Atlético-PR 2 x 1 Santos
Juventude 1 x 0 Flamengo

Quinta-feira, complemento (20h30min, todos):
Vasco x Ponte Preta
Botafogo x Paraná
São Paulo x Fortaleza

> Resultados bons para a dupla Gre-Nal. O Santos não dispara, nem Palmeiras nem Figueira se aproximam tanto, e o Fluminense, que antes corria parelho, segue despencando.

> O Corinthians recomeça a recuperação e o Flamengo segue descendo. Pode ser chover no molhado, mas ainda não engoli aquela derrota do Grêmio para o rubro-negro carioca, que é um péssimo time. O Juventude, pelo menos na etapa final, poderia ter ampliado. Pena que o bom centroavante Christian esteja numa fase daquelas. Perde cada gol...

Cem por cento sem torcida

Campeonato Brasileiro
Grêmio 2 x 1 Cruzeiro

Na última partida válida pela punição com portões fechados, o Grêmio (de Tcheco e Ramon, autores dos gols, na foto) venceu de novo. Diferentemente dos últimos triunfos, desta vez, o tricolor não jogou bem. Teve problemas no meio-de-campo (seu setor mais forte até então), o que quase comprometeu a vitória.
O primeiro tempo foi muito ruim. O Cruzeiro tinha apenas uma jogada: bola alta para o centroavante Elber. E foi assim que se deu a melhor chance da primeira etapa. Após corte parcial de um cruzamento, Elber girou na risca da pequena área para grande defesa de Marcelo Grohe.
O Grêmio teve uma baixa logo na metade do jogo. Léo Lima sentiu lesão e saiu. Nunes entrou em seu lugar. Com isso, Tcheco voltava a ser meio-campista, não mais volante.
E com Tcheco mais adiantado é que o Grêmio abriu a porteira dos três pontos. Aos 5 minutos da etapa final, após boa jogada individual, o meia soltou a perna direita. O chute saiu queimando a grama, resvalou na trave esquerda e estufou a rede de Fábio: 1 a 0.
O gol, no entanto, não mudou o panorama do jogo, que continuou nivelado por baixo.
Em sua segunda oportunidade, Elber conseguiu igualar. De cabeça, aproveitando Marcelo Grohe adiantado, o centroavante enconbriu-o: 1 a 1. Duro golpe no tricolor, que, apesar de pouco inspirado, vinha sustentando com relativa segurança a vantagem mínima.
Mas quando a fase é boa...
Aos 19 minutos, três após o gol cruzeirense, Tcheco cobra escanteio. No primeiro pau, Ramón chega com tudo e cabeceia. O "goleirão" Fabio agarra, ou melhor, pensou ter agarrado a bola, que lhe escapou por entre as pernas. Frangaço. E Grêmio na frente. E assim o foi até o término do jogo. Sem, todavia, deixar de levar alguns sustos. Como um lance, bem no finalzinho, no qual o "foquinha" Kerlon mostrou que não passa de uma "foquinha" mesmo ao errar o alvo de frente para Marcelo. E não dá para pôr a culpa no vento forte que soprava. Ele atrapalhou ambas as equipes.
Vitória boa, que mostra que o Grêmio sabe vencer mesmo quando não consegue plena superioridade.
Fim de punição também, o que é mais uma ótima notícia. A não ser que os auditores do STJD voltem nas suas decisões, no julgamento da próxima terça. Também, se isso acontecer, não seria tããão desesperador. No Centenário às moscas o tricolor mostrou sua força: três jogos, três vitórias.

GRÊMIO (2): Marcelo Grohe; Patrício, Evaldo, Maidana e Wellington; Jeovânio, Tcheco, Hugo Ramón (Herrera) e Léo Lima (Nunes); Rômulo (Rafinha)
Técnico: Mano Menezes

CRUZEIRO (1): Fábio; Gladstone, Luisão (Kérlon) e Teco; Michel, Elson, Sandro, Wagner (Carlinhos Bala) e Leandro Bomfim; Élber (Diego) e Geovanni
Técnico: Oswaldo de Oliveira

Arbitragem: Luis Antônio Silva Santos (RJ), auxiliado por Aristeu Leonardo Tavares (RJ/Fifa) e Marcos Tadeu Peniche Nunes (RJ).

Cartões amarelos: Jeovânio (Grêmio) e Diego (Cruzeiro).

Gols: Tcheco, aos 5; Élber, aos 16; Ramón, aos 19 minutos do segundo tempo.

Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul (RS)

É para aproveitar

Jogar contra o pífio time do Santa Cruz implica vitória. Mesmo que seja fora de casa, como hoje. O Inter pega o time nordestino, no Arruda.
Jogo, sem dúvida, para terminar com a má fase ou, pelo menos, baixar um pouco a poeira, enquanto os prometidos reforços ainda não podem atuar.
Abel Braga promove a volta de Rubens Cardoso na lateral-esquerda. Time colorado: Clemer; Ceará, Índio, Eller e Rubens Cardoso; Fabinho, Edinho, Perdigão e Adriano; Iarley e Fernandão.
O Santa tenta sair da lanterna com: Guto; Wilson Surubim, Váldson e Sidraílson; Osmar, Júnior Maranhão, Augusto Recife, Washington e Paulo Rodrigues; Nenê e Márcio Mixirica. Técnico: Maurício Simões
Quem apita: Sálvio Spínola (Fifa), auxiliado por Emerson Carvalho e Aline Lambert, trio paulista.
Tal qual o jogo do Grêmio, esta partida inicia às 19h30min.

Quem será o 8?

Mano Menezes ainda não divulgou o substituto de Lucas, expulso na última partida. A vaga está em disputa por Nunes e Tcheco. Bem melhor se for Tcheco, já que, com Nunes, o meio-de-campo perde muito na qualidade do passe.
Dos últimos jogos, esse parece ser o mais complicado para o Grêmio. Vencê-lo seria tirar toda e qualquer dúvida a respeito da curva ascendente do tricolor. Uns dizem que até agora o Grêmio não ganhou de ninguém. Afirmação da qual discordo. A tabela é peremptória: o Grêmio está em terceiro. O time está jogando cada dia melhor. Caso fosse loteria esportiva, assinalaria coluna da esquerda, do dono da casa. Do Grêmio.
O Grêmio vem de: Marcelo Grohe; Patrício, William, Evaldo e Wellington; Jeovânio, Tcheco (Nunes), Ramon, Leo Lima e Hugo; Rômulo.
O Cruzeiro, do intragável Oswaldo de Oliveira, deve aparecer com: Fábio; Luizão, Gladstone e Teco; Michel, Élson, Leandro Bomfim, Wagner e Sandro ; Geovanni e Élber.
Quem apita: Luis Antônio Silva Santos (RJ), auxiliado por Aristeu Leonardo Tavares (Fifa/RJ) e Marcos Tadeu Peniche Nunes (RJ).
O jogo é em Caxias, no Centenário, com portões fechados.
E começa às 19h30min!!!

terça-feira, agosto 29, 2006

Mercado colorado

Não é a Expointer, mas permanece igualmente agitada a feira que acontece lá no Beira-Rio. Após uma bela exposição na Libertadores, os visitantes gostaram e fizeram a limpa. Rafael Sobis, finalmente, acertou com um clube. O atacante defenderá o Betis, tal qual Jorge Wagner.
Agora, o Inter busca reforços. O meia colombiano, Fabian Vargas, já veio. Outro meia, Pinga, que atua no futebol italiano e que já defendeu as seleções brasileiras de base, é uma possibilidade. O lateral Athirson, hoje no Bayer Leverkusen, também admitiu tratativas com a diretoria vermelha.

É a luta colorada contra o relógio. Nessa quinta, encerram-se as negociações com jogadores que atuam no exterior.
O Inter vendeu rápido. Precisa ser tão veloz quanto para contratar.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Sem paranóia

A chiadeira de Fernando Carvalho após o patético empate diante do Goiás foi lamentável. Dizer que o Inter vem sendo prejudicado pela arbitragem no Brasileirão pelo fato de dois estrangeiros terem apitado as finais da Libertadores é uma alegação tola.
Tão infundada que, ontem, o colorado foi ajudado no Beira-Rio. O Vasco poderia até ter feito o terceiro gol. Perdigão derrubou o adversário na grande área e o juizão, muy amigo, deixou o jogo seguir.
Nessa paranóia eu não entro. Tem gente dizendo até que o campeonato está encaminhado para o São Paulo, por pura pena do time paulista, que foi vice da Libertadores.
O nível da arbitragem é fraco no Brasileirão, apenas isso. Não vejo nenhuma premeditação nas falhas dos homens-de-preto. É ruindade mesmo. Esta não deveria haver, mas há.
Faltam mais preparo e equiparação de critérios.
Vigaristas, como aquele tal de Edilson, acho que se foram. Já acionaram a descarga, graças a Deus.
Só espero que não venha nenhum fato até o fim do campeonato dizendo o contrário.

domingo, agosto 27, 2006

Desce...

Campeonato Brasileiro
Internacional 1 x 2 Vasco

Alguém tem que avisar ao Internacional que a vida continua. Após o título da Libertadores, o colorado disputou nove pontos pelo Campeonato Brasileiro. Conqusitou míseros dois. Hoje, em pleno Beira-Rio, perdeu para o ascendente time do Vasco da Gama.
Os visitantes abriram o marcador logo aos dez minutos. Jorge Luiz, de cabeça, aproveitou bola mal rebatida do volante Fabinho e deslocou de Clemer. Festa do time de Renato Gaúcho.
No entanto, sete minutos depois, os quase 28 mil colorados presentes no estádio puderam gritar gol. E que golaço. O zagueiro Fabiano Eller, fazendo as vezes de um ponta, cruzou para Iarley. Da marca do pênalti, após dominar a bola, armou uma bonita bicicleta acertou o cantinho. De sair do estádio e pagar novo ingresso. Golaço.
O Inter, com o gol, cresceu. Mas não apareceu. O gol da virada não veio e, no segundo tempo, o veloz contra-ataque vascaíno funcionou. Aos 23 minutos, Morais pegou de primeira da entrada da área passe de Edílson. Como se tivesse posto a bola com a mão, estabeleceu o 2 a 1 no placar.
E ficou nisso.
Não para o torcedor vermelho, que vaiou a equipe após o término do jogo.
O Vasco ultrapassou o próprio Inter e está em quarto. O time de Abel Braga se encontra na sexta posição. Mas tem, é bom ressaltar, um jogo a menos, bem como o líder São Paulo.
Mesmo assim, não dá para descuidar. A torcida é o melhor termômetro. As vaias não vieram por acaso. E Fernandão, pra variar, falou bem no vestiário pós-jogo: "futebol é momento".
E é exatamente por isso que o Inter deve manter a corda esticada e esquecer um pouco o Mundial. Há um turno inteiro do Brasileirão pela frente.

INTERNACIONAL (1): Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Felipe; Edinho (Luiz Adriano), Fabinho, Adriano (Perdigão) e Márcio Mossoró (Léo); Fernandão e Iarley.
Técnico: Abel Braga.

VASCO (2): Cássio; Wagner Diniz (Claudemir), Fábio Braz, Jorge Luiz e Diego; Andrade, Ygor, Morais (Abedi) e Paulão; Jean (Faioli) e Edílson.
Técnico: Renato Portaluppi.


Arbitragem: Luiz Alberto Sardinha (GO), auxiliado por Fabrício Vilarinho e Geraldo Castro (ambos de GO).

Cartões amarelos: Edinho (Internacional); Fábio Braz e Morais (Vasco da Gama).

Gols: Iarley, aos 17 minutos do primeiro tempo (I). Jorge Luiz, aos 10 min do primeiro tempo e Morais, aos 23 min do segundo tempo (V).

Local: estádio Beria-Rio, em Porto Alegre.

Salve o Grêmio!


Campeonato Brasileiro
Corinthians 0 x 2 Grêmio

Os dois gols gremistas vieram de duas bolas paradas, um par de escanteios cobrados por Tcheco (como o primeiro, de Evaldo, na foto). Mas poderiam ter saído pelo chão também, ou pelos lados de campo. Por qualquer outro metro quadrado do Pacaembu, tamanha a superioridade gaúcha.
O Grêmio não foi perfeito, sublime ou mágico. Mas teve uma característica que o Corinthians não teve em nenhum momento: organização.
Com ela, criou as mais importantes chances de gol da partida. Logo a um minuto, Tcheco bateu rapidamente uma falta. Lucas entrou na cara do gol, mas errou o alvo. A perda da oportunidade não abalou o time, que continuou melhor. O Corinthians só equilibraria as ações lá pelos vinte minutos. Chegou a ameaçar com Rosinei, mas ele perdeu o tempo da bola e Marcelo Grohe afastou, salvando a pele gremista.
O futebol consistente do Grêmio só foi recompensado aos 30 minutos, quando, após escanteio batido por Tcheco, Evaldo subiu bem e cabeceou: 1 a 0. Justiça no placar.
Para o segundo tempo, a única coisa que mudou foi o lado para que os times atacaram. O Grêmio continuou melhor. Rômulo, que já havia errado em bola na primeira etapa, repetiu a dose, desperdiçando outra chance. O Corinthians trocou peças, mas sem conseqüências práticas. Aos nove minutos, Mascherano discutiu com o árbitro e foi expulso. A partir daí, o Grêmio estava com o jogo mais na mão ainda. O Corinthians marcava muito mal e os espaços brotavam como num passe de mágica. No entanto, Hugo, muito lento, e Léo Lima, cansado, não aproveitaram. Deram lugar a Ramon e Rafinha. Pouco acrescentaram também.
Aos 27 minutos, foi a vez de um gremista ir para a rua: Lucas, ao chutar a bola para longe. Parecia que a mesa ia virar. O Corinthians teria quase 20 minutos para pressionar o Grêmio! É, mas o tricolor não se apavorou e manteve as rédeas da partida.
Aos 35 minutos, o Grêmio ganhou mais um escanteio. Tcheco cobrou de novo. A bola encontrou a cabeça de Rômulo. O centroavante subiu no nonagésimo andar: 2 a 0. Fim de papo e fim de esperneio de Emerson Leão, que passou o jogo inteiro reclamando da boa arbitragem de Evandro Roman. Ele deveria treinar mais seu time, que parece uma gororoba nas quatro linhas.
Venceu o time mais ajustado, mais harmônico, mais equilibrado.
Venceu Mano Menezes.
Venceu o Grêmio. Que já é terceiro colocado. E pega, no último jogo com portões fechados, o Cruzeiro, quarta-feira.
Mais três pontos se avizinham.

CORINTHIANS (0): Marcelo, Marinho, Betão e Marcus Vinícius (Rafael Moura); Eduardo Ratinho, Paulo Almeida, Mascherano, Rosinei, Carlos Alberto (Renato) e Rubens Júnior (André Leone); Nadson.
Técnico: Emerson Leão.

GRÊMIO (2): Marcelo Grohe; Patrício, Evaldo, William e Wellington; Jeovânio, Lucas, Hugo (Rafinha), Léo Lima (Ramon) e Tcheco (Nunes); Rômulo.
Técnico: Mano Menezes.

Arbitragem: Evandro Rogério Roman, auxiliado por Roberto Braatz e Gilson Pereira, trio do Paraná.

Gols: Evaldo (G), aos 30min do primeiro tempo; e Rômulo (G), aos 35min do segundo tempo.

Cartões amarelos: Lucas, Jeovânio e Evaldo (Grêmio); Betão, Marcus Vinícius e Mascherano (Corinthians).

Cartões vermelhos: Mascherano (Corinthians); Lucas (Grêmio).

Local: estádio Pacaembu, em São Paulo.

sábado, agosto 26, 2006

Vargas chega ao Beira-Rio


O meio-campista colombiano Fabián Vargas (foto) é a mais nova contratação do Internacional. Ele atua no Boca Juniors e viria para suprir a lacuna deixada por Tinga, negociado com o futebol alemão.

O presidente Fernando Carvalho ainda não confirmou a negociação, alegando que apenas soltará alguma informação depois que tudo estiver fechado.

Pelo que me lembro de Vargas, é um bom jogador, sim. Jogava em um time bem armado, o que ajuda, é claro. Não é o Tinga, mas pode acrescentar.
Joga mais que aquele tal de Guiñazu.

Tudo outra vez

Começou neste sábado o returno do Campeonato Brasileiro. Os clubes gaúchos, no entanto, jogam no domingo, a partir das 16h.

O Juventude vai a Curitiba enfrentar o Paraná. O time da serra gaúcha ocupa a 13ª colocação na tabela, com 23 pontos.

No Beira-Rio, o Internacional busca recuperação frente ao Vasco da Gama. O colorado está na quarta posição e a vitória é imprescindível se não quiser ver de mais longe ainda o líder isolado São Paulo. A dúvida colorada é a lateral-esquerda: Ismael ou Felipe Athirson, ambos oriundos da categoria de base. De resto, Abel Braga vem de: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Ismael (Felipe Athirson); Fabinho, Edinho, Adriano e Mossoró; Fernandão e Iarley.
O treinador vascaíno, Renato Gaúcho, continua provocando o Inter, dizendo ser Barcelona desde criança. Renato é muito identificado com o Grêmio, e isso ele faz questão de frisar. Seu time vem muito bem, em campanha surpreendente. É o sétimo colocado. Deve pisar o gramado com: Cássio, Paulão, Fábio Braz e Jorge Luiz; Wagner Diniz, Ygor, Andrade, Morais e Diego; Jean e Edílson.

O Grêmio quer aproveitar o embalo e se firmar na zona da Libertadores. Mas a parada é dura: o Corinthians, em São Paulo. Tcheco volta após cumprir suspensão. Quem sai para dar lugar ao meia se torna a principal questão de Mano Menezes. Ramón deve deixar o time, que vem com: Marcelo Grohe; Patrício, Evaldo, William e Wellington; Jeovânio, Lucas, Hugo, Léo Lima e Tcheco; Rômulo.
O Corinthians continua sem Tevez, devido ao desentendimento deste com o técnico Émerson Leão. Outro desfalque é o volante Marcelo Mattos. O Timão: Marcelo, Marinho, Betão e Marcus Vinícius; Eduardo Ratinho, Paulo Almeida, Mascherano, Roger, Carlos Alberto e Rubens Júnior; Nadson.

Futebol é o que não faltará neste domingão.

sexta-feira, agosto 25, 2006

Que beleza, Sevilla!

Hoje à tarde, na França, o Sevilla atropelou o Barcelona, no confronto espanhol que decidia a Supercopa da Europa (disputa entre os vencedores da Liga dos Campeões e Copa da UEFA).

O placar foi 3 a 0. O brasileiro Renato, ex-Santos, abriu a contagem logo aos seis minutos. Navas e Enzo, de pênalti, fecharam o caixão do time de Ronaldinho.

Não dá para mencionar o Barcelona sem se lembrar do Mundial Interclubes, no fim do ano. O Inter, provavelmente, o enfrentará na final, lá no Japão. Deu para ver que não é invencível, muito pelo contrário. Considero o Barça uma equipe altamente dependente do desempenho de Ronaldinho. Falta a ela maior solidez tática.

Tal qual hoje, em dezembro, será uma partida tão somente. Tudo pode acontecer. Inclusive uma vitória colorada. Como hoje, pode dar a zebra.

Melou?

A negociação entre Internacional e Racing Santander, envolvendo Rafael Sobis, retrocedeu.
Controvérsias sobre a forma de pagamento fazem com que o atacante ainda seja do colorado. O que dá uma esperança aos seus torcedores, afinal Sobis foi um dos protagonistas do título da Libertadores.
No entanto, Sobis parece ter outras propostas. Sua permanência é difícil.

Quem anda passeando pelo Beira-Rio é o ex-jogador do Inter, Daniel Carvalho. Ele diz estar em Porto Alegre tratando de lesão. Mas é inegável que todo mundo acaba, no fim das contas, se perguntando: não estaria havendo uma negociação entre Daniel e o Inter?
O próprio jogador nega, mas no futebol não dá pra acreditar em boleiro, quando se fala em negociações.
Mas creio ser uma possibilidade remota. Se viesse, seria um grande reforço.

quinta-feira, agosto 24, 2006

Tricolores

Essa vitória do Grêmio foi importante.
Bateu em bêbado, é verdade. Mas bateu bem. 4 a 1, sem maiores sustos, a não ser pelo início um pouco confuso do time.
O Grêmio não encheu os olhos, não amassou o rival. No entanto, manteve-se organizado os noventa minutos.
E o melhor: os depoimentos pós-jogo do Grêmio também permanceream equilibrados.
Melhor assim. Um grande passo foi dado. Mas há muito o que fazer. Domingo, contra o Corinthians, inicia um novo turno, no qual não se poderá relaxar.
A receita é manter a corda esticada.

Ah, e se, em dezembro, ao final do Campeonato Brasileiro, o Grêmio permanecer entre os classificados à Libertadores, é bom começar a arrumar um dinheiro para a construção do busto em homenagem a Mano Menezes.
Está tirando leite de pedra até então.

Em tempo: nunca é demais repetir. O Grêmio tem centroavante. Rômulo marcou de novo, além de participar ativamente de outros dois gols.
Será que haverá gol de Rômulo contra o Coringão?
Aposto que sim.

Subindo...



Campeonato Brasileiro
Grêmio 4 x 1 Fortaleza

Parecia que ia encrespar a coisa. O Fortaleza começou marcando o Grêmio em cima e saindo com velocidade, principalmente com o veterano Lúcio, no meio. Chegou, inclusive, a assustar o gol guarnecido por Marcelo Grohe.
Mas só chegou.
Isso porque precisou um limitadíssimo cabeça-de-área, o Jeovânio, para fazer uma jogada de flanco (coisa que Patrício nem Escalona, laterais de ofício, conseguiram). A bola cruzada chegou a Rômulo. O centroavante fez o pivô para Léo Lima, que fuzilou: 1 a 0, aos 24 minutos.
Passou um boi, passaria a boiada inteira.
Três minutos depois, Hugo seria o carrasco do goleiro Albérico. O meia pegou de primeira lançamento e dilatou o marcador para 2 a 0. Aos 35 minutos, Rômulo, em um rápido contra-ataque, deixou Hugo na cara do gol. Ele sofreu pênalti. Rômulo converteu.
Foram aproximadamente 10 minutos de um futebol de alta intensidade por parte do Grêmio. E jogo liquidado.
No segundo tempo, houve poucas incidências de gol. Aos 36 minutos, já no final, Mazinho Lima pegou sobra da zaga e venceu Marcelo: 3 a 1.
Mas era a melhora da morte. Logo depois, o argentino Herrera, que se transformou em talismã de Mano Menezes, complementou cruzamento de Hugo. Herrera, aliás, estava impedido no lance, mas o árbitro deixou passar a infração.
Ah, e foi com portões fechados. Mas isso já não é mais novidade para o Grêmio. Novidade mesmo é, agora, a quinta colocação na tabela. O Grêmio está na zona de classificação à Libertadores 2007. Eu já havia dito: nunca duvidem do Imortal Tricolor.

GRÊMIO (4): Marcelo Grohe; Patrício, William, Evaldo e Escalona; Jeovânio, Lucas, Leo Lima (Rafinha), Ramon (Herrera) e Hugo; Rômulo.
Técnico: Mano Menezes.

FORTALEZA (1): Albérico; Ivan, Dezinho, Alan e Bruno Barros; Dude, Wendel (Chicão), Ramalho (Rinaldo), Lúcio e Mazinho Lima; Finazzi (Nunes).
Técnico: Hélio dos Anjos.

Gols: Leo Lima (G), aos 24 minutos, Hugo (G), aos 27 e Rômulo (G), aos 35 minutos do primeiro tempo; Mazinho Lima (F), aos 36, e Herrera (G), aos 46 minutos do segundo.

Cartões amarelos: Leo Lima, Lucas e Marcelo Grohe (G); Dude, Wendel e Bruno Barros (F).

Arbitragem: Cleber Welington Abade (SP), auxiliado por Valter José dos Reis (Fifa/SP) e Maria Eliza Correia Barbosa (SP).

Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul.

Grêmio perde no sub-20

Lá na Espanha, o tricolor caiu, pela segunda vez, para o Guarani, do Paraguai, por 2 a 0, e ficou com o vice-campeonato do XXIII Torneio de Futebol Sub-20, disputado na cidade de L'Alcudia.

O time do Grêmio: Matheus; Felipe, Caçapa, William e Anderson Pico; Helton, Bruno Coutinho(Magrão), Itaqui(Sandro Costa) e Thiago(Carlos Eduardo); Rodrigo Carioca e Juari(Léo). Técnico: Julio Camargo.

Esperemos que esse insucesso não respingue no jogo de logo mais, contra o Fortaleza. Esse sim, não dá para perder. Primeiro, pelo motivo mais óbvio: nesse campeonato muito equilibrado, sempre tem que se buscar os três pontos. Além disso, o adversário é convidativo. Apesar de ter vencido Ponte Preta e Juventude nas últimas rodadas, ninguém me tira da cabeça a idéia de que o Fortaleza dói de tão ruim.

Resultados da 19ª rodada do Campeonato Brasileiro

Quarta-feira

Goiás 2 x 2 Internacional
Atlético-PR 3 x 0 Ponte Preta
Palmeiras 3 x o Palmeiras
Botafogo 1 x 0 Cruzeiro
Santa Cruz 1 x 1 Santos
Juventude 0 x 0 Corinthians
São Caetano 2 x 2 Flamengo

Complemento, na quinta:
Grêmio x Fortaleza
São Paulo x Paraná
Vasco x Figueirense

Os resultados pareceram bons para o Grêmio, nessa quarta. Mas ele tem que se ajudar e bater o fraquíssimo (mas põe fraco nisso) Fortaleza. Já o Inter decepcionou.

Mas isso é assunto para daqui a pouco...

quarta-feira, agosto 23, 2006

Grêmio é finalista

Calma. Os gremistas não devem se empolgar muito. Nem os colorados se desesperarem também.

É o elenco sub-20 do tricolor que chegou à decisão do XXIII Torneio Mundial de Futebol Sub-20, disputado em L'Alcúdia, Valência, na Espanha.
A vaga para a final veio após vitória sobre os donos da casa, o Valencia, por 2 a 0. Os gols foram marcados por Bruno Coutinho e Felipe.
Antes do Valencia, o Grêmio encarou uma primeira fase com Guarani, do Paraguai, o Villareal, e o Barcelona, ambos da Espanha.
Derrota para o Guarani (1 a 0) e vitórias sobre os outros dois rivais (2 a 1, no Villareal, e também 2 a 1, no Barça).
O adversário tricolor na final será o Guarani, clube que vencera o tricolor na fase preliminar. Hora da revanche, portanto. O time paraguaio bateu a Seleção Russa, por 3 a 1.
A decisão será disputada nesta sexta, dia 24, bem como a disputa pelo terceiro lugar, entre o Valencia e a Seleção da Rússia.
O Grêmio bateu o Valencia com: Matheus; Felipe(Léo),Caçapa,William e Anderson Pico; Helton(Magrão), Sandro Costa, Bruno Coutinho(Itaqui), Tiago(Carlos Eduardo); Rodrigo Carioca e Juari. O técnico é Julio Camargo.
A final começa às 17h, horário de Brasília.

Quem sabe desse grupo de jovens promessas não saia mais um grande jogador para o elenco principal. Nesse tempo de vacas magras em termos financeiros, categorias de base viram salvação.
Na verdade, às vezes, com pouco dinheiro, dirigentes montam times melhores.
O próprio Grêmio mostra isso. Com grana no bolso, foram buscar o glorioso Amato, pagando a absurda quantia de 4 milhões de dólares.
Não raro, criatividade também ajuda na hora de se manter um clube de futebol da envergadura de um Grêmio.
Francisco Novelletto Neto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol, já disse uma vez: "eu ainda mato um treinador".
Eu ia mais longe e dava cabo em alguns cartolas também, sem dúvida.

Futebol às sete e meia

Agora, inventaram um novo horário para o futebol: 19h30min. Hoje, nesse horário, o Inter pega o Goiás, lá no Serra Dourada. Vai ser uma parada dura, o Goiás precisa se recuperar na tabela.
E o grupo colorado agora estará um pouco pressionado. Se fizer feio, a torcida vai chiar: por que venderam os quatro campeões da América? É, mas se vencer, o colorado mostrará força de grupo.

Nem tão lá, nem tão cá, na verdade. Mas, não se esqueçam: é às sete e meia.

Daqui a pouco, vão inventar jogo na madrugada.

terça-feira, agosto 22, 2006

Durma-se com um barulho desses

Reclamação I

Por que cargas d'água nenhum jogo do Campeonato Brasileiro começa exatamente no horário marcado?
Na Copa, todos os jogos, sem exceção (digo isso, pois vi quase todos), incluindo-se a final, começaram na hora previamente estipulada.
É uma chateação isso. Jogo que é às 16h, por exemplo, inicia lá pelas 16h04min, mais ou menos. E depois querem fazer Copa do Mundo em solo tupiniquim. Que beleza...

Reclamação II

Alguém, por favor, avisa o Jeovânio que ele, infelizmente, não joga que nem o Cruyff. Quem não possui qualidade, tem que simplificar. Qual é o problema de dar um chutão? Os ataques de preciosismo do volante tricolor quase renderam gols ao Flamengo, no último domingo.

Reclamação III

Tá que é um nojo essa dança de técnicos no Brasileirão. Quem não acompanha muito de perto, deve ficar bem confuso. Os treinadores parecem macacos, pulando de galho em galho toda hora. Oswaldo de Oliveira é o campeão. Treina quase um time por mês e, como é esperado, detona jogadores e faz o clube despencar na tabela. Esse aí "chega chegando". Mas pelo lado ruim da expressão.
Pelos meus cálculos, apenas cinco clubes ainda não entraram nessa onda de trocar treinadores. Grêmio, Inter, São Paulo, Santos, Vasco.
Uma minoria. O que é uma pena. Continuidade é tudo no futebol.

Reclamação IV

Esse auditor do STJD... Paulo Schimitt pediu ontem revisão dos votos do julgamento que reduziu a pena do Grêmio. Ele considera muito branda a punição.
Como há pessoas que gostam de complicar o futebol. E o pior é que são sempre aquelas que não trajam meiões nem camisetas, mas burocráticos ternos engomados.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Valdeir fora

O Grêmio acaba de dispensar o meia Valdeir, que veio do 15 de Novembro, de Campo Bom. Valdeir vinha entrando nas partidas como lateral-esquerdo, tendo, inclusive, jogado na derrota para o Flamengo, no domingo.

Bom, se levarmos em conta a sua atuação no Maracanã, a demissão se deu por justa causa.

Outra notícia tricolor: foram aventados os nomes de Silvinho (Barcelona) e de César (Inter, de Milão) para ocuparem a lateral-esquerda do Grêmio. Saúdo a ambição gremista, mas acho brabo sair um dos negócios, devido ao abismo salarial entre clubes europes e brasileiros.
Pelo menos os homens do futebol estão vendo o que todo mundo já notou há horas: o Grêmio está carente de laterais.

E agora, José?

O Inter perdeu o ala e meia Jorge Wagner, cobrador de faltas oficial do time. Foi para o Betis, da Espanha. E agora, José?
O Inter perdeu um dos melhores zagueiros centrais do Brasil, Bolívar. Foi para o Mônaco, da França. E agora, José?
O Inter perdeu Tinga, o pulmão da equipe. Foi para o Borussia Dortmund, da Alemanha. E agora, José?
O Inter perdeu o atacante que destruiu o São Paulo no Morumbi, Rafael Sobis. Seu mais provável destino é a Espanha, onde defenderá o Racing Santander. E agora, José?

Olhando para o próprio grupo do Internacional, dá pra tentar adivinhar um novo time, supondo que não haja contratações.

Clemer; Ceará (quando se recuperar, Granja), Índio, Eller e Alex; Fabinho, Edinho, Perdigão e Adriano; Iarley e Fernandão.

No entanto, essa escalação é uma mera fantasia mesmo. Os próprios dirigentes prometeram peças de reposição. E à altura dos que se foram. É bom que isso se realize, porque esse time acima não empolga ninguém. Só o Barcelona.

Ah, parece que vem aí o meia do Libertad, Guiñazu. Acrescentar, até acrescenta. Mas não resolve.

domingo, agosto 20, 2006

Fraquinho, fraquinho...

Campeonato Brasileiro
Internacional 1 x 1 Palmeiras

Não foi um bom jogo entre Inter x Palmeiras, na tarde deste domingo, no Beira-Rio. Ambas as equipes quebraram a bola na etapa inicial. Um lance isolado salvou os melhores momentos do intervalo da televisão. Aos 41 minutos, Perdigão encontrou Sobis na área. O atacante fuzilou o goleiro Diego: 1 a 0 colorado. Nada melhor para o Inter, achar um gol no finalzinho. Mas, logo depois, Perdigão fez uma falta desnecessária em Edmundo. Levou cartão amarelo e, após reclamar, foi expulso. A terceira expulsão de Perdigão no Campeonato Brasileiro. Isso complicou o colorado na volta do intervalo. Tite adiantou o Palmeiras e chegou ao empate logo aos cinco minutos, com Paulo Baier.
Com isso, o jogo melhorou substancialmente. Marcinho carimbou o travessão de Clemer e, minutos depois, Edmundo chutou para fora sem goleiro. Mas o Inter tinha o incansável Sobis, que brigava sozinho com os defensores. Em bolas paradas, o Inter quase marcou, mas esbarrou em grandes defesas de Diego.
Foi um ressultado até justo. O Inter conseguiu se manter bem até na partida apesar de estar com um a menos. E o Palmeiras, por sua vez, não conseguiu se impor com onze jogadores.
O São Paulo empatou. Com isso, a diferença entre o time paulista e colorado permanece de quatro pontos.
Aos poucos, quando for passando a ressaca da conquista da Libertadores, o Inter deve enconstar ainda mais. Porém, precisa melhorar esse meio de campo. Está faltando articulação. Hoje, Fernandão, como centroavante necessitado de lançamentos, morreu de fome, praticamente. Deve ter ficado como o próprio jogo foi: fraco, quase sonolento em alguns momentos.

Fim de festa

O tão almejado título continental veio para o Beira-Rio. A comemoração foi intensa e os louros da vitória foram justamente distribuídos aos protagonistas da conquista.
Mas, agora, é hora de projetar o futuro. O mundo da bola não pára. Domingo, o Inter já enfrenta o Palmeiras, em Porto Alegre. O time alviverde está em franca ascensão no torneio e promete complicar a vida colorada.
Por enquanto, o time de Abel está acima do bem e do mal. Afinal, venceu a maior competição do continente. Os jogadores, cobiçados mais do que nunca. Mas nunca é bom perder o foco. O importante é permanecer com a corda esticada. Assim como Grêmio, Palmeiras, Flamengo e tantos outros, o Inter é um clube grande. Alguns insucessos nas próximas rodadas e já haverá torcedores cobrando. Ainda mais com um provável esfacelamento do time-base, vencedor da Libertadores. Bolívar já rumou para a França, onde atuará pelo Mônaco. Tinga vai para o Borussia Dortmund, da Alemanha. Jorge Wagner está louquinho para atuar no Betis, da Espanha. Sobis é o grande mistério. Jornais italianos já o dão como certo na Internazionale, de Milão.
Ocorrendo mais vendas de jogadores, a diretoria promete reforços de peso até o Mundial, no final do ano, no Japão. Mas teriam esses medalhões a mesma identificação que tiveram tais atletas, como Bolívar e Sobis, os quais penaram anos para chegarem ao ápice?
Confirmada mesma foi a renovação do estrelado Fernandão, até 2009. Um golzinho de cabeça ele deve fazer, lá na terra do sol nascente.

É dose!

Campeonato Brasileiro
Flamengo 1 x 0 Grêmio

Se o Grêmio não fez uma graaaande partida, ontem, no Maracanã, também não jogou tão mal para ser derrotado pelo fraco Flamengo.
No primeiro tempo, o Grêmio foi levemente superior ao clube carioca. Muito disso pelo fato de ser mais organizado em campo. Se não fossem duas entregadas de Jeovânio e uma saída bisonha de Marcelo Grohe, o Flamengo não teria levado perigo à meta tricolor. Chance boa mesmo do Grêmio só com Hugo, que cabeceou rente ao travessão. O problema gaúcho estava claro: o passe. A zaga flamenguista dava espaços, mas a impefeição na assistência minava as chances de gol.
O segundo tempo foi igual. Até a expulsão de Wellington, aos 27 minutos, que pôs uma cereja na sua pífia atuação. Mano Menezes retirou Rômulo, que, antes de sair, deixou Hugo de frente para o gol. Mas ele isolou a oportunidade de ouro. Herrera também entrou e se movimentou bem novamente. No entanto, o isolamento o prejudicou.
No final, o árbitro igualou o número de jogadores. Expulsou Obina, por simular pênalti, aos 35 minutos.
No fim das contas, pelas circunstâncias da partida, estava de bom tamanho um empate. Para ambos os lados. Mas, aos 46 minutos do segundo tempo, a bola é lançada para Renato. O meia flamenguista se aproveita da ajuda de Patrício, que lhe dá condições de jogo. Mas ainda havia Marcelo Grohe. E ele entregou: errou em bola ao sair do gol. Ela sobrou limpinha, à feição do pé esquerdo de Renato: 1 a 0. Um duro castigo para um time que não merecia perder, mas acabou esbarrando na limitações de alguns jogadores, como os dois laterais (Patrício e Welington) e o volante (Jeovânio).
De um jogo para ganhar e subir ainda mais na tabela, sobrou ao Grêmio chorar as pitangas. Como fez Tcheco. Ao final do jogo, bradou aos microfones: "o time foi muito bonzinho". É uma adjetivação meio vaga, sem dúvida. Mas é bom Tcheco começar a crítica por ele mesmo. Foi um dos jogadores que mais erraram passes na partida. E isso custou uma melhor sorte ao tricolor.
Agora é retornar a Caxias, naquele esboço de estádio que é o Centenário, com um gramado que mais parece um queijon suíço, de tantos buracos. É dose ou não é?

sábado, agosto 19, 2006

O Grêmio quer sempre mais

As últimas boas atuações da equipe já fazem o tricolor ambicionar uma vaga para a próxima Libertadores. Não é impossível realmente. O Campeonato Brasileiro, apesar de equilibrado e emocionante, tem um nível técnico muito baixo, o que dá a qualquer time arrumadinho chances de sonhar. Agora, com a notícia de que só precisará atuar mais duas vezes com portões fechados, o Grêmio vê suas esperanças aumentarem. O jogo de hoje, às 18h10min, é contra o Flamengo, no Marcanã. O Flamengo é muito fraco, mas possui bons jogadores, como o meia Renato, dono de um chute poderoso. Sávio também deve jogar. Apesar de eu já considerá-lo meio passado, quase ex-jogador, ele tem uma credencial forte: na sua primeira passagem pelo clube da Gávea, sempre fazia um golzinho no Grêmio. Ah, e ele continua o mesmo: corre pra tudo quanto é lado e cai a toda hora. Um adversário completamente vencível, esse Flamengo.
O Grêmio deve ser o mesmo dos últimos jogos, com exceção de Léo Lima, que deve tirar a vaga de Rafinha. Quanto a Herrera, que vem jogando muito além das expectativas, é bom guardá-lo para a segunda etapa. As estatísticas mostram que ele rende mais assim. Nunca pensei que fosse admitir, mas existem jogadores de segundo tempo. Até que provem o contrário, é claro.

sexta-feira, agosto 18, 2006

Inesquecível

Os gols e a festa colorada, na partida mais importante da história do Internacional.

quinta-feira, agosto 17, 2006

Notas do São Saulo

Rogério Ceni: entregou o primeiro gol colorado. Apesar de seguro no jogo, foi uma falha irreparável. Nota 2.

Fabão: inseguro em campo. Fez um gol ao menos. Nota 3.

Lugano: o melhor da zaga são-paulina. Muita vibração. Nota 4.

Edcarlos: pouco fez, assim como Fabão. Mas não fez gol. Nota 2.

Souza: boa movimentação, pouca produção. Nota 3.

Mineiro: boa partida, apesar de ter jogado deslocado de função. Nota 4.

Richarlyson: entrou na fogueira e não comprometeu. Nota 3.

Danilo: pessímo. Um chute no ínicio do jogo. Só. Nota 1.

Júnior: no nível do ala direito Souza. Nota 3.

Leandro: muita luta. Correu o campo todo. Bem diferente de Danilo. Nota 4.

Aloísio: Fez bons pivôs, incomodou na área. Mas finalizou pouco. Nota 3.

Alex Dias: entrou na partida, mas não encaixou seu jogo. E ainda perdeu a última chance são-paulina. Nota 2.

Lenílson: sempre entra e faz gol. Não foi diferente. É bom jogador. Nota 4.

Tiago: aproveitou o flanco mal cuidado por Ceará. Entrou bem. Nota 3,5.

Notas do Internacional

Clemer: alternou bons e maus momentos. Nota 5.

Índio: não subiu ao ataque como de costume. Nota 4.

Bolívar: travou duelo interessante com Aloísio. Passou trabalho, mas se houve bem. Nota 5.

Fabiano Eller: o melhor dos zagueiros vermelhos. Nota 5,5.

Ceará: não apoiou bem e deixou jogadores perigosos, como Tiago, utilizarem o flanco. Nota 3.

Edinho: não tão bem como em SP. Porém, marcou bem. É o que lhe compete.

Tinga: se movimentou bem. Fez o gol do título. Nora 6.

Alex: participativo, mas sem muita objetividade. Nota 3.

Jorge Wagner: bom primeiro tempo. Caiu, no entanto, na segunda etapa. Nota 4.

Rafael Sobis: preocupou a zaga são-paulina. Muita movimentação. Mas poderia ter entrado mais na área. Nota 5.

Fernandão: o melhor. Mostrou a estrela que tem. Esteve presente nos dois gols colorados. E ainda saiu de carro zero km. Nota 7.

Ediglê: pouco tempo em campo. Sem nota.

A quinta estrela, finalmente

Copa Libertadores da América
Internacional 2 x 2 São Paulo



Demorou um bocado, quarenta e seis edições do torneio, mas a taça da Libertadores da América ocupará um lugarzinho na sala de troféus do Internacional. Na noite desta quarta-feira, o Inter empatou em 2 a 2 com o São Paulo. O que lhe bastava para conquistar o título que lhe era inédito.
O jogo foi difícil. Com sete minutos, o São Paulo já havia perdido dois gols na pequena área de Clemer, e o Inter, por sua vez, contava com dois jogadores com cartões amarelos. A tônica, para ambos os lados, era a bola área. E foi assim que o Inter inaugurou o placar. Aos 29 minutos, Jorge Wagner levanta a bola na área. Bola fraca e na direção de Rogério Ceni. Mas o maior goleiro da historia são-paulina soltou a redonda. Ela escapuliu para os pés dele: Fernandão, um jogador com uma estrela do tamanho do Beira-Rio. Inter 1 a 0. O São Paulo sentiu o peso da desvantagem. E desse modo terminou o primeiro tempo, que contou, aos 17 minutos com uma interrupção. A fumaça oriunda dos sinalizadores da torcida colorada deixou o campo numa névoa densa e que atrapalhava o espetáculo. Aos 24 minutos, o jogo havia recomeçado, enfim.
No segundo tempo, o São Paulo começou imprimindo um ritmo forte. Fez seu gol logo aos cinco minutos. Em uma bola áerea também. Lugano desvia de cabeça um cruzamento e Fabão, livre, só desloca Clemer: 1 a 1. É a vez de o estádio se calar pela vez primeira depois de horas de gritos e cantos. O São Paulo tomou conta do jogo. Mas o Inter tomou conta do placar. Em uma escapada rápida, aos 20 minutos, Sobis cruza Fernandão cabeceia bem ao seu estilo, mas encontra Rogério que espalma a bola. E para quem ela retorna: para Fernandão, é claro. Mas ele não chuta nem se precipita. Cruza para Tinga que desvia para o gol vazio: 2 a 1. O Beira-Rio vai abaixo. E Tinga é expulso por Horacio Helizondo por levantar a camisa ao comemorar. Com um a menos, o Inter recua, deixando o adversário crescer. Muricy Ramalho troca: põe Lenílson, Tiago e Alex Silva, todos jogadores que vão em direção ao gol. E o alcançam aos 39 minutos. Em chute de Junior, quem falha agora é Clemer. Ele deixa a bola nos pés de Lenílson: 2 a 2. Faltavam cinco minutos apenas para o término da competição. Um gol do São Paulo significaria uma prorrogação de 30 minutos. Porém, Clemer não deixou isso acontecer, quando espalmou cabeçeada à queima-roupa de Alex Dias, aos 45 minutos. Ali, não havia mais dúvidas: quem levantaria o troféu seria o colorado. E foi. Também não resta a menor das indagações sobre essa noite de 16 de agosto de 2006. Ela é inesquecível. Interminável. Internacional.
A única má notícia para a legião de fiéis colorados é que suas camisetas já estão ultrapassadas. Nesta quinta, além de muita comemoração, é dia de mandar bordar a tão almejada quinta estrela.

Final da Copa Libertadores da América 2006

INTERNACIONAL (2): Clemer, Índio, Bolívar e Fabiano Eller; Ceará, Edinho, Tinga, Alex e Jorge Wagner; Fernandão e Rafael Sobis (Ediglê).
Técnico: Abel Braga.

SÃO PAULO (2): Rogério Ceni, Fabão, Lugano e Edcarlos (Alex Dias); Souza, Richarlyson (Thiago), Mineiro, Danilo (Lenílson) e Júnior; Leandro e Aloísio.
Técnico: Muricy Ramalho.

Arbitragem: Horácio Elizondo (Argentina), auxiliado por Rodolfo Otero (Argentina) e Darío García (Argentina).

Gols: Fernandão, aos 29 minutos do primeiro tempo; Fabão, aos seis, Tinga, aos 20, e Lenílson, aos 39 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Fernandão, Jorge Wagner, Tinga, Bolívar, Alex e Edinho (Internacional); Aloísio (São Paulo).

Cartão vermelho: Tinga (Internacional).

Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)

quarta-feira, agosto 16, 2006

A terceira vitória consecutiva

A manchete acima já diz muito. O Grêmio emplaca seu terceiro triunfo seguido no Campeonato Brasileiro. E fora de casa. Jogando em Recife, contra o Santa Cruz, o tricolor penou, mas derrotou o adversário.
A partida foi fraca tecnicamente. O Santa Cruz só atacava na base do lançamento direto. E foi aí que conseguiu o gol, ainda na etapa inicial: aos 35 minutos, em um escanteio, Marcelo Grohe escorrega ao sair da meta e facilita a vida do zagueiro Wilson Surubim. Ele cabeceia e faz 1 a 0. Justo quando o Grêmio era superior.
Mano Menezes mexeu no time durante o intervalo. Santa idéia! Herrera entrou no lugar do inoperante Rafinha. Logo aos 5 minutos, sofreu um pênalti absurdamente ignorado pelo árbitro Wilson Luiz Seneme. Um minuto depois, o velho ditado "Deus não joga, mas fiscaliza" entrou em campo. Após escanteio, Rômulo fuzilou para o gol, em um cabeceio que mais parecia um chute: 1 a 1. A pressão continuou e foi a vez de Lucas cair na área. Agora sim, assinalada a penalidade. Tcheco converteu-a com calma: 2 a 1 e a tão merecida virada se realizando.
Mas o Grêmio se acomodou e deixou o Santa Cruz ir para cima. A zaga gaúcha estava confusa e, em uma de muitas bolas mal rebatidas, Junior Maranhão acertou no ângulo de Marcelo: 2 a 2, aos 33 minutos. Tudo acabado? Não, o Grêmio não voltaria para o Rio Grande com as mãos abanando. Herrera, o homem que mudou a cara do time, sofreu falta na risca da área. Tcheco bateu mal, a zaga rebateu pior ainda. O goleiro não esperava um repique em sua direção: acabou entregando a redonda nos pés do argentino: 3 a 2, aos 42 minutos. Já nos acréscimos, aos 49 minutos, de novo Herrera. Agora, solidário e mostrando ótima visão de jogo, entregou a Léo Lima. O meia ainda deixou o goleiro sentado antes de marcar o quarto e último gol da partida. Talvez até tenha ficado elástico demais o placar, mas isso mostra que o Grêmio está se acertando. Três vitórias consecutivas, entrada definitiva na zona da Sul-Americana. Libertadores 2007? Nunca é bom duvidar do Grêmio.

terça-feira, agosto 15, 2006

Áudio no Blog!

O A Bola Parou, a partir de agora, disponibilizará áudios contendo comentários e eventuais debates sobre o que ocorreu de mais relevante no mundo do futebol.
Será um suplemento ao texto, que, logicamente, continuará existindo no blog, visando sempre à opinião e à informação.

Começo eu, com um singelo apanhado do que vem movimentando a dupla Gre-Nal nesses últimos dias.

Para ouvir, basta clicar no link abaixo e baixar o arquivo em mp3.

Simples. Assim como o futebol.

http://rapidshare.de/files/29553754/Comentario-Rizzatti-1508.wav.html

Brasil em campo

Em meio à Libertadores e ao Campeonato Brasileiro, a Seleção Brasileira vai a Oslo, na Noruega, enfrentar a seleção local, amanhã, às 15h10min.
Dunga, que treinará pela primeira vez, já tem o time definido: Gomes; Cicinho, Lúcio, Juan e Gilberto; Edmílson, Gilberto Silva, Elano e Daniel Carvalho; Robinho e Fred.

A CBF, apesar dos dólares recebidos pelo amistoso, não esperava, como boa parte da nação, ir à Europa dessa maneira: com uma seleção diferente, com jogadores até então inexperientes em termos de amarelinha. A intenção, sem dúvida, quando foi marcada a partida era de levar os hexacampeões mundiais. Não deu, como todos sabem...

segunda-feira, agosto 14, 2006

Ricardo Oliveira vai jogar

A novelinha Ricardo Oliveira x Betis parece ter chegado a um desfecho feliz. Pelo menos, para as pretensões são-paulinas.
Lançando mão da influência da Conmebol junto à FIFA, o São Paulo conseguiu prorrogar até quinta-feira o contrato do centroavante.
No entanto, só vou realmente acreditar na informação completamente quando vir Ricardo Oliveira em campo, envergando a camiseta 12 do tricolor paulista.
De qualquer forma, um alento para o já desesperado São Paulo. Aloísio, que era a ficha um para ingressar no time, vai ter que aguardar no banco novamente.
Para o Internacional, não é nada assustador. Ricardo Oliveira é, sim, um grande atacante. Sabe fazer gols e também constrói jogadas fora da grande área. Mas não é craque. Pode muito bem ser anulado, no Beira-Rio. Ah, coisa que ocorreu quarta passada, no Morumbi.

domingo, agosto 13, 2006

Que fase!

Campeonato Brasileiro
Fortaleza 1 x 2 Internacional

Como diria o poeta: "tristeza não tem fim, felicidade, sim."
Bom, não é o que parece, quando o assunto é Internacional. Além de o clube estar na iminência de um título continental inédito, o time reserva, incluindo o treinador (Leomir, auxiliar do técnico Abel Braga), bate o Fortaleza, de virada, no Ceará.
Após um primeiro tempo bisonho, no qual o Fortaleza, se fosse um pouquinho menos ridículo como time de futebol, poderia ter feito uma goleada, o Inter se impôs na etapa final e virou o jogo.
O Fortaleza não demorou muito para abrir o placar. Aos 13 minutos, o zagueiro Alan cobrou uma falta com violência. Mas era de muito longe e vinha onde estava Renan. O goleiro colorado deixou a bola passar pelas suas mãos. Falha e 1 a 0 para o time da casa.
Estava muito fácil de entrar na área colorada. O time estava perdido, faltava organização. Renan salvou algumas investidas do rival, impedindo uma dilatação do placar.
O intervalo foi a salvação colorada.
Adriano Gabiru entrou e movimentou o ataque. Só que perdeu chances incríveis. Incluindo uma furada na frente do gol. E quase que esses equívocos resultam em castigo: Rinaldo, após rápido contra-ataque, põe para fora, na frente de Renan, o gol que mataria a disputa. Mas a fase do Inter é especial: em vez de tomar, fez o gol. E já era amplamente superior aos 29 minutos, quando empatou o jogo. Mas precisou de uma ajudinha alheia: um defensor cearense afastou a bola em cima do companheiro. Ela respingou e sobrou para Rentería. O colombiano cruzou e Léo, que havia entrado há pouco, só cumprimentou as redes adversárias. Uma sessão pastelão no Castelão. Haveria tempo de uma improvável virada? Haveria. Com esse Inter, haveria e houve.
Leo sofre falta a um passo da grande área. Mas o Inter não tinha Jorge Wagner nem Alex para efetuarem a cobrança. O volante Fabinho se candidatou. Bateu com perfeição, com direito a resvalo no travessão. Eram 44 minutos de segundo tempo. O mesmo jogador que fora vilão na quarta-feira, sendo expulso no Morumbi, dava três pontos ao Internacional. Agora, o clube volta perto do topo: é o segundo, com 29 pontos.
Agora, tudo é Libertadores. A esperança dos colorados, então, é que essa felicidade não termine tão cedo. Aquela tristeza de anos atrás nem precisa voltar para os recantos da Padre Cacique.

FORTALEZA (1): Albérico; André Cunha, Alan, Dezinho e Bruno Barros; Wendel, Ramalho, Michel (Jorge Mutt) e Mazinho Lima (Lúcio); Osmar e Rinaldo (Finazzi).
Técnico: Hélio dos Anjos.

INTERNACIONAL (2): Renan; Camozzato, Danny Moraes, Ediglê e Rubens Cardoso (Ramón); Maycon (Léo), Fabinho, Perdigão e Márcio Mossoró (Adriano); Michel e Renteria.
Técnico: Leomir.

Arbitragem: Wilson de Souza Mendonça (Fifa-PE), auxiliado por Erich Bandeira (Fifa-PE) e Milton Otaviano dos Santos (Fifa-RN).

Local: estádio Castelão, em Fortaleza.

Torcida não ganha jogo


Campeonato Brasileiro
Grêmio 2 x 0 Atlético-PR

Essa máxima do futebol foi testada e comprovada, hoje à tarde. Em um Centenário vazio, o Grêmio derrotou o Atlético-PR, por 2 a 0, jogando melhor que o adversário o tempo inteiro.
Tecnicamente, não foi uma grande partida. Mas o tricolor conseguiu a superioridade na partida após um início de jogo truculento e insosso.
No primeiro tempo, apenas uma chance para o Atlético, graças a uma má intervenção de Marcelo Grohe. Isso foi quase no fim. Durante a maioria do período, só deu Grêmio. Rômulo mais uma vez se movimentou bem na frente, apesar de ter perdido muitos gols. Um deles, aos 31 minutos, após boa tabela com Rafinha, o centroavante demorou um pouco e carimbou o goleiro. William, no fim da primeira etapa, também perdeu gol feito. Após escanteio, pegou a sobra na segunda trave e isolou, na pequena área.
Mas veio o segundo tempo e o tão merecido gol. O sumido Hugo protagonizou bonita tabela com Rômulo e, aos 10 minutos, fuzilou para abrir o placar.
Léo Lima entrou logo depois e o time continuou bem. Até aquele momento, apenas Denis Marques havia assustado, com um chute forte bem rebatido por Marcelo Grohe.
As coisas melhoraram para o Grêmio com a expulsão do melhor jogador do Furacão, Dagoberto, por reclamação.
Após mais alguns gols perdidos, veio, aos 42 minutos, o golpe final: Herrera, que havia entrado, invade a área e encobre o goleiro Cleber: 2 a 0.
Resultado justo. o Grêmio não só sobe na tabela como também aumenta, gradativamente, seu nível de produção.
Faltou, realmente, público para compartilhar a alegria dos dois gols. Mas agora isso não importa: se não há torcida, existem, todavia, no tricolor, jogadores comprometidos e um treinador competente para alcançarem as vitórias.

GRÊMIO (2): Marcelo Grohe; Patrício, Willian, Evaldo e Wellington; Jeovanio, Lucas, Tcheco, Hugo (Herrera) e Rafinha (Leo Lima); Rômulo (Ramon).
Técnico: Mano Menezes.

ATLÉTICO-PR (0): Cléber; Cesar, Alex e João Leonardo; André Rocha (Fabricio), Alan Bahia, Cristian (Evandro), Ivan e Ferreira (Herrera); Dagoberto e Dennis Marques.
Técnico: Oswaldo Alvarez

Arbitragem: Wagner Tardelli, auxiliado por Hilton Rodrigues e Vilmar Raul (trio carioca)

Local: estádio Centenário, em Caxias do Sul.

Brasileirão

Além dos já citados Grêmio x Atlético-PR e Fortaleza e Internacional, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro, jogam, neste domingo: Botafogo x Palmeiras e Cruzeiro x Fluminense, às 16h; São Paulo x Goiás e Paraná x Santos, às 18h10min.

Neste sábado, houve quatro partidas: Juventude 0 x 0 Vasco, São Caetano 2 x 0 Santa Cruz, Flamengo 0 x 0 Ponte Preta e Corinthians 1 x 3 Figueirense.

Geninho, após novo fracasso no comando do Corinthians, abandonou o cargo. O time paulista, atual campeão brasileiro, segue segurando a lanterninha do certame, somando míseros 13 pontos.

Dupla Gre-Nal entra em campo hoje

Neste domingo, Grêmio (20 pontos) e Internacional (26) jogam pelo Campeonato Brasileiro.

O tricolor pega o Atlético-PR, no estádio Centenário, em Caxias do Sul, com portões fechados. Mano Menezes repetirá o time que venceu o Juventude, na última rodada: Marcelo Grohe; Patrício, William, Evaldo e Wellington; Jeovânio, Lucas, Tcheco, Hugo e Rafinha; Rômulo. Já o furacão, treinado por Osvaldo Alvarez e que possui 17 pontos, vem com Cléber; Danilo, Alex e João Leonardo; Alan Bahia, Marco Aurélio, Cristian, Ferreira e Ivan; Dagoberto e Denis Marques. O jogo começa às 16h. Wagner Tardelli Azevedo (Fifa/RJ) apita, auxiliado por Hilton Moutinho Rodrigues (Fifa/RJ) e Vilmar Raul (RJ).

Um pouco mais tarde, às 18h10min, tem Fortaleza x Internacional. O colorado, completamente envolvido na final da Libertadores, viaja à capital cearense com um time reserva: Marcelo Boeck; Camozzato, Ediglê, João Guilherme e Rubens Cardoso; Álvaro, Fabinho, Perdigão e Adriano; Michel e Renteria. Abel Braga nem viajou. Quem comandará a equipe à beira do gramado será seu auxiliar Leomir. O Fortaleza vem mal na competição e vê esse jogo em casa como a chance da recuperação. O time segura a vice-lanterna, com 14 pontos. O técnico Hélio dos Anjos deve escalar: Albérico; Ivan, Alan, Dezinho e Bruno Bastos; Michel, Ramalho, Mazinho Lima e Jorge Mutt; Rinaldo e Finazzi. Quem apita é o pernambucano e árbitro FIFA Wilson Souza Mendonça, auxiliado por Erich Bandeira (Fifa-PE) e Milton dos Santos (RN).

sexta-feira, agosto 11, 2006

Notícias azuis

E o Grêmio já está em Caxias, onde enfrenta o Atlético-PR, domingo, no estádio Centenário. Será a primeira partida das oito relacionadas à punição sofrida pelo clube gaúcho.

O departamento jurídico tricolor tentou, ontem, um recurso para que o Grêmio disputasse as partidas no Olímpico enquanto não fosse dado o resultado do recurso que o próprio clube enviou ao STJD. Mas o pedido do efeito suspensivo acabou negado. A única boa notícia é que o pagamento da multa de 200 mil reais foi adiado e só será efetuado após o novo julgamento.

Dentro de campo, Mano Menezes deve repetir a escalação da vitória contra o Juventude. Apesar de poupado do último treino, o volante e capitão Jeovânio atuará, segundo afirmações do próprio jogador. Maidana, Ramón e Galatto já treinam com o grupo, após recuperação de lesões. No entanto, não jogarão no domingo.

Eis o time para pegar o furacão paranaense: Marcelo Grohe; Patrício, William, Evaldo e Wellington; Jeovânio, Lucas, Tcheco, Hugo e Rafinha; Rômulo.

O meio-campo Léo Lima novamente começará no banco de reservas. Mas sua entrada é quase certa no decorrer da partida. Apesar do seu jeito meio descompromissado e individualista, possui habilidade e bom futebol. Atributos escassos nos últimos anos pelos lados da Azenha.

Seria um jogo bem mais empolgante com o barulho da torcida. Mas não o teremos e o Grêmio terá de se virar assim mesmo. Embora veja dificuldades e defecções tanto no time quanto no grupo tricolor, é inegável que, contra Fluminense e Juventude, o Grêmio se houve bem. Caso repita essas atuações, deve sair-se vencedor. Pena que nenhum jogador será
aplaudido. Encontrará tão somente uma arquibancada vazia, triste e muda.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Notas do São Saulo

Rogério Ceni: fez o que pôde. Não teve culpa nos gols nem oportunidade de bater faltas. Salvou chute de Jorge Wagner. Nota 6.

Fabão: apenas regular. Fenandão conseguia levá-lo para as pontas, abrindo a zaga. Nota 4.

Lugano: muita disposição como sempre. O melhor do trio defensivo. Nota 5.

Edcarlos: fez o gol, o que não apagou sua atuação fraca. Nota 3.

Souza: esforçou-se, com muita velocidade, levou algum perigo. Nota 6.

Josué: ridículo. Comprometeu o time e o tetra são-paulino sendo expulso. Nota 1.

Mineiro: prejudicado por ser o único volante, não foi o mesmo jogador. Nota 5.

Danilo: péssimo. Escondeu-se do jogo. Nota 2.

Júnior: muita movimentação, fazendo as vezes de meia-esquerda. Não foi mal. Nota 5.

Leandro: participou do gol são-paulino e foi, junto com Souza, o mais perigoso homem de Muricy. Nota 6.

Ricardo Oliveira: com a bola no pé é sempre perigoso. Mas sucumbiu à boa marcação. Nota 5.

Lenilson: entrou e quase fez um gol, impedido por Clemer. Nota 4.

Richarlyson: inferior a Leandro, a quem substituiu. Mas joga mais recuado e pouco fez. Nota 3.

Aloisio: é um rompedor, nada mais que isso. Não encontrou espaços. Nota 3.

Vestiários

O resultado do jogo de ontem favoreceu a apenas uma das equipes, mas tanto o vestiário do Internacional quanto o do São Paulo lançavam mão do mesmo discurso. Mas, claro, por razões distintas.

Do lado colorado, o objetivo era estancar a empolgação. "Não tem nada ganho" e "ainda faltam 90 minutos" eram as frases prediletas de jogadores, comissão técnica e dirigentes.
O técnico Abel Braga foi enfático: "conseguimos uma pequena vantagem". Sobre o jogo da volta, Abel foi, igualmente, cauteloso: "eles também têm condições de nos vencer lá".
O presidente Fernando Carvalho, perguntado sobre os incidentes que houve, como ônibus apedrejado e torcedores acossados no estádio, afirmou que não haverá retruco no Beira-Rio: "daremos um tratamento de colorado. Seremos como um bom gaúcho hospitaleiro".

No vestiário são-paulino, também ninguém admitia que tudo estava perdido. Todos que falaram mostraram confiança, apesar de visvelmente perturbados. O próprio técnico Muricy Ramalho aparentou impaciência ao responder aos repórteres em sua entrevista coletiva. Mas deixou um recado: "não pensem vocês, aí do Sul, que já está tudo ganho. Tem muito jogo ainda. Jogamos apenas por um gol".

E é verdade. Falta o segundo tempo dos 180 minutos. Mas a mesa virou: agora, quem entra como favorito é o Internacional, com a vantagem do empate debaixo do braço, além, claro, de mais de 50 mil colorados no Beira-Rio, no próximo dia 16.

Se o São Paulo joga por um gol, o Inter já começa a partida campeão.

Mas cada um interpreta os fatores prós e contras da maneira mais confortável possível. Vale tudo a essa altura do campeonato.

Com a mão na taça

Copa Libertadores da América
São Paulo 1 x 2 Internacional

Quando Rafael Sobis entortou Fabão e fuzilou Rogério Ceni, o Internacional começava a pôr uma das mãos na bela taça da Libertadores. Mas isso foi aos oito minutos do segundo tempo. Desde a etapa inicial já estava escrito o destino da partida.
Aos nove minutos, Josué disputa bola com Sobis e exagera no movimento do cotovelo. Acaba sendo expulso por Jorge Larrionda. Não poderia haver melhor início para o colorado. Coube ao Inter se impor em campo, o que aconteceu. No entanto, em termos de chance de gol, houve apenas uma. Aos 17 minutos, Edinho, com um tapa genial na bola, deixou Jorge Wagner pifado, à frente de Ceni. Mas o ala colorado carimbou o goleiro. O São Paulo, com o meio-de-campo perdido, começou a fazer ligação direta. Em uma delas, Ricardo Oliveira, aos 24 minutos, pôs Leandro em condições de marcar, mas a zaga o bloqueou. No final do primeiro tempo, a torcida são-paulina viu suas esperanças aumentarem: Fabinho agride Souza e é expulso. Tudo igual. No placar, 0 a 0. Em número de jogadores, 10 a 10.

Mas, na volta do intervalo, nem parecia. O Inter aumentou a intensidade da marcação sob pressão e melhorou ainda mais. E de novo Edinho deixou um companheiro na cara do gol. Mas dessa vez Sobis não repetiu Wagner: Inter 1 a 0, com direito a Fabão atordoado, provavelmente indo, nesta quinta, a um médico, consertar a coluna entortada pelos dribles do atacante colorado. E o time de Abel prosseguiu em cima do adversário. Mais um gol? Parece até devaneio, mas aconteceu. E o raio caiu no mesmo lugar, pela segunda vez. Sobis, o homem-gol, o atacante das decisões. No lugar certo, pegou rebote oriundo do travessão de Ceni e escorou para o gol vazio. A torcida colorada se encheu de alegria e a são-paulina, em uma natural reação, murchou. O raio cairia pela terceira oportunidade, porém Sobis isolou o gol peremptório, de frente para o gol, sozinho, sozinho, após rebote da confusa zaga adversária.
No embalo, na raça, na pressão como mandante, finalmente o São Paulo foi para cima. Abusando das jogadas de flanco e cavando boas faltas nas imediações da grande área. Num dos muitos cruzamentos, Leandro encontrou Edcarlos. O zagueiro torneou bonito, no ângulo. 2 a 1.
O gol foi aos 30, faltavam quinze. E o Inter conseguiu se segurar. As alterações de Abel (Wellington no lugar de Ceará; Michel na vaga de Sobis; Índio substituindo Alex) retraíram o time e chamaram o São Paulo. No entanto, Clemer, sempre seguro e eficiente, garantiu a vitória.
O jogo terminou e o Brasil só tinha olhos para os cinco mil colorados espremidos em um canto do Morumbi. Esses sim, também protagonistas desse 09 de agosto histórico para o Internacional. Dentro de campo, pouca comemoração e muito comedimento: faltam noventa minutos ainda.
Mas os raios de 1980 e de 1989 não cairão novamente. Esses dois momentos, após a próxima quarta, poderão ser apenas cometas, daqueles que despencam de vez em quando do céu. E que todos esquecem.
Dia 16 o Beira-Rio será pequeno. Uma das mãos já roçou o troféu. Cinquenta mil colorados, ou seja, 100 mil mãos aplaudindo o Internacional. Vai ser difícil de o São Paulo surrupiar a taça. Ela foi muito bem tratada esta noite pelo bom futebol dos pés colorados.
Ficará em boas mãos.

Primeira partida da final da Copa Libertadores da América 2006

São Paulo (1) : Rogério Ceni; Fabão; Lugano e Edcarlos(Aloísio); Souza, Josué, Mineiro e Danilo(Lenílson) e Júnior; Leandro(Richarlyson) e Ricardo Oliveira.
Técnico: Muricy Ramalho.

Internacional (2) : Clemer; Ceará(Wellington Monteiro), Fabiano Eller, Bolívar e Jorge Wágner; Fabinho, Edinho, Tinga e Alex(Índio); Fernandão e Rafael Sobis(Michel).
Técnico: Abel Braga.

Arbitragem: Jorge Larrionda, auxiliado por Pablo Fandiño e Walter Rial (trio uruguaio).

Gols: Rafael Sobis, aos oito e aos 16 minutos do segundo tempo, para o Internacional. Edcarlos, aos 30 minutos do segundo tempo, para o São Paulo.

Cartões Amarelos: Souza e Fabão, para o São Paulo.

Cartões Vermelhos: Josué, para o São Paulo; Fabinho, para o Internacional.

Público e renda: 71.745 pagantes e R$ 3.382.655,00

Local: estádio Morumbi, em São Paulo.

quarta-feira, agosto 09, 2006

Palpites

Aí vão nossos palpites para o jogo de logo mais, a final da Libertadores.

Rizzatti: São Paulo 2 x 1 Inter
Carol: São Paulo: 1 x 1 Inter

Tarefa nada fácil prever o resultado de um confronto tão parelho e de tamanha proporção como esse. Mas não custa tentar.

De todo modo, são dois placares que deixam o Internacional vivo, com todas as condições de reversão no jogo da volta, quarta-feira que vem, no Beira-Rio.

São Paulo x Internacional

São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Souza, Josué, Mineiro, Danilo e Júnior; Leandro e Ricardo Oliveira.
Técnico: Muricy Ramalho

Internacional: Clemer; Ceará, Fabiano Eller, Bolívar e Jorge Wagner; Edinho, Fabinho, Tinga, Alex; Rafael Sobis e Fernandão.
Técnico: Abel Braga

Primeira partida da final da Copa Libertadores da América 2006
Local: Estádio Morumbi, em São Paulo.
Horário: 21h45min
Arbitragem: Jorge Larrionda, auxiliado por Pablo Fandiño e Walter Rial, todos uruguaios.

É hoje


A Carol, no post abaixo, levantou a bola e eu me atrevo a pegar de primeira: hoje, em São Paulo, às 21h45min, é, sim, o jogo mais importante da história do Internacional.
Trata-se de uma questão hierárquica e sentimental.
Hierárquica porque conquistar o continente é mais relevante do que o país, coisa que o colorado já conseguiu quatro vezes (três Brasileirões e uma Copa do Brasil).
E sentimental pelo fato de a torcida vermelha carregar, desde 1983, uma inferioridade em relação ao seu rival, o Grêmio. Em qualquer discussão entre gremistas e colorados, chega um tricolor e fala da Libertadores da América. E com que argumentos o colorado vai retrucar?
Isso pode acabar a partir de hoje.
E o componente emocional também é fundamental entre os protagonistas da decisão, a saber, os jogadores.
Noto, pelas entrevistas e imagens dos jogadores do Internacional, um clima de total concentração. E tem que ser assim. No entanto, eles não podem, ao entrar no gramado do Morumbi, deixar o ambiental da decisão, bem como toda a expectativa do impaciente torcedor sem títulos há anos, atrapalhar. Creio que, em uma final, o controle do fator emocional é tão importante quanto o resto.
Até porque o resto não se sabe: os mistérios de Abel e Muricy dão vazão a uma onda de especulações.
Mas de uma coisa se tem certeza: é hoje que se verá um grande jogo. Pela TV ou no estádio. Talvez nem seja bem jogado, quem sabe até se torne um tanto quanto truncado. Porém, é uma final de Copa Libertadores. Acho que já basta.
Ah, sem contar a torcida: conversando com amigos, a frase mais pronunciada pelos colorados é a seguinte: "é hoje!". E será mesmo.

terça-feira, agosto 08, 2006

Boas novas coloradas

Domingo, contra o Santos, na vila Belmiro, ficou claro a diferença que um jogador da categoria de Tinga faz. Enquanto ele esteve em campo, o Inter jogou melhor, além de ele ter participado ativamente do gol de Iarley, logo aos 10 minutos.
Mas o Inter permitiu a virada. Tinga foi substituído na segunda etapa, o meio-campo retraiu-se e chamou o Santos para o gol de Renan, que salvava a equipe vermelha até o chutaço de Wendel, aos 39 minutos. Acabou tomando a virada em novo gol de Wendel, agora de pênalti.
Pegaram mal as reclamações de Abel ao final da partida contra a arbitragem de Wagner Tardelli. Não houve motivos para tal.
Mas aí está a boa nova: Tinga jogará quarta, na primeira partida contra o São Paulo, valendo o título da Libertadores.
A outra notícia alentadora vem da confirmação de Jorge Wagner. O fax russo chegou ontem à noite e o ala deve jogar.
No entanto, Abel continua fazendo mistérios, treinos secretos e outras ladainhas.
Granja é dúvida, quase descartado. Alex está pessimista em relação ao púbis, mas creio ser inócuo: ele deve atuar.
A indefinição também permeia a questão do esquema: 4-4-2 ou 3-5-2. A tendência é a primeira opção, saindo o zagueiro Índio.
Bom, mas é tudo especulação e opiniões. Até porque o esconde-esconde de Abel Braga não é nenhuma boa nova. É mais velho que andar pra frente.

segunda-feira, agosto 07, 2006

Grêmio jogará no Centenário

Foi definido, hoje, o local do jogo entre Grêmio e Atlético-PR. Será em Caxias do Sul, no estádio Centenário, pertencente ao Caxias, com portões fechados.
O Grêmio arcará com 15 mil reais pelo aluguel do estádio.
Ainda em termos de cifras, a direção tricolor já calcula um prejuízo de 3 milhões de reais, oriundo da punição. Pelo alto valor do aluguel cobrado pelo clube da serra gaúcha, o Grêmio dificilmente voltará a mandar partidas no Centenário.
O jogo está marcado para as 16h do próximo domingo.

A diretoria, juntamente com o departamento de marketing tricolor, está buscando maneiras de contornar o já referido ônus financeiro. Uma das alternativas é a colocação de telões no estádio Olímpico para o torcedor assisitir aos jogos, mediante pagamento de ingresso.

Interessante essa movimentação do Grêmio, bem como o discurso dos seus homens do futebol. De Mano Menezes a Túlio Macedo, escuta-se que a punição é injusta e péssima para o futuro tricolor, e que o Grêmio tentará revertê-la. No entanto, eles não estão chorando as pitangas, mas indo atrás de soluções a curto prazo. Melhor assim, pois, se ficar reclamando e crendo na teoria da conspiração, tal qual em 2004, temo pelo futuro próximo do Grêmio.
Mas o time, em campo, está melhorando, apesar das limitações. No sábado, não foi a primeira partida que o tricolor se mostrou superior ao oponente.

Agora, sem o apoio do torcedor, Mano Menezes terá que espremer ainda mais essa pedra que tem nas mãos. É bom que ainda haja leite para se tirar.

sexta-feira, agosto 04, 2006

Grêmio é punido

A punição ao Grêmio, devido aos incidentes ocorridos no último Gre-Nal, já era esperada. E ela foi severa: excetuando-se o jogo contra o Juventude, neste sábado, o tricolor não jogará suas próximas oito partidas como mandante. A perda do mando vem acompanhada de uma multa de 200 mil reais.
O Grêmio ainda pode recorrer da decisão.

O discurso do júri estava afinado: a punição, além de seu caráter jurídico, vem carregada de uma conotação exemplar. Ou seja, a sanção é forte para servir de exemplo para futuros casos semelhantes.

O Grêmio, enquanto instituição, foi mais castigado do que o devido. Oito jogos é uma enormidade. E mais: o clube nada teve a ver com as confusões, em nenhum momento houve a participação da agremiação na celeuma. Inclusive, o Grêmio montou uma estratégia para identificar os baderneiros e chegou a punir os identificados até então. Ainda suspendeu torcidas organizadas e emitiu uma nota oficial de repúdio ao que aconteceu no Beira-Rio.

Agora, caso o departamento jurídico tricolor não consiga reverter a pena, o time de Mano Menezes só retornará a mandar jogos normalmente dia 1º de novembro.

Confira as partidas nas quais o Grêmio cumprirá a pena:
13/08 – Grêmio x Atlético-PR
23/08 – Grêmio x Fortaleza
30/08 – Grêmio x Cruzeiro
03/09 – Grêmio x Paraná
17/09 – Grêmio x Botafogo
20/09 – Grêmio x Ponte Preta
04/10 – Grêmio x Palmeiras
22/10 – Grêmio x São Paulo

26 anos depois

Copa Libertadores da América
Internacional 2 x o Libertad

Na noite de ontem, o Internacional queria repetir 1980 (quando chegou à final da Libertadores) e esquecer 1989 (ano no qual perdeu nas semifinais). Foi difícil, um tanto quanto sofrido, mas o Inter está pela segunda vez em uma decisão de Copa Libertadores.
O Libertad mudou o time, apresentando-se em um 3-5-2. Abel repetiu a mesma escalação do jogo de Assunção. Teve, portanto, as mesmas dificuldades de articulação no meio-de-campo. Apesar de ter tido a primeira chance do gol, com Sobis chutando em cima do goleiro, o Inter não se impôs e viu o Libertad encerrar a primeira etapa melhor. O time paraguaio chutou muito pouco, é verdade. Mas era dono da segunda bola e abusava dos cruzamentos. Em um deles, Clemer falhou ao sair do gol, quase ocasionando o gol adversário.
O Inter não mudou na volta do intervalo. Nem o Libertad, muito menos o panorama do jogo. Os paraguaios continuaram melhor e, dessa vez, mais agudos, empilhando chances de gol perdidas. Logo aos 2 minutos, Lopez isola, na risca da pequena área, o tão sonhado gol fora de casa para o Libertad. Aos 12 minutos, novamente Lopez. Ele triscou de cabeça, desviou de Clemer, mas ninguém apareceu na segunda trave para empurrar para as redes. Naquele momento, eram 50 mil colorados assustados. Com o ingresso de Rentería, porém, a torcida voltou a ter esperanças. Mas o desafogo saiu dos pés de um jogador que já se encontrava no campo desde o começo. E que não vinha bem: Alex. Aos 17 minutos, de longe, da intermediária, ele acerta um chute venenoso, repleto de curvas. A bola carimba a trave direita do goleiro González e roça a rede: 1 a 0 Inter. Semelhante ao que ocorreu no Morumbi, quarta-feira, quando o Chivas sucumbiu após desperdiçar um pênalti, o Libertad se desmantelou. A torcida colorada foi à loucura, e o Beira-Rio transformou-se em um inferno alvi-rubro. Não demorou para uma nova explosão. Aos 22 minutos, Fernandão girou bem em cima da marcação e desferiu um chute certeiro, seco, no canto. Caía, de vez, o time paraguaio. E o trauma de 1989. Alvi-negro, tal qual o Olímpia (algoz há dezessete anos), o Libertad não foi páreo ao bom momento colorado. Apesar dos sustos e problemas táticos durante os noventa minutos, o time de Abel mostrou ser estrelado.
Quarta-feira que vem já será disputada a primeira partida da decisão, no Morumbi.
Agora, contra o São Paulo, o Inter não quer é repetir 1980. Vice-campeonato está fora de cogitação para os lados da Padre Cacique.


Internacional (2): Clemer; Bolívar, Índio (Wellington Monteiro) e Fabiano Eller; Ceará, Edinho, Fabinho (Rentería), Alex (Perdigão) e Jorge Wagner; Fernandão e Rafael Sobis.
Técnico: Abel Braga

Libertad (0): Horacio González; Carlos Bonet, Pedro Sarabia, Edgar Balbuena e Martín Hidalgo (Romero); Javier Villarreal (Aquino), Cristian Riveros, Víctor Cáceres e Pablo Guiñazú; Roberto Gamarra (Samudio) e Rodrigo López.
Técnico: Gerardo Martino

Árbitro: Oscar Ruiz, da Colômbia.

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Ano colorado passa por hoje à noite

A manchete acima não é exagero. Uma elminição colorada, hoje, diante do Libertad, seria catastrófica. Bem como uma classificação se tornaria apoteótica.
Está mais para a segunda alternativa. Primeiramente, pela maior qualidade técnica do time gaúcho, que conta com jogadores de maior capacidade de desequilibrar um jogo decisivo. O Libertad também mostrou-se muito pouco lúcido ofensivamente. Trata-se de um time pragmático e previsível, vejo dificuldades para os paraguaios balançarem as redes adversárias.
Está, todavia, no regulamento o grande possível trunfo do Libertad. Com o advento do gol qualificado, um empate sem gols em casa não é de todo o mal. Um exemplo? Grêmio e Flamengo, na final da Copa do Brasil de 1997. Um 0 a 0 em Porto Alegre e um 2 a 2 no Rio de Janeiro. Grêmio campeão. Mas, em favor do Inter, o Libertad não é nem sombra do que aquele Grêmio da década de 90 foi.
O Libertad vem com o mesmo time do jogo da quinta passada, em Assunção. Já o Internacional está recheado de mistérios. Abel adiantou que só confirma os titulares pouco antes de a partida começar.
Se o próprio resultado do jogo já é um mistério, imaginem a escalação colorada.
Mas repito: Inter é favorito.

O provável time colorado: Clemer; Ceará, Bolívar, Fabiano Eller e Jorge Wagner; Fabinho, Edinho, Michel (Perdigão) e Alex; Sobis e Fernandão. Mas eu repito o que já fora dito num dos posts atrás: Tinga ainda pode aparecer, nada é impossível a essa altura do campeonato.

Em tempo: há 110 arquibancadas superiores ainda à venda bem como 400 cadeiras e 800 arquibancadas inferiores. Corra, pois esses escassos ingressos devem acabar em breve.

E nunca é demais lembrar: a partida começa às 21h45min. Os portões do estádio estarão abertos a partir das 19h.

quarta-feira, agosto 02, 2006

São Paulo na final

Nesta quarta-feira, o São Paulo confirmou o favoritismo contra o Chivas Guadalajara e está na final da Copa Libertadores. O placar foi dilatado: 3 a 0. Porém, até os 26 minutos da etapa inicial o jogo corria de forma equilibrada. Nesse instante, o árbitro Daniel Gimenez marcou pênalti de Fabão em Bautista. Um gol do Chivas levaria a decisão para os pênaltis. Mas o São Paulo tem Rogério Ceni. Ele pegou a cobrança de Morales. A partir daí, só deu São Paulo. Aos 32 minutos, Leandro abre o placar em cima de um adversário abatido e atordoado. Logo depois, Mineiro acertou um belo chute no ângulo de Sanchez: 2 a 0. Ao Chivas restava virar o placar. Missão difícil que se tornou impossível após cabeceio firme de Ricardo Oliveira, logo no princípio do segundo tempo: 3 a 0 e fim de papo. O mexicano Reynoso ainda foi expulso após falta desleal.
Para quem gosta de coincidências, na final do ano passado, contra o Atlético, o time paranaense também teve um pênalti e a chance de abrir a contagem, mas desperdiçou a oportunidade. Acabou goleado por 4 a 0.
O São Paulo chega à sua segunda decisão seguida de Libertadores e à sexta no total. Na década de 90, o clube paulista, que é o brasileiro com mais títulos do torneio (três), emplacou três finalíssimas consecutivas (92, 93 e 94).
O adversário do São Paulo sai nesta quinta-feira do confronto entre Internacional e Libertad. O primeiro jogo, em Assunção, foi 0 a 0. O clube gaúcho precisa de uma vitória simples para se classificar, já a equipe paraguaia pode empatar com gols.

Decisão no Morumbi

Hoje à noite, 21h45min, o Morumbi novamente lotará. O São Paulo busca chegar a sua segunda final consecutiva de Copa Libertadores. O time de Muricy Ramalho venceu o jogo da ida, contra o Chivas Guadalajara, no México, por 1 a 0. Agora, precisa apenas de um empate para chegar à decisão.
Os mexicanos chegaram à capital paulista confiantes, inclusive provocando o rival de logo mais. Rogério Ceni, que está a um gol de passar Chilavert e tornar-se o goleiro com mais gol feitos, prefere responder aos adversários em campo, jogando futebol.

Vale lembrar que é jogo para os colorados assistirem também. E não apenas porque o vencedor do confronto pegará o classificado entre Inter e Libertad. Há outro motivo: caso o Chivas elimine o São Paulo, seu oponente da finalíssima já estará no Mundial Interclubes, no fim do ano, a ser disputado em solo japonês. Isso pelo fato de o clube mexicano já estar filiado à Concacaf, outra confederação participante do Mundial.

Tinga e Granja não devem jogar

Com o meia Paulo César Tinga e o ala Elder Granja praticamente descartados pelo departamento médico colorado, Abel procura substitutos para ambos a fim de preencher as lacunas do time visando à decisão contra o Libertad, pela Libertadores. Ceará deve, naturalmente, tomar o lugar de Granja. Mas a situação do substituto de Tinga permanece em aberto, tal qual no primeiro jogo, em Assunção.
A tendência mais forte é Perdigão, com o time voltando ao 4-4-2. No entanto, ainda pode aparecer Índio e o esquema 3-5-2.
Michel tem chances de surgir como titular, já que o Inter necessita vencer, tornando o meio-de-campo mais ofensivo. Outro cotado é o volante Wellington Monteiro.

Mas é bom deixar uma ressalva: Tinga e Granja estão praticamente descartados. Em meio a tantos mistérios, treinos secretos e despistes, não duvido nada que apareçam no gramado do Beira-Rio, quinta, às 21h45min.

terça-feira, agosto 01, 2006

Julgamento será na sexta

Sexta-feira o Grêmio não vai jogar, mas a torcida tricolor ficará atenta da mesma maneira. No próximo dia 4 acontecerá o julgamento do clube devido aos incidentes no Beira-Rio, domingo passado, durante o Gre-Nal 366.
O Grêmio está sujeito à perda de mando por um a dez jogos no Brasileiro (que seriam disputados com portões fechados) e multa de R$ 10 mil a R$ 200 mil.
Mesmo se for punido, o tricolor jogará sábado contra o Juventude no Olímpico, às 16h.

Para um time que não vence há cinco jogos e está se aproximando da zona de rebaixamento, não seria nada bom perder o apoio de seu torcedor (do torcedor, não dos baderneiros de plantão).

E que as punições não se restrinjam ao Grêmio enquanto clube. As pessoas físicas, os vândalos, também devem sofrer sanções individualmente. Tem que terminar essa história de pessoas se esconderem atrás de distintivos de agremiações para promoverem arruaças.

Agora, é esperar para ver.

Os convocados de Dunga

Saiu, agora há pouco, a primeira lista de convocados do novo técnico da Seleção Brasileira Dunga.

Eis a lista:

Goleiros: Gomes (PSV-Holanda), Fabio (Cruzeiro);

Defensores: Alex (PSV-Holanda), Cicinho (Real Madrid-Espanha), Edmílson (Barcelona-Espanha), Gilberto (Hertha Berlin-Alemanha), Juan (Bayer Leverkusen-Alemanha), Lúcio (Bayern de Munique-Alemanha), Luisão (Benfica-Portugal), Maicon (Inter de Milão-Itália)Marcelo (Fluminense);

Meio-campistas: Dudu Cearense (CSKA-Rússia), Elano (Shakhtar Donetsk-Ucrânia), Gilberto Silva (Arsenal-Inglaterra), Jonatas (Flamengo), Júlio Baptista (Real Madrid-Espanha), Morais (Vasco da Gama), Wagner (Cruzeiro);

Atacantes: Daniel Carvalho (CSKA-Rússia), Fred (Lyon-França), Robinho (Real Madrid-Espanha), Vágner Love (CSKA-Rússia).

Dentre os 22 convocados, nove apenas participaram da Copa 2006, incluindo o cortado Edmilson.
Dunga havia prometido uma maior atenção aos clubes brasileiros. Acabou convocando cinco jogadores que disputam o Brasileirão.
Além dos jogadores, nessa semana foi definido também o nome do auxiliar-técnico da Seleção: Jorginho, lateral direito tetracampeão em 1994 e, recentemente, treinador do América, do Rio de Janeiro.

O primeiro desafio dessa nova Seleção será dia 16 de agosto, em amistoso contra a Noruega, em Oslo. Vale lembrar que Dunga já pode quebrar um tabu, pois a Seleção brasileira jamais venceu os noruegueses.

Já vi esse filme...

Às vezes, tenho a nítida sensação de que andamos em círculos sem nos darmos conta. Senão vejamos:

> 2002, em Caxias do Sul, morrem dois torcedores e um policial perde a mão, em confusão após Juventude e Internacional;
> 2003, torcedores do Grêmio dão uma facada no repórter esportivo Farid Germano Filho depois de mais um insucesso tricolor;
> 2004, no último Gre-Nal do Campeonato Brasileiro, disputado no Olímpico, com vitória colorada por 3 a 1. Torcedores do Grêmio entram em confronto com seguranças e promovem quebra-quebra. Sobra até para o carrinho do pipoqueiro, que é arremessado em direção ao campo.

Em todas essas situações, houve reuniões, debates, autoridades dos mais variados tipos indo aos microfones com o mesmo discurso: "isso não pode mais ficar assim". É, mas está ficando. E aquele velho discurso do tipo, "vai ter que morrer gente para haver alguma punição grave", já nem cabe, pois, como vimos, pessoas deixaram suas vidas em estádios de futebol aqui no Rio Grande do Sul.

Desculpem o ceticismo, mas... já vi esse filme.