domingo, dezembro 31, 2006

Azul, de novo


O ano de 2006 foi ano de Copa do Mundo também, é bom lembrar. Aí sim, o azul foi supremo.

A Seleção italiana conquistou o seu quarto título mundial, na décima nona edição da Copa, dessa vez disputada em solo alemão.

Jogando um futebol defensivo, mas extremamente eficiente, a Itália, despercebida no início, foi ganhando terreno. O grande momento foi a eliminação da anfitriã Alemanha, em uma prorrogação emocionante.

Na final, a vitória veio nos pênaltis, após empate em 1 a 1 com a França. O lance mais comentado, no entanto, foi a cabeçada de Zidane no zagueiro Materazzi, após este ter xingado entes do francês.

Zidane ali encerrou sua brilhante carreira. Esse lance bizarro não é capaz de ofuscar dua bela trajetória. Quem afirma isso só pode ter inveja dele, principalmente após Zidane ter dstruído a Seleção Brasileira, nas quartas-de-final.

Mas agora quero lembrar de quem fez bonito, não de quem só fez fiasco. O time de Parreira já teve meio ano para ser malhado.

A imagem que deve ficar não é nem a da cabeçada de Zidane nem do fracasso brasileiro. Mas sim a imagem vitoriosa da mais nova seleção tetracampeã do mundo. 2010 será na África do Sul.

PS: Cannavaro, que ergue a taça para a Itália, foi eleito, no fim do ano, o melhor jogador de 2006 do mundo inteiro.

Mas o azul também apareceu


Claro, o Inter foi bem, sem dúvida. Mas o Grêmio também mostrou seu valor em 2006.

Voltando de uma terrível Segunda Divisão, com pouco dinheiro, a perspectiva era dramática. A direção permaneceu com algumas peças de 2005, mas procurou aliar qualidade. Vieram, por exemplo, Tcheco e Hugo. O garoto Lucas afirmou-se e virou ídolo. Até convocado foi para a Seleção.

Mas, no início de 2006, a desconfiança era geral. Mesmo com o título gaúcho, conquistado em pleno Beira-Rio diante do favorito Internacional, a crítica e a torcida não acreditavam em uma boa campanha no Brasileirão. Ate porque, no meio disso, houve a precoce eliminação, na segunda fase da Copa do Brasil, para o 15 de Novembro, no Olímpico. Então, nesse ano, o negócio era não ser rebaixado de novo.

E o início do Brasileiro foi péssimo: uma vítória e três derrotas em quatro partidas. Depois, interdição do Olímpico. Mas o Grêmio reuniu forças e emendou uma grande série invicta, inclusive quando jogava sem torcida, em Caxias do Sul. O time, com 5 meias e apenas um atacante, encontrava liga. Resultado: terceiro lugar e vaga direta à Libertadores.

A reconhecimento veio ao fim da temporada, com Mano Menezes sendo indicado entres os três melhores treinadores do Brasileirão, e com Lucas, eleito o melhor volante do certame.

Ano que vem? Sem a desculpa (e boa desculpa, aliás) da volta da Série B, a cobrança vai aumentar. É ano de Libertadores. Obrigação de grande time agora. Maior que o de 2006.

Ano vermelho


Dois mil e seis está indo embora. O colorados, por suspuesto, não estão muito a fim de dar adeus a ele.
Apesar do vice-campeonato gaúcho, em um Gre-Nal no qual era totalmente favorito, o time do sempre contestado Abel Braga venceu o seu principal objetivo: a Libertadores.

E não relaxou no Brasileirão: terminou em segundo lugar disputando praticamente até as últimas rodadas o título com o São Paulo. Este, aliás, foi o adversário batido pelo colorado na final da Libertadores, quando, em dois jogos, o Inter deu uma aula de tática, técnica e garra.

O time de Abel mostrou, ali, ser uma equipe moldada a grandes desafios. E mais: a vencer grandes desafios.

E assim o fez no Japão. Como de costume, contra um adversário ruim, o Inter passou trabalho (já havia sido assim contra Nacional, LDU e Libertad): sofreu para suplantar o egípcio Al-Ahly. Na decisão, contra o Barcelona, apesar do favoritismo espanhol, o Colorado venceu. Jogando uma partida de exceção, como se aqueles noventa minutos fossem os últimos da existência do planeta, o Inter meteu 1 a 0. Gol dele. Não, não vou falar Fernandão, nem o garoto Pato. Gol dele. Adriano Gabiru.

Ano inesquecível e vermelho. 2007? Desafio maior ainda. Chegar no topo é brabo, mas manter-se lá... é mais complicado ainda.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

E chega Schiavi

O zagueiro, contratado com o rótulo e a incumbência de ser o xerife tricolor na Libertadores, já está em solo gaúcho.

Schiavi chegou hoje à tarde no Aeroporto Salgado Filho, onde foi recebido com festa pela torcida gremista.

Juntamente com ele, já fazem parte da lista de novidades do Grêmio para 2007: o centroavante Douglas (América-MG), o volante Edmílson (ex-Inter e Juventude), o zagueiro Teco (Cruzeiro) e o volante Diego Silva (Benfica, de Portugal).

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Diego Souza

A aquisição de Diego Souza por parte do Grêmio foi positiva, além de reforçar um dos conceitos estabelecidos no ano de 2006: o setor forte do time de Mano Menezes é o meio-campo.

O volante, com passagens por Flamengo e Fluminense e atualmente jogando em Portugal, é bom tecnicamente e acrescenta, sem dúvidas. Mas joga na mesma função que Lucas: a segunda posição no meio-campo.

Mano pode optar, então, por recuar Lucas, sendo ele o primeiro volante. Mais à frente, Tcheco, Léo Lima e Ramón terminariam os cinco do 4-5-1.

No entanto, Lucas, quando atuou nessa função, não rendeu como rendera na segunda volância. Para não deixar Diego no banco, daria para colocá-lo como terceiro homem. Lucas ficaria de segundo volante mesmo, e Sandro Goiano ocuparia a camisa 5, à frente dos dois zagueiros (William e Schiavi, em princípio). Com isso, Ramón é sacado. A não ser que ele venha a fazer as vezes do centroavante (o que ele já executou e bem), já que a camisa nove ainda não tem dono.

Conjecturas... Não mais do que isso.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

A novela do final de 2006

Rômulo (saltando, na foto), o centroavante autor de 11 gols tricolores no Brasileirão passado, pode ainda ficar no Grêmio.

Em ação judicial, o camisa nove conseguiu se desvencilhar do seu antigo clube, o Ituano.

Mas, agora, se o preço de seu passe vai diminuir já que as tratativas serão diretas com o jogador, o Grêmio tem outra dificuldade: há concorrência, de Palmeiras e de Cruzeiro.

Rômulo quer ficar no Olímpico. E é bom que isso aconteça. Vi qualidades nele neste ano. E mais: o Grêmio não tem um atacantezinho para contar a história. Situação que preocupa, sem dúvida.

Se Rômulo permanecer realmente, ainda cabe mais uma contratação para a posição. No mínimo.

E o campeão do mundo?

Nem o Inter, campeão mundial há alguns dias, consegue sossego completo. O seu melhor defensor, Fabiano Eller, pode não permanecer.

O contrato dele com o Trabzonspor, da Turquia, vai até julho de 2008. O clube turco o libera por 1, 6 milhões de euros.

Trata-se de um valor elevado. Mas, em contrapartida, deve-se levar em conta a qualidade do jogador. E que é grande.

domingo, dezembro 24, 2006

Agora, a bola parou mesmo

Dentro de algumas horas será Natal, e em alguns dias, Ano Novo. Sinônimo de bola parada pelo mundo afora, salvo, claro, as peladas básicas no fim de ano protagonizadas pelos jogadores profissionais que reclamam do excesso de jogos na temporada. Mas e o que fazem nas férias? Adivinhem, jogam mais bola ainda.

Bom, deixando esses resmungos pra lá, um Feliz Natal a todos. Aos colorados, mais do que satisfeitos com o título mundial; aos gremistas, ávidos em darem o troco em 2007; e, claro, a todos os amantes do futebol.

A bola parou, é verdade. Mas não tarda em rolar. É a sua sina. Ainda bem.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

E Teco também

Em termos de zagueiro, as contratações estão surgindo. Além do argentino Schiavi, Teco, que atuou no Cruzeiro, também está no Grêmio, agora.

Ele jogava no mesmo Ipatinga de William, zagueiro tricolor. Eram companheiros de setor.

A negociação envolveu o atacante Pedro Júnior, que servirá o Cruzeiro neste 2007 que virá.

Teoricamente, uma contratação pra grupo, tão-somente. Antes de a bola rolar, a zaga azul deve apresentar William e Schiavi.

Schiavi chegando... E Carini?

Depois de um bom tempo sem falar do Tricolor, a notícia é boa: Schiavi irá para o estádio Olímpico, em 2007. Ele chega terça-feira em Porto Alegre.

O bom goleiro uruguaio Carini vem sendo tentado pela direção, mas o próprio jogador vem negando isso. Acho que há setores do time bem mais carentes de qualidade do que o gol, mas, de qualquer modo, seria um acréscimo importante. Libertadores é sinônimo, também, de experiência.

Mas ainda é pouco: o Grêmio já perdeu quatro titulares (Evaldo, Jeovânio, Hugo e Rômulo). Sem contar seis suplentes. Ou seja, o ritmo de contratações tem de ser forte. Em algumas semanas, a bola já volta a rolar. E assim é o futebol, não tem jeito.

Aí vai a ficha do zagueiro Schiavi:

ROLANDO CARLOS SCHIAVI
Local de nascimento: Lincoln, Argentina
Data de nascimento: 18/01/1973
Idade: 33
Altura: 1,90m
Peso: 85 Kg

Ele já passou pelo Argentinos Jrs, pelo Boca e, atualmente, vinha jogando no clube espanhol Hercules. O zagueiro, vencedor de Copa Libertadores, deverá assinar contrato por um ano e meio.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Os grupos da Libertadores

A dupla Gre-Nal está pela primeira vez em uma mesma edição de Libertadores da América. Hoje, em Assumpção, conheceu seus adversários. Abaixo, todos os grupos, bem como os confrontos da Pré-Libertadores.

Pré-Libertadores
• Blooming-BOL x Santos-BRA
• Vélez Sarsfield-ARG x Danubio-URU
• Colômbia 3 x Deportivo Táchira-VEN
• Tacuary-PAR x LDU-EQU
• Cobreloa-CHI x Paraná-BRA
• México 3 x Sporting Cristal-PER

Grupo 1
• Banfield-ARG
• Libertad-PAR
• El Nacional-EQU
• Vencedor de México 3 x Sporting Cristal-PER

Grupo 2
• São Paulo-BRA
• Audax Italiano-CHI
• Alianza Lima-PER
• México 2

Grupo 3
• Grêmio-BRA
• Cerro Porteño-PAR
• Colômbia 2
• Vencedor de Colômbia 3 x Deportivo Táchira-VEN

Grupo 4
• Inter-BRA
• Nacional-URU
• Emelec-EQU
• Vencedor de Vélez Sarsfield-ARG x Danúbio-URU

Grupo 5
• Flamengo-BRA
• Real Potosi-BOL
• Maracaibo-VEN
• Vencedor de Cobreloa-CHI x Paraná-BRA

Grupo 6
• River Plate-ARG
• Colo Colo-CHI
• Caracas-VEN
• Vencedor de Tacuary-PAR x LDU-EQU

Grupo 7
• Boca Juniors-ARG
• Bolívar-BOL
• Peru 2 (Cienciano ou Universitário)
• Toluca-MEX

Grupo 8
• Gimnasia y Esgrima-ARG
• Defensor-URU
• Deportivo Pasto-COL
• Vencedor de Blooming-BOL x Santos-BRA

O grupo do Grêmio, teoricamente, pareceu mais fácil em relação ao do Inter. Mas isso é relativo, já que estou vendo mais pelo nome e história do adversário do que pelo atual momento. Só a bola rolando dirá a verdade mesmo. Mas uma coisa é certa: a Libertadores está cada vez mais parecida com a Copa do Mundo: inchada, com clubes minúsculos e com o nível técnico lá embaixo. Infelizmente.

terça-feira, dezembro 19, 2006

O bom filho à casa torna


Foi com um atraso de duas horas, mas os campões mundiais chegaram em Porto Alegre, por volta das 13h.

Em Canoas, receberem homenagens do ainda governador Germano Rigotto. Depois, a delegação colorada desfilou em carros do corpo de bombeiros, pelas ruas da capital.

Às 17h, o ponto alto: o Inter chegava ao Beira-Rio, à sua casa. Com 50 mil colorados cantando os coros famosos, sem parar, e com a ajuda dos jogadores (foto). Inesquecível, certamente. Pelo jeito, não foi somente domingo um dia histórico.

E hoje chega o Inter

Porto Alegre receberá hoje os mais novos campeões mundiais de futebol. A delegação colorada deve desembarcar por volta das 11h no Aeroporto Internacional Salgado Filho. Devido aos incidentes ocorridos no local quando os torcedores foram ver a ida do time ao Japão, no aeroporto não haverá oportunidade de recepção.

A festa vermelha terá de começar nas ruas, portanto. E terminará no Beira-Rio, cujos portões estarão abertos desde às 9h30min.

Dia histórico. Será um feriado improvisado na capital dos gaúchos, sem dúvida. A festa só tende a aumentar. E tomara que só aumente a festa mesmo. Chega de confusão. Comemorar e brigar nunca foram sinônimos. E não será por causa de meia dúzia de gato pingado. Meia dúzia, sim, pois a esmagadora maioria só quer bater no peito e dizer: "eu sou campeão do mundo". E esse direito ninguém pode tirar de colorado nenhum. Que dirá por essas semanas.

Cannavaro é o "melhor"

Fabio Cannavaro, zagueiro campeão do mundo pela Itália esse ano, levou, nesta segunda, em cerimônia na Suíça, o prêmio de melhor jogador do mundo. A eleição se dá através de consultas entre treinadores e capitães das seleções filiadas à FIFA.

Para a grande final, sobraram três: o próprio italiano, mais Zidane e Ronaldinho. O francês ficou em segundo, enquanto o brasileiro, com o terceiro posto. Acaba mal o ano do filho da Dona Miguelina, hein? Apesar de um ótimo primeiro semestre, com títulos do Espanhol e da Champions League, na Copa, ele fracassou, além de ter perdido o Mundial Interclubes, neste domingo. E, nessa segunda, perdeu seu reinado, após duas eleições seguidas.

A Fifa ainda premiou os melhores jogadores da Copa do Mundo de 2006. O brasileiro Ronaldo e o presidente Ricardo Teixeira receberam o prêmio "Fair Play" concedido à Seleção Brasileira.

Ronaldo recebeu também o prêmio de chuteira de bronze, já que foi o terceiro colocado na artilharia da Copa. Miroslav Klose, da Alemanha, levou a chuteira de ouro. O francês Zidane ganhou o troféu de melhor jogador do Mundial na Alemanha.

Eu vejo a Copa do Mundo como a maioria: a maior competição do futebol. Mas, dadas as suas caracterísiticas peculiares (freqüência, duração, entre outros), não pode servir de parâmetro para uma temporada inteira. Com certeza, alguém jogou mais do que Cannavaro nesse 2006 que está indo embora.

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Quando as imagens valem mais do que mil palavras

domingo, dezembro 17, 2006

E o Barça?


Mundial Interclubes

A conquista do Inter veio da forma mais esperada: na superação, na abnegação tática, no preenchimento desesperado de cada centímeto do gramado oriental. E assim o foi.

Mas e o adversário? O Barcelona apresentou-se também de forma previsível: tentando imprimir seu ritmo de jogo, naturalmente. Em algumas oportunidades, conseguiu-o, inclusive. O time catalão não jogou mal, não teve no chamado dia "não". Atuou de forma normal, brigando também, mas do seu jeito mais acadêmico e cadenciado, que lhe é inerente dado o estilo de jogo. Não é à toa que um jogador do Barça, o meia Deco, tenha sido eleito o melhor em campo.

E isso só valoriza ainda mais a conquista colorada.

Sem falar na importância que os espanhóis conferiram à competição. A reação do meia Iniesta, após a derrota, dimensiona bem, não?

Bola de Prata, jogador de ouro

Mundial Interclubes

Iarley (foto) foi eleito, ao término da decisão, o segundo melhor jogador do torneio. Deco ficou com a Bola de Ouro, enquanto Ronaldinho, com a de Bronze.

Mas Iarley vale ouro. Foi o melhor jogador colorado hoje, com ampla movimentação. E, claro, foi dele o passe do gol definitivo.

Após a saída de Sobis, sobrou para ele fazer companhia a Fernandão no ataque colorado. E Iarley não decepcionou. Fez gols importantes no Brasileirão, como no Gre-Nal do estádio Olímpico, sem contar as obras-primas: bicicleta contra o Vasco e um de letra perante o São Cateano.

Sobis não deixou saudades.

Ah, Deco também levou o prêmio de melhor jogador da partida e, por conseguinte, a chave de um carro Toyota.

Mas ninguém se lembra disso. O passe de Iarley para o gol de Gabiru vale mais do que qualquer 4x4.

Notas do Barcelona

Victor Valdés: pouco exigido. Sem culpa no gol. Nota 5.

Zambrotta: é um lateral que mais defende do que ataca, mas joga muito mais que Beletti. Nota 4.

Puyol: tomou o drible de Iarley no gol, mas vinha bem até ali. 4.

Marquéz: mesmo nível de seu companheiro. Nota 4.

Gio: participativo pela esquerda. Nota 4.

Motta: teve uma atuação regular, mas tem que pôr na cabeça que joga menos do que pensa. Nota 4.

Iniesta: é bom jogador, faz bem a condução de bola da defesa pro meio. Nota 5.

Deco: o melhor do Barça. Nota 7.

Ronaldinho: bom primeiro tempo, mas sumiu no segundo, apesar de alguns lances isolados em que levou perigo. Nota 6.

Giuly: mal, péssimo, não acertava uma jogada pessoal. Nota 3.

Gudjohnsen: pior que Giuly. Se o Barça contasse com Eto'o... Nota 2.

Entraram:

Beletti (no lugar de Zambrotta): muita correria, pouca produção. Nota 3.

Xavi (no lugar de Motta): sabe jogar, entrou bem. Nota 5.

Ezquerro (no lugar de Gudjohnsen): pouco tempo em campo. Sem nota.

Notas do Inter

Clemer: bem quando exigido. Nota 6.

Ceará: pra variar, fez boa partida. Ataca e defende bem: um achado. Nota 7.

Índio: seguro e, ainda, valente, jogou quase que sangrando no segundo tempo. Nota 5.

Eller: o melhor zagueiro do jogo. Nota 6.

Rubens Cardoso: não comprometeu. Nota 4.

Edinho: salvo alguns erros de passes, foi bem na marcação. Nota 5.

Wellington: no nível de Edinho, melhoraram em relação à semifinal. Nota 5.

Alex: tímido, mas melhor do que na semifinal. Nota 4.

Fernandão: novamente, deixou a desejar, muito apagado. Nota 4.

Iarley: o melhor do time. Muita movimentação, além de ser o garçom do gol do título. Nota 8.

Pato: não foi o mesmo dos seus outros dois jogos pelo Inter. Nota 3.

Entraram:

Vargas: no lugar de Alex, melhorou o meio-de-campo. Nota 5.

Luiz Adriano: no lugar de Pato, movimentou-se, mas não foi muito conseqüente. Nota 4.

Adriano Gabiru: o gol do título é dele. Nota 6.

Insuperável

Mundial Interclubes
Internacional 1 x 0 Barcelona



Não foi Fernandão, Pato, muito menos Luiz Adriano. O gol mais importante da história do Internacional foi marcado por Adriano, o Gabiru (comemorando na foto), no único tipo de lance em que o Inter poderia fazer gol: no contrta-ataque.

Quem avisa amigo é. Todos já sabiam, e Abel fazia questão de ratificar, que o Inter jogaria especulando ofensivamente, enquanto se dedicava à marcação. E assim o foi. No entanto, o primeiro tempo apresentou predomínio catalão. Se o Barça tivesse um centroavante ruim, teria feito pelo menos um gol. Mas o tal de Gudjohnsen é abaixo do ruim, é inadjetivável.

No segundo tempo, o Inter conseguiu reter mais a bola no campo de ataque, e as estocadas dos espanhóis diminuíram em intensidade. Vargas entrou no lugar de Alex, Pato saiu e ingressou Luiz Adriano. Mas o Barcelona mantinha um certo domínio.

Então, Fernandão sentiu uma lesão. Adriano entra na partida. E Adriano entra, também, para a história. Aos 35 minutos, mais ou menos 10 minutos após Gabiru entrar, Iarley fez grande jogada em cima de Puyol, deixando o recém-ingresso pifado. Adriano tira de Valdés: 1 a 0. Suficiente. E insuperável.

BARCELONA (0): Víctor Valdés, Zambrotta (Beletti), Rafa Márquez, Puyol e Van Bronckhorst; Thiago Motta (Xavi), Iniesta e Deco; Giuly, Gudjohnsen (Ezquerro) e Ronaldinho Gaúcho. Técnico: Frank Rijkaard.

INTERNACIONAL (1): Clemer, Ceará, Fabiano Eller, Índio, Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Alex (Vargas), Fernandão (Adriano); Iarley e Alexandre Pato (Luiz Adriano).Técnico: Abel Braga.

Árbitro: Carlos Batres (Guatemala), auxiliado por Leonel Leal (Costa Rica) Carlos Pastrana (Honduras).
Cartões amarelos: Índio e Adriano (Internacional); Thiago Motta (Barcelona).
Gol: Adriano, aos 35 minutos do segundo tempo.
Local: Estádio de Yokohama (Japão).

sábado, dezembro 16, 2006

Uma madrugada interminável

Mundial Interclubes




Assim deve ser hoje à noite, aqui no Rio Grande do Sul. Não será fácil dormir. A expectativa é gigantesca. Gremistas e colorados estão muito envolvidos. O Grêmio não entra em campo, mas é impensável haver outro campeão do mundo em Porto Alegre que não seja ele próprio. Por isso, metado de estado é Barcelona. E o Inter, claro, nem se fala. Sua torcida anseia por esse título, no mínimo, há 26 anos, quando o rival o conquistou.

O Inter vai de todo de branco, novamente. E com Rubens Cardoso na lateral-esquerda. Já o Barcelona ressalta, a cada entrevista de seus jogadores e dirigentes, a relevância que esse título tem para o clube. Ou seja, lá na Espanha a expectativa também é grande. Além disso, o time catalão pode mudar o primeiro volante, caso Edmílson se recupere a tempo de uma indisposição. Entraria no lugar de outro brasileiro: Tiago Mota.

Muita coisa pode mudar a partir das 8h20min desse domingo. Por isso, hoje, a cidade que não dorme trocou de nome: se chama Porto Alegre.

A propósito: será uma espera angustiada, se dúvida, para os jogadores. Os das fotos acima, Pato e Ronaldinho, podem se consagrar. Principalmente Pato. Com 17 anos, tem a oportunidade de ingressar na galeria dos maiores jogadores, ou dos mais importantes, da história do Internacional.

INTERNACIONAL X BARCELONA
FINAL DO MUNDIAL INTERCLUBES

INTER: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller, Rubens Cardoso; Edinho, Wellington Monteiro, Alex, Fernandão; Iarley e Alexandre Pato. Técnico: Abel Braga.

BARCELONA: Víctor Valdés; Zambrotta, Puyol, Rafa Márquez e Van Bronckhorst; Thiago Mota (Edmílson), Iniesta e Deco; Giuly, Gudjohnsen e Ronaldinho Gaúcho. Técnico: Frank Rijkaard.

Horário: 8h20min (de Brasília).

Árbitro: Carlos Batres (Guatemala), auxiliado por Carlos Pastrana (Honduras) e Leonel Leal (Costa Rica).

Local: Estádio Ulsan, em Yokohama (Japão).

A sorte de Rubens Cardoso

Mundial Interclubes

Com a lesão de Hidalgo, surge a possibilidade de um antigo titular reassumir o posto na lateral-esquerda. E justo na decisão do Mundial. O sempre criticado, e com razão, Rubens Cardoso.

Mas a alegria dele pode durar pouco, uma vez que Abel também pode escalar Alex, de péssima atuação na semifinal, na lateral, abrindo uma vaga no meio para Vargas. Assim, o time fica mais reforçado no sentido defensivo, a fim de parar a trupe de Ronaldinho. Essa última opção vem sendo pedida por muitos torcedores colorados, inclusive.

É a dúvida do momento. Mas acho que Abel vai, literalmente, trocar o seis pelo meia dúzia: Rubens Cardoso, o sortudo desse fim de ano, deve jogar portanto.

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Jeonbuk é o quinto

Mundial Interclubes
Jeonbuk 3 x 0 Auckland

Pra dizer que não falei de flores, os coreanos do Jeonbuk Motors passaram por cima dos amadores australianos do Auckland, nesta manhã. O resultado, obtido de forma natural, rendeu ao vencedor o quinto lugar no Mundial. Os gols foram marcados por Lee e Bum Kim, no primeiro tempo, e pelo brasileiro Zé Carlo, na etapa final.

Parem o mundo que eu quero descer: isso quer dizer que o Auckland City é o sexto melhor time do planeta? Bom, o melhor a se fazer é rir, né? Preferível a chorar.

Inter x Barcelona

Vamos lá, jogador por jogador, posição por posição:

Victor Valdez e Clemer: se equivalem, pois podem tanto fazer uma grande defesa como tomarem um franco histórico.

Zambrotta e Ceará: podem me chamar de louco, mas não vejo muita diferença, analisando o futebol, não o nome.

Puyol e Índio: iguais também. A diferença é que puyol é tratado como uma entidade no clube catalão. É mais que um jogador, é um símbolo. Mas, em campo, comum.

Marquez e Eller: ambos estão vivendo bom momento.

Gio e Hidalgo (ou Rubens Cardoso): ah, aí o holandês ganha fácil.

Mota e Edinho: é duro. Mota, ao meu ver, não tem bola pra jogar no Barça, e Edinho, apesar da evolução nesse ano, não passa do estágio do médio. Se jogar Edmílson, vantagem pra Espanha.

Iniesta e Wellington: Iniesta joga com mais naturalidade, é mais inteligente com a bola.

Ronaldinho e Alex: comparo ambos porque Ronaldinho vem atuando pela esquerda, tal qual Alex, e levo em conta, aqui, o posicionamento. Tudo isso pra dizer que não há comparação.

Deco e Fernandão: não são de mesma posição, mas é o que sobra. E não há comparação também. Na verdade, o levantamento serve para uma única coisa: o meio-campo do Barça é o seu ponto forte no confronto contra o Inter.

Giuli e Iarley: Giuli joga mais.

Gudjohnsen e Pato: Pato, né?

Enfim, salvo eventuais distorções relativas aos posicionamentos dos jogadores, com esse levantamento, é possível tirar algumas conclusões:

1. os sistemas defensivos se equivalem, são bons, mas não plenamente confiáveis.
2. no meio-campo, o Barça se sobressai.
3. analisando apenas a dupla de atacantes, em questão de complementação, a do Inter é mais completa. Mas, é claro, não são só os avantes que atacam. O perigo para o Inter é o que vem de trás.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Passeando na chuva

Mundial Interclubes
Barcelona 4 x 0 América

Além de ter um conjunto forte aliado a bons jogadores, o Barcelona larga na frente do Inter no quesito temperamento: jogou contra um time inferior e, serenamente, passou por cima, se impôs. Coisa que o Colorado não o fizera ontem.

O Barça patrolou, jogou bem melhor, apesar de, aos cinco minutos, Claudio Lopez ter perdido chance cara a cara com Victor Valdez (foto ao lado). Mas, depois disso, só deu show catalão. E os protagonistas foram Ronaldinho e Deco.

Dos pés deles, mais a participação de Iniesta, saiu o gol inaugural de Gudjohnsen. Em escanteio, Rafael Marquez anotou o segundo. Na etapa final, o ritmo dos espanhóis não diminuiu. Ronaldinho, com categoria, chutou no ângulo e fez o terceiro. O último tento foi golaço: Ronaldinho ajeitou para trás e Deco, de primeira, fuzilou o arco mexicano, fechando o caixão do América.

Até agora, deu a lógica: todos os favoritos venceram seus rivais ditos inferiores. E na final, no domingo? Dará a lógica? Ou melhor, qual é lógica? Bom, quem pôde ver os jogos de ontem e de hoje já conhece a resposta.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Gurizada medonha

Mundial Interclubes

A partida mais importante da história do Internacional acabou sendo decidida por dois garotos que podiam, nessa época do ano, estarem preocupados e nervosos em passar no vestibular.

Alexandre Pato, 17 anos, e Luiz Adriano, 19 (ambos na foto), fizeram os gols que levaram o colorado à final do Mundial, a ser disputada domingo, dia 17, em Yokohama.

Pato, na entrada em campo, parecia o menos contraído e nervoso dos jogadores. Aparentou sentir a pressão de uma forma inferior a alguns jogadores com o dobro de sua idade. Jogou bem até ser substituído. Aliás, Pato se machuca muito fácil, não? Seu gol deve ter dado inveja ao mais gélido dos centroavantes: um chute seco, rápido, como um soco no estômago. Pato pugilista, Pato predestinado.

Mas mais predestinado que Luiz Adriano? Não tem. Havia quem protestava a sua ida ao Japão na delegação. Entrando justamente no lugar de Pato, fez o que um centroavante do porte dele deve fazer: gol de cabeça. E com velocidade, arranque, explosão.

Parece que vai caindo aquela velha e porfética frase: "guri ganha jogo, jogador experiente ganha campeonato". Será?

Notas coloradas

Mundial Interclubes

Clemer: definitivamente, sair jogando com os pés não é o seu forte. De uma trapalhada sua, originou-se o gol egípcio. Nota 4.

Ceará: partida média, não comprometeu. Nota 5.

Eller: não conseguiu se impor. Nota 4.

Índio: não foi o mesmo jogador de sempre. Nota 4.

Hidalgo: mal, em todos os sentidos. Sua lesão foi uma benção, até Rubens Cardoso, quando entrou, se houve melhor. Nota 2.

Edinho: o Al Ahly o deixou livre para avançar. Sábios esses egípcios... Nota 4.

Wellington: como seu companheiro de posição, errou passes e abusou dos chutes de longa distância. Nota 4.

Alex: decepcionante. Não fez nada de produtivo, completamente à margem da disputa. Nota 3.

Fernandão: não conseguiu se desvencilhar da ferrenha marcação. Pouca contribuição. Nota 4.

Iarley: muita briga, muito corre-corre, pouco resultado. Nota 4.

Alexandre Pato: esse é diferente. Corre, mas também produz, briga, e também faz gol. Nota 7.

Rubens Cardoso: entrou e pelo menos não jogou menos que Hidalgo, o que seria trágico. Nota 3.

Vargas: substituição pra segurar resultado. Nota 4.

Liz Adriano: fez um dos gols mais importantes da história do Inter. Ponto. Nota 6.

Abel Braga: o que mais atrapalhou seu time, sem dúvida, foi o nervosismo. Mas, como treinador, Abel não pode esperar que o imponderável o salve sempre. A vitória pouco teve sua mão. Nota 4.

Vitória!, mas ali, ali...

Mundial Interclubes
Internacional 2 x 1 Al Ahly




Colorado nenhum poderia imaginar que seria tão sofrido vencer o Al Ahly. Até os 26 minutos da etapa final o jogo estava indo para os pênaltis! Mas aconteceram muitas coisas antes.

O Inter, pra começar, jogou mal. Apesar de mais incisivo, não se mostrou organizado. Logo aos 23 minutos, abriu o placar, com o predestinado Alexandre Pato, que ratificou a sua vocação: fazer gols. A conclusão era óbvia: passou boi, passa a boiada. Mas não. O time egípcio foi pra cima após a desvantagem. Tocando muito a bola, abusando de inversões e jogadas pelo meio, o Al Ahly carimbou o poste de Clemer, além de obrigá-lo a fazer grande defesa em cobrança de falta.

O primeiro tempo terminava e o resultado não condizia com o que se via em campo. A justiça veio na etapa complementar: O Al Ahly permaneceu superior, e o Inter, perdido. Aos 9 minutos, Flavio cabeceou bonito e encobriu Clemer: 1 a 1.

A partir daí, os egípcios acalmaram o ritmo, mas ainda se mostravam melhores. O Inter não tinha meio-de-campo, a dupla de volantes só fazia errar, Fernandão estava completamente entregue à marcação e nada dava certo. A tendência para os colorados era dramática. E o pior: Pato saía de campo, na metade do segundo tempo. Entrou Luiz Adriano.

E voltemos aos 27º minuto. Nesse instante, o Inter obteve vários escanteios seguidos. Em um destes, Ceará acertou o pé: a bola viajou e, na primeira trave, encontrou a cabeça dele, de Luiz Adriano. É o Inter com sorte, com destino traçado de coisas boas. É o velho Abelão, como já ocorrera em jogos da Libertadores: seu time jogando mal, pedindo pra perder, mas... ganhando no fim. Foi ali, ali. Mas foi. Domingo tem mais. Em termos de emoção e de dificuldades também. Nem Barcelona nem América se parecem com o Al Ahly. É preciso melhorar.

AL AHLYEl (1): Hadary (Abdelhamid), El Shater (Ahmed Sedik), Said, El Nahas e Gomaa; Mohamed Shady, Ashour, Mostafa (Emad Moteab) e Shawky; Aboutrika e Flavio.Técnico: Manuel José.

INTERNACIONAL (2): Clemer, Ceará, Fabiano Eller, Índio e Hidalgo (Rubens Cardoso); Edinho, Wellington Monteiro, Alex e Fernandão; Iarley (Vargas) e Alexandre Pato (Luiz Adriano).Técnico: Abel Braga.

Árbitro: Subkhiddin Mohd Salleh (Malásia), auxiliado por Hamdi Al Kadri (Sri Lanka) e Eisa Ghuloum (Emirados Árabes Unidos).
Cartões amarelos: Gomaa e Flavio (Al Ahly); Fernandão e Alex (Internacional).
Gols: Alexandre Pato, aos 22 minutos do primeiro tempo; Flavio, aos oito, e Luiz Adriano, aos 27 minutos do segundo tempo.
Local: estádio Nacional, em Tóquio, no Japão.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Tá chegando a hora


Mundial Interclubes

O título deste post é manjado, sim. Mas seu conteúdo, de maneira nenhuma.

Amanhã, às 8h20min, o Rio Grande vai parar para assistir a Inter x Al Ahly, pela semifinal do Mundial da FIFA, no Japão, algo indédito para os lados da Padre Cacique.

O jogo será no estádio Nacional, de Tóquio, o mesmo que viu o Grêmio levantar a taça pretendida hoje pelos colorados, lá em 1983.

A tendência é dar Inter. Essa semifinal é, ao que indica o fraco time egípcio, uma mera formalidade a ser cumprida. Devemos ter Inter e Barça decidindo o torneio, dia 17.

Abel Braga, adivinhem, escondeu o treino, pra variar. O esranho é a divulgação antecipada do time, não oficial, mas assentida por todos do Inter. Não sei, mas se tratando de Abelão... qualquer surpresa é possível que aconteça...

Mas o cara da foto vai jogar, óbvio. Fernandão é o principal jogador colorado. É por ele que passa o sucesso do time. Aliás, só vejo uma maneira de o Inter sucumbir amanhã: pelo fator emocional.

Na manhã desta quarta-feira, ninguém ousará conjugar o verbo "trabalhar". Somente o "torcer". Ah, e tem também o "secar", sabem como é...

Semifinal do Mundial Interclubes 2006

INTERNACIONAL: Clemer, Ceará, Fabiano Eller, Índio e Hidalgo; Edinho, Wellington Monteiro, Alex e Fernandão; Iarley e Pato Alexandre. Técnico: Abel Braga.

AL AHLY: El Hadary, Shawky, Gomaa, Mohamed Sedik e El Shater; Mohamed, Ahmed, Aboutrika e Motaeb; Ashour e Flávio.Técnico: Manuel José.

Árbitro: Subkhiddin Mohd Salleh (MAL), auxiliado por Hamdi Al Kadri (SIR) e Eisa Ghuloum (EMI).
Local: Estádio Nacional, Tóquio (Japão).

segunda-feira, dezembro 11, 2006

América na semifinal

Mundial Interclubes
Jeonbuk 0 x 1 América

O Barcelona, a exemplo do Inter, já conhece seu adversário no Mundial: será o clube mexicano América, que bateu o coreano Jeonbuk por 1 a 0. O gol da vitória dos mexicanos saiu apenas aos 33 minutos da etapa final. Cabanas escapou pela ponta direita e cruzou rasteiro. Ricardo Rojas entrou em velocidade e tocou na bola quando estava caindo. A bola, mansa e chorosa, foi para no fundo das redes do goleiro Kwoun.

Foi um jogo difícil, dizem os que a viram, o que não foi meu caso. O que dá a entender que o América não é tão forte como parecia, pelas contratações e pela tradição. Cada vez mais, começa a se definir a certeza de um confronto entre Inter e Barcelona.

Só para lembrar, as semifinais ocorrem dias 13 e 14, com Inter x Al Ahly e Barcelona x América, respectivamente, ambos às 8h20min.

domingo, dezembro 10, 2006

Grêmio campeão

Copa FGF
Grêmio 3 x 0 Ulbra

Nesta tarde, no Olímpico, os juniores do Grêmio golearam a Ulbra por 3 a 0 e sagraram-se campeões da Copa FGF. Os três gols foram marcados pelo atacante Everton. Na primeira partida, disputada em Canoas, as equipes haviam empatado em 1 a 1. O Tricolor até podia empatar sem gols hoje.

Essa mesma equipe vencedora já havia conquistado outro troféu esse ano, na semana que se passou: o estadual da categoria.

Falando em Grêmio, o desmanche que se avizinha preocupa. Principalmente a saída de Hugo, o que obriga uma reposição de qualidade, no mínimo, equivalente. Esses garotos da base podem até subir para os profissionais, porém não são soluções, apesar do sucesso desta temporada.

Mas isso é outra história. Para outros posts.

Um vermelho no caminho colorado

Mundial Interclubes
Auckland 0 x 2 Al Ahly

Na manhã deste domingo, em Toyota, lá era noite já, ficamos sabendo o adversário do Inter na semifinal do Mundial. Será o Al-Ahly, após vitória tranqüila e esperada por 2 a 0.

O jogo foi ruim. O Al-Ahly, totalmente favorito, com 40 milhões de torcedores pelo mundo, quase 100 anos de história, dominou as ações, mas não era efetivo. Abusava das jogadas pelo miolo da zaga oposta. A coisa melhorou no segundo tempo, quando houve variações nas estocadas egípcias.

Foi também na etapa complementar que os gols saíram. Primeiro, com o angolano Flavio, aos cinco minutos. Depois, o considerado craque do time, Aboutrika, aos 27, de falta cobrada com categoria. E ficou nisso.

O Auckland, coitado, foi chutar sua primeira bola em gol aos 20 minutos do segundo tempo! E quem o fez foi o jopgador aposentado contratado só para o Mundial, o japonês Teru Iwamoto. Além de ser um time amador, é um time sem esquema. Quem pega a bola, sai correndo com ela e vê no que dá. Meio-campo, para os neo-zelandeses, isso não existe mesmo!

Para o Inter, fica a confirmação do favoritismo, pois é melhor que o Al-Ahly. Mas é bom ressaltar: o time de Abel terá pela frente, pelo menos, um time de futebol. Barbada não será.

sábado, dezembro 09, 2006

Barcelona rumo ao Japão

Mundial Interclubes

Agora há pouco, o Barcelona venceu o Real Sociedad, em casa, por 1 a 0, gol de Ronaldinho. O Barça já havia triunfado sobre os alemães do Werder Bremen, no meio da semana, também no Camp Nou, com outra boa atuação do craque gaúcho.

Ronaldinho parece estar se reencontrando. Para os colorados, na hora errada.

Agora, a equipe espanhola, que é líder do campeonato nacional, só pensa no Japão para onde viaja hoje mesmo. A tática do clube é lançar mão de soníferos a fim de facilitar a adaptação ao fuso horário.

O Barcelona entra em campo na quinta-feira, às 8h20min, contra o vencedor do duelo entre Jeonbuk Hyundai, da Coréia do sul, e América, do México, encontro que ocorre segunda, nesse mesmo horário.

E o Barça viaja com o mesmo peso do que o Inter: o peso do favoritismo. Ninguém pensa em outra final senão uma entre brasileiros e espanhóis, no próximo dia 17.

De olho neles

Mundial Interclubes

Amanhã, a partir das 8h20min, saberemos, finalmente, o primeiro adversário do Inter rumo à final do Mundial.

O Auckland, da Nova Zelândia, reserva uma particularidade: como todos os clubes de seu país, é amador e seus jogadores possuem outras tarefas durante o dia. Jogam, então, por amor à camisa, literalmente. São os atuais campeões da Copa dos Campeões da Oceania e já venceram duas vezes o campeonato nacional. Detalhe: a sua fundação ocorreu em 2004. É o São Caetano deles. O cara da foto à direita é um dos destaques: o atacante sul-africano Keryn Jordan. Pra quem quiser saber mais: www.aucklandcityfc.com.

Já o Al Ahly, do Egito, tem mais tradição: ano que vem, completa 100 anos de história. É o único clube a disputar o Mundial desse ano tendo jogado o de 2005. No ano passado, não passou da primeira fase, quando caiu diante do Al Ittihad, dos Emirados Árabes. Com 30 campeonato egípcios, 33 Copas do Egito e 5 Copa dos Campeões da África, o Al Ahly (ou O Nacional, traduzindo, que comemora na foto ao lado) se credencia como o favorito para pegar o Inter na manhã da próxima quarta-feira. O site oficial: www.ahlyegypt.com.



Domingo, então, é dia de aquecimento para a nação vermelha: vai começar, até que enfim!, o Mundial Interclubes da FIFA de 2006.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Hora de treinar


Mundial Interclubes

O primeiro grande teste os jogadores do Inter já passaram: a epópeia no avião. Quase 50 horas de vôo. Agora, já, no Japão, o negócio é treinar, terinar e treinar. E, claro, em se tratanto de Abel Braga, esconder o time.

O treinador prometeu inovar no Mundial, podendo, inclusive, formar um quarteto final com Alex, Fernandão, Iarley e Pato (foto, treinando no Japão). Teoricamente, uma boa proposta ofensiva. Contra esses mortos de fome da semifinal, até vai. Mas diante de um Barcelona da vida..., não sei.

Domingo, saberemos quem o Inter enfrentará quarta-feira, Al-Ahly, do Egito, ou os neo-zelandeses do Auckland.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Quando se melhora e se piora

A contratação do zagueiro Schiavi por parte do Grêmio cairia muito bem para o time de Mano Menezes. O argentino é experiente em Libertadores, já a conquistou e, o principal, joga bem. Ou jogava, porque, atuar no Hércules, da Espanha, é o mesmo que se esconder.

Mesmo assim, sua aquisição parece ter mais prós do que contras. Aliás, o zagueiro já estaria acertado com o Grêmio. Faltaria apenas ressarcir o clube espanhol da segunda divisão.

A possível vinda do lateral-esquerdo Marcão, com boa passagem pelo Atlético-PR, também empolga, pois haverá uma melhora substancial na posição.

Só vejo decréscimo se Hugo realmente não ficar e pintar Romerito, do Goiás. Entre eles, em qualidade técnica, há uma floresta amazônica de diferença. Pró Hugo, é claro.

Os premiados do Brasileirão

Ontem, no Rio, foram premiados os Craques do Brasileirão. Aí vão eles, sempre na ordem: ouro, prata, bronze.

Goleiros: Rogério (São Paulo), Diego (Palmeiras) e Bruno (Flamengo)

Laterais-direitos: Souza (São Paulo), Ilsinho (São Paulo) e Paulo Baier (Palmeiras).

Zagueiros-centrais: Fabão (São Paulo), Índio (Inter) e William (Grêmio).

Quarto-zagueiros: Fabiano Eller (Inter), Luiz Alberto (Santos) e Gladstone (Cruzeiro) .

Laterais-esquerdos: Marcelo (Fluminense), Kleber (Santos). Jadilson (Goiás).

Volante pela direita: Mineiro (São Paulo), Andrade (Vasco), Marcelo Mattos (Corinthians).

Volante pela direita: Lucas (Grêmio), Josué (São Paulo), , Maldonado (Santos).

Meias-direita: Zé Roberto (Botafogo), Morais (Vasco), Cícero (Figueirense).

Meia-esquerda: Renato (Flamengo), Zé Roberto (Santos), Danilo (São Paulo).

Primeiros atacantes: Fernandão (Internacional), Aloísio (São Paulo), e Obina (Flamengo).

Segundos Atacantes: Souza (Goiás), Soares (Figueirense), Iarley (Internacional).

Técnicos: Muricy Ramalho (São Paulo), Renato Gaúcho (Vasco), Mano Menezes (Grêmio).

Árbitros: Leonardo Gaciba (RS), Heber Roberto Lopes (PR) e Carlos Eugênio Simon (RS).

Craque da torcida: Renato (Flamengo).

Craque do campeonato: Rogério Ceni (São Paulo).

segunda-feira, dezembro 04, 2006

A Seleção do Brasileirão

Logo mais, às 19h30min, no Rio de Janeiro, haverá a premiação aos melhores do Campeonato Brasileiro.

Até agora, só sabemos os três indicados de cada posição para formar a Seleção do campeonato. Ei-los:

Goleiros: Bruno (Flamengo), Rogério (São Paulo) e Diego (Palmeiras). Fico com Rogério.

Laterais-direitos: Ilsinho e Souza (São Paulo), e Paulo Baier (Palmeiras). Prefiro Souza, por ter jogado mais tempo que Ilsinho.

Zagueiros-centrais: Fabão (São Paulo), Índio (Inter) e William (Grêmio). Índio é o mais completo de todos.

Quarto-zagueiros: Fabiano Eller (Inter), Gladstone (Cruzeiro) e Luiz Alberto (Santos). Eller, pela regularidade.

Laterais-esquerdos: Jadilson (Goiás), Kleber (Santos) e Marcelo (Fluminense). Marcelo é muito bom jogador, pena que o seu time não o ajudou nem um pouco.

Primeiros volantes: Andrade (Vasco), Marcelo Mattos (Corinthians) e Mineiro (São Paulo). Mineiro, pela regularidade.

Segundos volantes: Josué (São Paulo), Lucas (Grêmio), Maldonado (Santos). Lucas foi o mais surpreendente dos três, o que mais se destacou sem dúvida.

Meias-direita: Cícero (Figueirense), Morais (Vasco) e Zé Roberto (Botafogo). Não são grandes jogadores, mas, pela média, vamos destacar Cícero.

Meia-esquerda: Danilo (São Paulo), Renato (Flamengo) e Zé Roberto (Santos). Renato por levar o péssimo time do Flamengo nas costas.

Primeiros atacantes: Aloísio (São Paulo), Fernandão (Internacional) e Obina (Flamengo). Dá pra dizer em coro, lá na cerimônia da CBF: Fernandão.

Segundos Atacantes: Iarley (Internacional), Soares (Figueirense) e Souza (Goiás). Por mais limitado que possa ser, Souza é o artilheiro do campeonato, com 17 gols. Merece ser lembrado.

Técnicos: Mano Menezes (Grêmio), Muricy Ramalho (São Paulo) e Renato Gaúcho (Vasco). Mano Menezes fez bonito, todos já sabem, mas Muricy levou a taça: Muricy, então. Ah, Abel Braga deveria ser lembrado. Como em toda eleição, há injustiças, esquecidos e renegados. Fazer o quê?

Árbitros: Carlos Eugênio Simon (RS), Heber Roberto Lopes (PR) e Leonardo Gaciba (RS). Gaciba, porque apita pela regra, não pela conveniência.

Em algumas horas, vamos ver o que dará na versão oficial.

Pelo menos esse ano, o campeão não vai se constranger em levantar o troféu.

Problemas vermelhos

Não sei se chega a ser um problemão, mas Rentería não irá ao Japão. Faltando não mais do que 10 segundos para o final da turbulenta partida diante do Goiás, em uma dividida, o colombiano se machucou. Léo assume a vaga.

Índio viaja amanhã, mas se submeterá a tratamento intensivo no tornozelo esquerdo, também lesionado no último compromisso.

O Barcelona já havia perdido Eto'o e Messi, não? Pelo andar da carruagem, o Inter ainda está no lucro no quesito lesões.

domingo, dezembro 03, 2006

Paraná na Libertadores

A única coisa realmente valiosa que se disputou nessa última rodada foi a vaga na Libertadores. A última, aliás. As outras já estavam preenchidas por São Paulo (campeão do certame), Grêmio (terceiro colocado) e Santos (quarto). Inter, como atual campeão da América, e Flamengo, o vencedor da última Copa do Brasil, também jogarão a competição continental em 2007.

A vaga derradeira, então, ficou com o Paraná. Ao empatar sem gols com o São Paulo em casa, a equipe treinada por Caio Júnior teve que torcer por um tropeço do Vasco contra o Figueirense, em Florianópolis. E isso aconteceu: eles também igualaram-se em 0 a 0.

Pela primeira vez, a equipe paranista está na Libertadores, após alcançar a sua melhor campanha na história do Brasileirão.

Mas é a pré-Libertadores, assim como o Santos. O que, claro, não invalida nem diminui a merecida festa do tricolor de Curitiba.

Sem vice-campeonato

Campeonato Brasileiro
Fortaleza 0 x 1 Grêmio

O Grêmio fecha a temporada atuando mal na capital cearense. Perdeu por escore mínimo, gol de Rinaldo para o Fortaleza, em pênalti.

O subterfúgio de uma eventual ultrapassagem em cima do rival Inter não foi o suficiente para motivar os jogadores. Apesar dos defeitos, o time de Mano Menezes perdeu boas chances de marcar. Pedro Júnior, cara a cara com o goleiro, na etapa final, colocou para fora a chance da igualdade.

Mano Menezes, aliás, contribuiu com a derrota ao mexer mal no time, pondo Aloísio e não tirando Patrício, de má atuação.

Se há alguma lição para ser tirada de um jogo aparentemente morno, a lição é esta: o Grêmio precisa melhorar. Mas, espera-se ao menos, que os dirigentes tricolores não tenham visto isso na última e chata rodada. Pela movimentação da semana, acho que não. Melhor assim.

sábado, dezembro 02, 2006

Festa manchada

Campeonato Brasileiro
Internacional 1 x 4 Goiás


Calor, sol, estádio lotado. Tudo pronto para a festa colorada antes do embarque para o Japão. Mas se esquecerem de avisar o Goiás que, jogando como se valesse título, meteu quatro em pleno Beira-Rio.

O Inter não começou mal, usando bem o lado esquerdo com Hidalgo. Mas a defesa, tão bem durante todo o campeonato, hoje se houve mal. Sem cobertura, Welliton entrou livre aos 20 minutos pra fazer 1 a 0. A partir daí, o Inter decaiu. E o jogo também, mas em termos de lealdade.

Começou a haver faltas duras de ambas as partes. O zagueiro Leonardo foi pra rua, após tesoura em Iarley. Mesmo assim, de falta, contando com frango de Clemer, Luciano Almeida ampliou.

Clima de festa? Que nada. Ninguém gosta de perder. No segundo tempo, o Inter foi para cima então. Mas, desorganizado, abriu espaços para os velozes atacantes goianos. Ediglê, que substituiu o lesionado Índio, fez pênalti e levou vermelho. Romerito converteu-o e, de falta, logo depois, Cleber Gaúcho decretou o inacreditável quarto gol.

Eller diminuiu, tardiamente.

Claro, a goleada não desestabilizará um prjeto tão grandioso como o do Mundial. Mas perder, repete-se, nunca é bom. Mas o Inter perdeu. Ah, domingo, o Grêmio pode assegurar a vice-liderança. Talvez isso esteja latejando na cabeça colorada. Talvez... pois o Japão é bem mais importante.

sexta-feira, dezembro 01, 2006

Pato fora

O atacante Alexandro Pato não jogará no Beira-Rio esse ano. Uma lesão sentida hoje o deixará de fora da última partida do Colorado antes do embarque ao Japão para a disputa do Mundial Interclubes da FIFA. Mas, na terra do sol nascente, o garoto-revelação se fará presente.

A informação foi confirmada pelo departamento médico do clube. O médico Carlos Poisl fez questão de deixar claro que a decisão tem caráter preventivo. A lesão não é séria, está mais para um desconforto.

A questão agora é o time para a partida diante do Goiás, amanhã, às 18h10min. Já que o objetivo, além da festa da torcida, é treinar o time, Fernandão deve permanecer na meia, restando, então, um companheiro para Iarley no ataque. Rentería e Luiz Adriano brigam por essa vaga, então.

Por coerência e merecimento, Luiz Adriano deveria jogar, pois o colombiano, além de estar em um péssimo momento, deve ser negociado com o futebo árabe ao fim da temporada.

Alex, recuperado, será alternativa para o segundo tempo. Vargas permanece entre os onze. Aliás, o próprio Abel Braga já avisou: ambos não podem jogar juntos, por motivos táticos. Então, essa é a grande dúvida do time para o Mundial: quem será o terceiro homem de meio-campo: Vargas, mais combativo, ou Alex, que cria mais?

A escolha do treinador vai proporcionar uma amostragem do comportamento colorado em campo, se será um time retraído ou que jogará de igual para igual. Isso se falando a respeito do Barcelona, pois seria inconcebível uma eliminação para um time australiano ou um árabe, nas semifinais.