quinta-feira, março 29, 2007

Choradeiras

Libertadores da América
Internacional 0 x 0 Velez

O empate sem gols de ontem do Inter com o Velez, no Beira-Rio, deixa o Colorado mal na foto. Quatro pontos em 12 possíveis. Duas vitórias nos últimos dois jogos é a palavra de ordem na Padre Cacique.

E pior que a atuação do time em campo foi a forma com que dirigentes e comissão técnica deram entrevistas, após o 0 a 0.

Dizem eles que a culpa foi toda do árbitro, o uruguaio Jorge Larrionda. Que culpa?

Christian foi bem expulso. Ele já havia levado cartão, justo, em outro lance. Depois, jogou-se bisonhamente na área. Segundo amarelo, por simulação. Depois, disseram que um argentino fez o mesmo na etapa final. Correto. Mas o jogador que simulou não possuía cartão. Logo, se houvesse tomado, seria apenas amarelo. Mais: um pênalti em Pato. Não foi nada. O zagueiro do Velez chegou perto do colorado, que se desmanchou tal qual açúcar na água. Esquecem os dirigentes vermelhos um gol anulado do Velez, em suposta infração no goleiro Clemer. Lance tão discutível quanto os demais.

O discurso de choradeira do final do jogo seria amplamente aceitável de um torcedor borracho em uma mesa de bar. Não cabe a quem se diz do corpo diretivo da instituição.

Choradeira por choradeira, prefir levar em conta a dos pobres torcedores que saíram ontem cabisbaixos, entre murmúrios e vaias. Que precisam pagar uma grana para ver Pato no banco, entre outras mágicas do Mister Abel Braga.

Suado, suado...

Libertadores da América
Grêmio 1 x o Tolima

Não, não me refiro ao povo que padeceu no calor da note de terça-feira, em um Olímpico com 33 mil pessoas. Mas o jogo, sim, a isso que me refiro. Grêmio e Tolima travaram um duelo carente de técnica, porém com muitos ingredientes da Libertadores.

O Grêmio teve o dominínio do jogo, o volume, as melhores chances. Abusando do jogo aéreo, o Tricolor perdeu belas chances, sobretudo na etapa final. Antes, no entanto, Tuta já havia anotado. Em cruzamento de Ramon, o centroavante girou e venceu o arqueiro Julio: 1 a 0, aos 22 minutos do primeiro tempo.

Mesmo sendo o senhor das ações, durante todos os 90 minutos ficou claro que o Grêmio poderia perder pontos. O meio-campo de novo não funcionava completamente bem. E o time colombinano se aproveitava disso nos contra-ataques.

No fim, prevaleceu o 1 a 0. O Grêmio encosta no Tolima, os dois com sete, dividem a liderança do grupo 3.

sábado, março 24, 2007

Em tempo...2

O insuficiente empate sem gols diante do Glória, em Vacaria, põe o Colorado na obrigada amanhã.

O compromisso é fora de casa, diante do Guarany, de Bagé. Mas, devido à Libertadores no meio da semana, o sucesso no importante jogo do Estadual ficará na mão dos reservas, ou melhor, do time misto de Abel Braga.

Renan; Ceará, Índio, Rafael Santos e Rubens Cardoso; Maycon, Ji-Paraná, Perdigão e Adriano; Iarley e Christian (Alexandre Pato).

Com esse time, sem dúvida, dá pra vencer. Afinal, não é tão misto assim.

O problema mesmo ficaria no meio-campo, onde careceria de articulação e lucidez. Perdigão lança bem, certo, mas não é o meia pensador. Gabiru, menos ainda, é mais agudo. Iarley talvez tenha que voltar em demasia. E Christian se isolaria. Alguma novidade? É, acho que não. Mesmo assim, na camisa, na disposição e na exploração das potencialidades individuais, o Inter deve passar por essa.

Em tempo...

Hoje, o Grêmio pega o Guarani, de Venâncio Aires, às 18h10min, no Olímpico. O time será misto, a preocupação mesmo é o Tolima, no meio da semana, pela Libertadores. Mas vencer sempre é bom. E perder é péssimo, como na última quarta-feira, diante do Esportivo. Naquela noite, o Tricolor deu uma invejável aula de como perder gols imperdíveis. E levou o castigo: justos 1 a 2.

A vitória logo mais pode, dependendo de como acontecer, pode devolver a confiança, a moral, em suma, os três pontos se fazem necessários. Além, claro, da confirmação do primeiro lugar geral, que daria ao Grêmio a vantagem de decidir em casa na semifinal e numa eventual final.

O provável time de Mano Menezes:
Galatto, Jucemar, Pereira, Thiego e Bruno Telles, Edmílson, Nunes, Gavilán e Itaqui; Jhonatan e Tuta.

domingo, março 18, 2007

Na semifinal

Campeonato Gaúcho
Caxias 1 x 3 Grêmio

Apesar de o Caxias ter carimbado o travessão de Saja por duas vezes, logo de início, o Grêmio não se abalou com a pressão inicial do locatário e aplicou uma vitória natural. O grande avalista do resultado foi o sistema defensivo grená.

No primeiro gol, falharam o miolo de zaga e o goleiro Humberto. Patrício lançou grande bola e Everton apareceu entre eles para deslocar a pelota e pô-la na rede: 1 a 0, aos 30 minutos.

No segundo tempo, o Caxias mostrou acusar o golpe e deixou de atacar. Só dava Tricolor. Aos cinco minutos, de novo Patrício mostrou astúcia e, em belo lançamento, pifou o zagueirão Pereira: 2 a 0.

O contra-ataque ficava cada vez mais fácil para o time de Mano Menezes, ainda mais tendo o veloz Carlos Eduardo em campo. Mas o novo tento gremista saiu de outra falha do goleiro Humberto, que soltou a bola e, na ânsia de recuperá-la, derrubou Everton: pênalti. Quem converteu foi Patrício, aos 18 minutos, coroando a sua boa atuação como capitão do time. Três a zero, e poderia ser quatro. Carlos Eduardo, logo depois, foi calçado dentro da área, mas Gaciba negligenciou a penalidade. Em contrapartida, em um ataque do Caxias, assinalou um pênalti inexistente. Zé Roberto diminuiu.

No fim, Patrício foi expulso, ao levar seu segundo cartão amarelo na partida. Mas o placar se manteve, e o Grêmio pode comemorar a sua passagem às semifinais do torneio. E mais: com outra vitória, na próxima rodada, garante a melhor campanha somando os dois grupos, o que dá ao Tricolor a vantagem de, chegando à final, decidir em casa o segundo jogo.

sábado, março 17, 2007

Para decidir a vaga

O jogo desse domingo, entre Grêmio e Caxias é muito importante, apesar da folga tricolor na tabela. Uma vitória azul no Centenário põe o time na semifinal, já que o primeiro colocado não disputa as quartas-de-final.

É decisão, portanto. E Mano Menezes deve pôr novamente o time B. Estranho, não? O melhor seria fazer os titulares voltarem a jogar bem em vez de ocultá-los.

O Grêmio, desde o jogo diante do Cúcuta, 0 a 0, vem sofrendo para ganhar as partidas, ou, pior, perde. É hora de pôr a casa em ordem, de a confiança voltar. Se der certo com os reservas, que bom. Mas melhor ainda seria com o mesmo time que vem sendo justamente criticado.

CAXIAS
Humberto; Thiago Machado, Max, Michell e Jonathas; Diego Borges, Jorge Luiz (Willian), Zé Roberto e Oliveira; Lima (Jajá) e Alê Menezes. Técnico: Edson Gaúcho.

GRÊMIO
Galatto; Jucemar, Pereira, Teco e Bruno Teles; William Magrão, Sandro Goiano, Itaqui e Ramon; Aloísio e Everton. Técnico: Mano Menezes.

Arbitragem: Leonardo Gaciba (Fifa/RS), auxiliado por Paulo Ricardo Conceição e Carlos Bittencourt.
Horário: 16h
Local: Estádio Centenário, em Caxias do Sul.

Magrinho..., mas suficiente

Campeonato Gaúcho
Internacional 1 x 0 Juventude

A atuação não foi das melhores, mas o Inter conseguiu derrotar o Juventude, líder do grupo, e respira na competição.
O 1 a 0 foi construído no primeiro tempo, em um belo giro de Fernandão (foto), de dentro da área, aos 34 minutos. A bola entrou na gaveta do goleiro Michel Alvez, que não tomava um gol há seis jogos.

O Inter mostrou-se mais sólido no meio-campo, mas de novo faltou força no setor de criação. Ji-Paraná nem tocou a bola, passou impercetível. Pato também foi mal. Já Vargas caiu nas graças da torcida com sua entrega.

O Juventude pressionou em busca do empate, porém de uma maneira pouco incisiva. Mas meteu uma bola no poste e perdeu um gol sem Clemer na meta.

No fim das contas, o mais justo seria um empate. Acabou vencendo o mais competente para pôr a bola na rede, que é o que interessa, não?
O time de Abel Braga, com os três pontos de hoje, torna à zona de classificação.

Uma touca na pior hora possível

O Inter encara hoje o Juventude, no Beira-Rio, às 18h10min, em busca de uma vitória que terá mais do que o significado trivial dos três pontos. Será uma maneira de amainar as críticas, que etsão vindo com força (e com justiça).

O Inter é apenas o quinto colocado do Grupo 1 do Gauchão. Uma vitória o credencia mais uma vez a uma das três vagas. Abel deve mudar a equipe: Vargas no lugar de Gabiru fará o time mais consistente na marcação; e Pato... bom, Pato é Pato. Há também a possibilidade da saída de Hidalgo e o reingresso de Rubens Cardoso.

Já o Juventude, o líder da chave, com mais duas vitórias, garante a primeira posição. Sem conar que fazer o Inter perder pontos é deixar de fora um concorrente forte ao título.

Deverá ser um bom jogo, pela qualidade das equipes, mas também pelos ingredientes da tabela e do emocional em disputa. Apesar de eu não considerar o "Juvenal" um clássico, hoje, ele nos reserva ótimos motivos para nos manter ligados nele.

INTER
Clemer; Ceará, Índio, Wilson e Hidalgo (Rubens Cardoso); Edinho, Maycon, Vargas e Fernandão; Alexandre Pato e Iarley (Christian). Técnico: Abel Braga.

JUVENTUDE
Michel Alves; Michel, Fabrício, Ricardo e Márcio Azevedo; Júlio César, Radamés, Lauro e William; Da Silva e Tadeu. Técnico: Ivo Wortmann.

Horário: 18h10min.
Arbitragem: Leandro Vuaden, auxiliado por Luiz Roberto Guaranha e Júlio César dos Santos.
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre.

Nada de gangorra

A dupla Gre-Nal, pelo menos na Libertadores, vem desmitificando aquela máxima que prega que sempre um dos dos dois clubes está bem, e o outro, mal. Nunca ambos conseguem triunfar ou se enterrar ao mesmo tempo. Mas essa semana...

Quarta-feira, o Inter foi à Argentina e tomou um sacode do Vélez Sarsfield: 3 a 0, extremamente merecido. O Colorado não se achou em campo, marcou mal e os gols saíram naturalmente. Abel Braga escalou o time da forma mais bisonha possível: Gabiru e Michel de titulares, Pato e Christian no banco.

Na quinta, foi a vez do até então invicto Tricolor conhecer a sua primeira derrota na temporada de 2007. Na Colômbia, levou 1 a 0 do Tolima. A atuação do Grêmio foi abaixo da crítica. Na primeira etapa, com um meio-de-campo acéfalo e lento, nada se produzia. No tempo complementar, houve uma leve melhora, mas completamente insufuciente. Tanto que as melhores chances continuaram a ser do Tolima. Saja teve que salvar o Grêmio, para variar. Precisa-se de atacantes urgente no Olímpico Monumental. Ah, e também de meias que se comprometam com a partida.

Grupo 3, do Grêmio: Tolima, 7 pontos; Grêmio, 4; Cúcuta, 3; Cerro Porteño, 1.

Grupo 4, do Inter: Vélez, 7; Nacional, 4; Inter, 3; Emelec, 0.

segunda-feira, março 12, 2007

Gols, susto e três pontos


Campeonato Gaúcho
São Luiz 4 x 5 Grêmio

Domingo maluco em Ijuí. Quem poderia pensar que um São Luiz completamente dominado na primeira etapa, em que levou três gols (mas poderia ter levado oito), iria reagir e inclusive empatar em 4 a 4 contra o invicto Grêmio?

Mas assim o foi. E foi muito mais por culpa do Tricolor. A facilidade em ingressar na área do time interiorano era inimaginável. Diego Souza, Ramon e Everton fizeram no primeiro tempo. E perderam uns outros tantos, sobretudo o fominha Diego Souza.

Na etapa complementar, o Grêmio relaxou, começou a marcar muito tardiamente, demasiado perto da área de Saja. Mas obviamente isso não justifica tomar quatro gols de um péssimo time como o São Luiz. Schiavi foi horroroso, saiu até com algumas vaias.

O São Luiz chegou a um 2 a 3. Tcheco (foto), que atuou bem, fez o quarto. Mas, comandados pelo antes reserva Gustavo, os jogadores do clube de Ijuí marcaram mais dois. Empate inacreditável.

No entanto, Lucas, de boa atuação, após tanto insistir, conseguiu acertar o canto e deu a vitória suada para o Grêmio. Um triunfo que tinha tudo para ser o mais fácil do ano. Mano Menezes, que fora expulso no finalzinho por invadir o campo, falou bem ao final: "É melhor aprender e tirar lições na vitória". E que assim o seja, pois a zaga azul merece maiores cuidados.

O Grêmio já está classificado para a etapa seguinte do Gauchão. Com mais uma vitória (o Caxias é o próximo oponente), o Tricolor garante a primeira posição do grupo 2 e um lugar nas semifinais.

Novo tropeço


Campeonato Gaúcho
Internacional 1 x 1 Santa Cruz

O sabadão colorado foi novamente um dia de decepção. Após levar 2 a 0 da Ulbra quarta-feira, novamente no Beira-Rio não saiu de um empate com o Santa Cruz.

O Galo foi bem, marcou e jogou, sem medo. Mesmo assim, a primeira etapa foi mais vermelha. Christian, de pênalti, abriu o placar.

Mas, na etapa final, bem em seu começo, Jé igualou. E tal qual outros fracassos, o Inter não conseguiu virar a mesa e se impor em casa. Alexandre Pato (foto), dessa vez, ficou oculto em meio à marcação alheia.

Sorte que o Novo Hamburgo não venceu seu compromisso, caso contrário a coisa estaria ainda mais complicada para o time de Abel Braga.

sábado, março 10, 2007

Em tempo

Não tão em tempo assim, devido à falta do mesmo, venho para dizer, rapidamente, que a derrota colorada frente à Ulbra foi justa, o time de Canoas se apresentou melhor, fazendo um primeiro tempo exemplar. A etapa final foi de mera administração da vantagem. Imaginem se o Inter nãi tivesse virado o jogo contra o Novo Hamburgo, no domingo? É, estaria complicada a situação.

Já o Grêmio venceu pela vez primeira o 15 de Novembro, em Campo Bom. E com extrema naturalidade. Voltou a ser a equipe das primeiras rodadas.

Hoje, Inter e Santa Cruz se enfrentam no Beira-Rio, às 18h10min. Pato e Christian dividem o ataque colorado, o que será sem dúvida uma bela atração. O Inter, que quer devolver a derrota acachapante por 3 a 1 do primeiro turno, vai de: Renan; Elder Granja, Índio, Wilson e Rubens Cardoso (Hidalgo); Edinho, Wellington Monteiro, Perdigão e Adriano; Christian e Alexandre Pato.

Amanhã, entram em campo Grêmio e São Luiz, no estádio 19 de Outubro. A idéia de Mano Menezes é trocar a estratégia: em vez de poupar titulares, tal qual contra o São José-CS, ele pretende utilizar força máxima a fim de conferir entrosamente para a Libertadores. O Grêmio: Saja, Patrício, Schiavi, William e Lúcio; Nunes, Lucas, Diego Souza e Tcheco; Ramon e Éverton.

segunda-feira, março 05, 2007

Dupla firme

Neste fim de semana, a dupla Gre-Nal mostrou que segue firme em busca da classificação à segunda fase do Gauchão.

Na verdade, o Grêmio está tranquilíssimo na tabela. No entanto, teve que parir uma bigorna para vencer o modesto São José, de Porto Alegre, no Olímpico. O gol só saiu após a expulsão de um jogador do Zequinha, através de Patrício, que acertou uma bomba e venceu Danrlei. O goleiro se transformou no protagonista da tarde-noite chuvosa de sábado. Foi ovacionado pelos quase 15 mil gremistas e chorou. Justo. Um ídolo deve ser tratado sempre como tal.

No domingo, o Inter também venceu, até porque precisava desesperadamente dos três pontos. A vítima foi o bom Novo Hamburgo, no estádio Santa Rosa. O NH fez um belo primeiro tempo e mereceu o 1 a 0. Só que, na etapa final, acabou abdicando do ataque. Só deu Colorado. Sem dúvida, faltou perna para o time da grande Porto Alegre. Isso se evidenciou pelo momento dos gols vermelhos: Jean, aos 40 minutos, e o estrelado Gabiru, aos 46. Ambos vieram do banco de reservas. Agora, o horizonte estadual do campeão do mundo começa a ficar menos anuviado. A classificação se avizinha.

sábado, março 03, 2007

Sábado de futebol

Logo mais, à 18h10min, no Olímpico, jogam Grêmio e São José, de Porto Alegre. É o início do returno da primeira fase.

O Tricolor está folgado, mesmo assim vai com o que tem de melhor no momento. Falando em melhor, um dos melhores, senão o melhor, goleiro da história do Grêmio, jogará pela vez primeira contra seu ex-clube no estádio que o consagrou. O goleiro é o jogador com mais participações com a camisa tricolor. É uma pena vê-lo na curva descendente.

GRÊMIO
Saja; Patrício, Schiavi, Teco e Lúcio; Diego Souza (Nunes), Lucas, Tcheco, Ramon e Carlos Eduardo; Everton. Técnico: Mano Menezes.

SÃO JOSÉ
Danrlei; Pansera, Bruno, Glauber e Cleber; Fábio Negrão, Zé Luís, Jefferson e Marcelo Müller; Roni e Franciel. Técnico: Bagé.

Horário: 18h10min.
Arbitragem: Leandro Pedro Vuaden, auxiliado por José Otávio Dias Bitencourt e Alexsander de Mendonça.
Local: Estádio Olímpico.

quinta-feira, março 01, 2007

Inter iluminado


Libertadores da América
Internacional 3 x 0 Emelec

Futebolisticamente falando, aqui no RS, vivemos em uma profunda dicotomia, e se torna impossível falar do jogo do Colorado sem lembrar do embate do Tricolor, um dia antes. Até pelas atualizações polarizadas.

Ontem, em um Beira-Rio não lotado, porém cheio, o Inter passou por cima do Emelec. Diferentemente do Cúcuta, o time equatoriano não marcava forte nem povoava a entrada da grande área de sua defesa. O Inter tinha espaço para jogar. E o aproveitou com sabedoria.

Antes, no entanto, logo no incío, o Emelec assustou em uma confusão na zaga vermelha, após escanteio. Clemer fez milagre em cabeceio na pequena área. Mas foi uma pequena tempestade. Um apagãozinho de nada. Não durou 90 minutos como no Olímpico.

Perdigão foi o autor do gol inaugural, seu primeiro com a camisa encarnada. Belo gol, pegando rebote na meia-lua. Alex perdeu grande chance logo depois, em exímio passe de Perdigão.

O segundo tempo continuou tal qual o primeiro: Inter superior e a certeza de que o próximo tento se aprochegava. E assim o foi. Pato (foto) driblou o goleiro, perdeu o ângulo, mas não a calma. Cruzou para trás e encontrou a cabeça de Índio: 2 a 0. O terceiro e derradeiro gol foi dele mesmo.Em sua estréia como profissional no Beira-Rio, Alexandre Pato fintou a marcação, do bico da área, meteu uma curva sem-vergonha na bola. Pobre goleiro, saltou em vão: 3 a 0.

Logo depois, saiu, aplaudido. Abel deveria tê-lo deixado mais tempo e ter tirado Fernandão, que nada jogou.

Mas isso é o de menos. O Inter soma seus primeiros pontos na Libertadores. É o que importa.


No outro jogo do grupo, Vélez e Nacional empataram, em solo argentino, em 1 a 1. Ambos têm 4 pontos, contra 3 do Colorado e zero do Emelec.

INTERNACIONAL (3)
Clêmer, Ceará, Índio (Wilson), Rafael Santos e Hidalgo; Edinho, Perdigão, Alex (Maycon) e Fernandão; Alexandre Pato (Adriano Gabiru) e Iarley.Técnico: Abel Braga.

EMELEC (0)
Elizaga, Corozo, Geovanny Caicedo (Rodríguez) e Marco Quiñónez; Carlos Quiñónez, José Quiñónez, Jaime Caicedo, Rivera, Hernández (Arroyo) e Estácio; Morales (Ladines).Técnico: Carlos Torres Garcés.

Árbitro: Rubén Selman (CHI), auxiliado por Manuel Rodríguez e Sérgio Roman (CHI).
Cartões amarelos: Jaime Caicedo, Carlos Quiñónez, Morales, Corozo (Emelec).
Gols: Perdigão, aos 26 minutos do primeiro tempo; Índio, aos dez, e Alexandre Pato, aos 21 minutos do segundo tempo.
Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).