sábado, setembro 30, 2006

Um Inter em cada tempo


Campeonato Brasileiro
Internacional 3 x 2 Paraná

Quem olha o placar, sem ver o jogo, deve pensar em uma partida muito difícil. Mas não foi bem assim. Aproveitando-se de uma zaga adversária que não subia em bola alta e de um bom aproveitamento em finalizações, o Inter assume a terceira posição do Brasileirão.

Na etapa inicial, só deu Inter, tirando uma que outra estocada paranista. Com exceção de Adriano Gabiru, todos foram bem, até Hidalgo melhorou. Índio abriu o placar logo cedo, em bela jogada individual (foto). Fabiano Eller, o outro zagueiro, por sua vez, optou pela bola alta para desenhar a goleada: dois gols de cabeça, com as contribuições do goleiro Flávio e do sistema defensivo adversário.

O segundo tempo veio e, com ele, mudanças. O Inter regrediu seu futebol. Rentería entrou no lugar de Iarley e foi muito mal. Quem se assanhou, então, foi o Paraná. Aos 30, fez seu primeiro gol, em impedimento, com Cristiano, que venceu, de cabeça, o goleiro Renan, que entrara no lugar de Clemer, lesionado. A morosidade do jogo e do Inter continuou. Sandro ainda fez mais um, descontando com certo perigo. Mas não havia tempo. Vitória colorada. Ou melhor, do Inter do primeiro tempo. Do Inter de Fernandão e a sua aplicação, de Perdigão com seus lançamentos milimétricos. Lembrem-se desse Internacional. O do segundo tempo, esse é para esquecer.

No outro jogo atrasado, da 17ª rodada, na Arena da Baixada, Atlético-PR e São Paulo não saíram do 0 a 0. O São Paulo, aos poucos, vai estacionando. Um ponto em seis jogos. Para quem ainda come poeira, atrás do Tricolor paulista, restam esperanças.

INTERNACIONAL (3): Clemer (Renan); Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo; Wellington Monteiro, Edinho, Perdigão e Adriano (Caio); Fernandão e Iarley (Rentería).Técnico: Abel Braga.

PARANÁ (2): Flávio; Gustavo, Neguete (Pierre) e Emerson; Peter, Batista, Beto, Sandro e Edinho (Joélson); Cristiano e Leonardo (Maicosuel). Técnico: Caio Júnior.

Árbitro: Alicio Pena Júnior (Fifa MG), auxiliado por Guilherme Dias Camilo (MG) e Márcio Eustáquio Santiago (MG)
Cartões amarelos: Neguete, Emerson, Beto (Paraná), Edinho, Perdigão (Internacional)
Gols: Índio, aos nove; Fabiano Eller, aos vinte e um e aos 31 minutos do primeiro tempo. Cristiano, aos trinta, e Sandro aos 44 minutos do segundo tempo.
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

Jogo atrasado, mas importante

Hoje, às 16h, o Beira-Rio recebe Inter x Paraná.
Jogo mais do que importante para o Inter, se quiser ainda buscar o título, é claro. Mas a sua relevância é proporcional à sua dificuldade. O Paraná tornou a melhorar e já se aproxima da ponta da tabela novamente. E fez um jogo duríssimo na última vez que esteve em Porto Alegre, quando perdeu para o Grêmio, por 2 a 1. Aliás, o Inter vencendo ajuda o arqui-inimigo, pois o Grêmio tem 45 e o Paraná, 40. Também jogam hoje Atlético-PR x São Paulo, às 16h. Nem precisa dizer para quem a torcida vermelha deve torcer.

A grande dúvida colorada é Fernandão, ainda ressentido da lesão no tornozelo. A tendência é ser preservado. Luiz Adriano receberia nova oportunidade.
O Paraná, quinto colocado, que vem em recuperação, vê no jogo a possibilidade de subir ainda mais na tabela. Mas, para o treinador Caio Júnior, deve haver cuidados defensivos, sobretudo com a bola área colorada.

Em tempo, o Inter contratou o zagueiro ponte-pretano Rafael Santos. Ele saiu da Ponte em litígio judicial. O próprio técnico Abel Braga desaprovou a forma como ocorreu a negociação, dizendo que, quando treinava o time de Campinas, perdia jogadores importantes dessa maneira. É um depoimento interessante e sincero, de quem sabe o que é estar em um clube precário. Abel não esqueceu disso. Coisa que muitos, após os louros da vitória, fazem questão de não lembrar.

INTERNACIONAL x PARANÁ

INTERNACIONAL: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo; Wellington Monteiro, Edinho, Perdigão e Adriano; Fernandão (Luiz Adriano) e Iarley.
Técnico: Abel Braga

PARANÁ: Flávio; Gustavo, Neguete e Emerson; Peter, Batista, Beto, Sandro e Edinho; Cristiano e Leonardo.
Técnico: Caio Júnior

Horário: 16h (de Brasília).
Árbitro: Alicio Pena Júnior (Fifa MG), auxiliado por Guilherme Dias Camilo (MG) e Márcio Eustáquio Santiago (MG).
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

sexta-feira, setembro 29, 2006

Entre os 8

Eram 64 clubes no início da Série C do Campeonato Brasileiro. Agora, apenas oito.
O Brasil-PE se encontrra nesse privilegiado grupo. Nesta quarta, bateu o Nororeste, em Pelotas, por 2 a 1.
O octogonal final será disputado em turno e returno. Os quatro primeiros ascendem à segunda divisão.
Há mais um compromisso do Brasil nessa fase, no sábado contra o Ipatinga, que se classificou também antecipadamente. Decidem a liderança apenas.

Não será fácil para o Brasil. Enfrentar clubes como o Ipatinga e o tradicional Bahia serão novas provas de fogo. Mas, para quem comeu pelas beiradas o certame inteiro, não custa nada dar uma de "mineirinho" novamente. Mesmo que seja um clube beeem gáucho. Aliás, dirigentes do Brasil, tão entusiasmados com a possibilidade de subida de divisão, afirmam ser esse momento tão imporante quanto o terceiro lugar no Brasileirão, em 1985.

Ninguém dúvida que o Bento Freitas estará novamente lotado, nas próximas semanas.

quinta-feira, setembro 28, 2006

Lesões

Duas lesões provocaram reações completamente opostas nos semblantes colorados, nesta semana.

Fernandão, num treino de ontem, torceu o tornozelo. Não é nada muito grave, mas o incidente pode lhe custar a presença no importante confronto diante do Paraná, às 16h, sábado, no Beira-Rio.

Samuel Eto´o, atacante do Barcelona, lesionou o menisco do joelho direito, jogando contra o Werder Bremen, pela Liga dos Campeões da Europa. Aí, o negócio complica: 5 meses sem atuar. O que determina a sua ausência do Mundial Interclubes, no Japão.

A torcida do Inter preocupou-se com Fernandão, mas exultou com Eto´o. Caso o Inter chegue à final do torneio mundial, o perigoso atacante camaronês não enfrentará o Colorado.

Depois dessa ajudinha, só faltam duas coisas: o sorteio do dia 12 ajudar o Inter, privando-o do embate contra os mexicanos do América, e Abel Braga resolver acertar o time de uma vez.

Em tempo: mais do que uma lesão, uma tragédia: Dario Silva, bom atacante da seleção uruguaia, teve sua perna direita amputada essa semana. Uma lástima.

terça-feira, setembro 26, 2006

Tragédia pouca é bobagem

Não bastassem a retumbante goleada sofrida por 4 a 0 e a ausência de Lucas nas próximas duas rodadas, a semana tricolor tem mais uma péssima-nova: Léo Lima será operado. Seu problema é no menisco do joelho canhoto. Deve parar por 20 dias.

Podem dizer o que quiserem do Léo Lima: que ele é meio preguiçoso, às vezes, displicente. Mas ele tem qualidade, sabe fazer o time jogar. Ruim com ele? Pior, muito pior sem.

Pelo menos, o Grêmio só joga na outra quarta-feira, em jogo muito difícil, contra o Palmeiras, no Olímpico. Em momento de alguma turbulência, nada como um tempinho a mais para ajeitar a casa. Não que ela esteja uma bagunça total. Mas também não está arrumada por completo. Uma goleada, como foi a do domingo, não pode passar em brancas nuvens.

Que sirva de lição, pois Santos e Paraná já se aproximam com certo perigo. Ó, mais outra notícia ruim... Chega!

segunda-feira, setembro 25, 2006

Que vergonha...

Campeonato Brasileiro
Goiás 4 x 0 Grêmio

Para um clube como o Grêmio, jamais é aceitável levar 4 a 0. E, jogando contra um dos rebaixados, sendo o vice-líder, fica mais feio ainda.

O problema foi que o Grêmio não teve o principal: pegada. Um time limitado em muitas funções nunca pode abdicar desse predicado. Souza entrou como quis na zaga tricolor, bem como o angolano Johnson.O ex-centroavante colorado fez o primeiro e o último gols. O bom lateral Jadílson marcou o segundo. Johnson fez o terceiro.Até que na etapa inicial o Grêmio conseguiu articular algumas jogadas, apesar da lentidão do meio-campo. Lucas e Léo Lima exigiram defesas difíceis do goleio Harley.Mas, no segundo tempo, após levar 2 a 0, a coisa ficou preta. Nada funcionou. Nem mesmo o argentino Herrera. Léo Lima, pra piorar, saiu machucado.

Ontem, foi o dia "não" do Grêmio. O dia que dava para encostar no São Paulo, que havia perdido horas antes para o Palmeiras. Mas não deu. A iminência da liderança deu lugar a uma sensação de frustração. E de vergonha.

Empate justo

Campeonato Brasileiro
Internacional 1 x 1 Corinthians

Abel Braga xingou o árbitro Vágner Tardelli de "medroso". E o que Abel é, então, quando põe dois volantes de marcação (Wellington e Edinho), e mais Perdigão à frente deles?

Desse jeito, o Inter, carente de articulação, deixou que o Corinthians dominasse a primeira etapa do jogo de ontem. Além do gol de Carlos Alberto, houve duas bolas no travessão de Clemer. Se não fosse uma infelicidade do goleiro Marcelo, que soltou uma bola fácil no pé de Fernandão, o resultado seria outro. O gol corintiano deu-se aos 30 minutos. O colorado empatou um minuto depois.No segundo tempo, o Inter foi para cima, encurtou o campo e encurralou o adversário. Melhorou e muito. Mas pouco criou efetivamente. Mesmo superior, viu Gustavo Nery chutar em cima de Clemer a melhor chance da etapa final.

O Inter está tropeçando nele mesmo. Abel não define um esquema, que dirá onze jogadores. Cada jogo é um laboratório. E isso custa pontos. Uma coisa é testar alternativas, outra completamente diferente é desconfigurar o plano tático, inclusive dentro de 90 minutos.O título se distancia cada vez mais.

domingo, setembro 24, 2006

Todos contra um

O Grêmio vai a Goiânia, enfrentar o desesperado Goiás, que, com a volta de Geninho, tenta se recuperar. O tricolor não vence lá desde 1996, quando aplicou 3 a 1 na semifinal do Brasileirão.
Sem Hugo, suspenso, Mano deve ir de Ramón, o que, convenhamos, não é nada bom. É jogo duríssimo, aos moldes do que foi contra o Vasco. Mas dá pra ganhar. O jogo começa às 18h10min.

O Inter pega o Corinthians, no Beira-Rio. Outro jogo duro. Mas acho mais fácil o Inter bater o Timão que o Grêmio o Goiás. Afinal, o colorado joga em casa, precisa vencer (o que não acontece há duas rodadas) e o próprio adversário, apesar do crescimento, não é tudo isso. O Corinthians, de Emerson Leão, ainda guarda limitações. Vargas começa jogando, uma boa atração pro torcedor vermelho.

No entanto, tanto gremistas quanto colorados vão estar antenados no jogo do São Paulo. O time de Muricy é o inimigo a ser batido. A dupla Gre-Nal não depende só de si. Menos ainda o Inter, se quiser vencer o Brasileirão, já que não tem mais confronto direto com o São Paulo. Aliás, o tricolor paulista não vem jogando bem há horas. O problema é que permanece na frente, pontuando. Se melhorar um pouquinho de rendimento, então...
Às 16h, enfrenta o Palmeiras, em clássico a ser disputado na cidade de Ribeirão Preto.

Neste domingo, pelo menos, gremistas e colorados vão torcer para um mesmo time. Ou melhor, secar.

sábado, setembro 23, 2006

Lucas é seleção

A torcida do Grêmio já entoava esse canto há semanas. Dunga apenas ratificou-o ao convocar o volante tricolor.
Foi justa a convocação. Cabe, agora, analisar o custo benefício disso.

Lucas não jogará contra o Santos, adversário direto, na Vila Belmiro. E, provavelmente, contra o Palmeiras também.
Mas, só o fato de estar entre os convocados, já renderá, certamente, ao Grêmio, mais alguns milhões de euros quando negociar o atleta.

Acho péssimo para o futebol essas negociações prematuras, como foi com Nilmar, por exemplo, e como será com Lucas. Mas vivemos num mundo onde quem tem mais dinheiro, manda, né?

Ainda sobre Lucas: nas categorias de base do Grêmio, se mostrava muito deficiente. E melhorou muito, em um tempo até relativamente curto, já que começou profissionalmente faz 15 meses. Lucas era afoito, chegava atrasado nas divididas e passava muito mal. Agora, ele já peca menos nesses quesitos. Uma ressalva, no entanto, em seu domínio de bola, que às vezes deixa a desejar.

Mas é um garoto de 19 anos. E já é de seleção. Esse defeito será corrigido, como os outros assim o foram. Um garoto de 19 anos que, daqui a pouquinho, já viverá na Europa, longe do clube que o projetou.

Inter caindo...

O Inter perdeu de novo. Deu um calorzinho no Figueirense no segundo tempo, mas, na média, o time catarinense foi melhor.
Vargas mostrou ser melhor dos que estão jogando e, ao que tudo indica, deve estar entre os onze no próximo compromisso colorado, domingo, às 16h, contra o Corinthians, no Beira-Rio.

É um jogo que ainda se remete aos confrontos que valiam o título ano passado. O torcedor vermelho não esquece que esteve muito perto do tetra brasileiro em 2005.

Mas, acima dessas picuinhas, está a necessidade de o Inter pontuar. A tabela mostra isso. O Inter já está em quarto, daqui a pouco, não enxerga mais o São Paulo, líder da competição.

E não serve a desculpa que o time está focado no Mundial, em dezembro. Afinal, é só jogando bem agora, entrosando as novas peças, que o Inter chegará forte para o torneio, no Japão. Abel Braga dá a impressão de que, quando ganha, não sabe por que ganha. E a mesma coisa quando perde. Falta-lhe convicção.

Uma boa vitória domingo pode apagar essas más impressões.

segunda-feira, setembro 18, 2006

Mano, Léo Lima e entrevistas

Que Mano Menezes vem fazendo um bom trabalho, isso é inegável e salta aos olhos. No entanto, o que mais chama a atenção são suas entrevistas. Mano, quase sempre, faz uma boa leitura do jogo, sem maiores exaltações.
Ontem, ele foi feliz ao salientar que, apesar da goleada, o Botafogo esteve perto de empatar o placar quando ainda estava 1 a 0.
A torcida até pode achar tudo maravilhoso, afinal torcida é passional. Mas os homens que trabalham no futebol, eles sim, precisam ter o discernimento necessário. Cautela e comedimento sempre são recomendados. Foi desse modo, comendo pelas beiradas, que o Grêmio chegou a esse estágio elevado na tabela. Continue, então, com a mesma tática. Tanto dentro quanto fora do campo.

Mano puxou a orelha de Léo Lima, ontem. E o fez de um jeito tranqüilo, sem posar de manda-chuva. Assim que tem que ser, até porque o jogador tem que saber que, ali no banco, tem um comandante.

Mas toda a polêmica com Léo Lima só ganhou essa dimensão porque ele falou mal da torcida que o vaiava no primeiro tempo. É isso que dá essa mania de entrevistar jogador em saída de campo. Ou eles sempre dizem as mesmas frases feitas, ou chutam o balde, no calor da emoção. Conteúdo que é bom? Isso não.

Complicou

Campeonato Brasileiro
São Paulo 2 x 0 Internacional

A derrota de ontem do Internacional colocou em dúvida as chances coloradas de buscar o tetra brasileiro.
O time não se houve bem, jogou mal, aliás, ambas as equipes não desempenharam o seu melhor.
Em se tratando de São Paulo, é até compreensível. O time de Muricy não joga bem há horas. Mas o Inter entrou mal em campo, com um salto agulha enorme.
Logo no início, saiu atrás após gol de Lenilson. Mesmo assim, o time de Abel só foi acordar quando já havia levado o segundo gol de um São Paulo com dez homens: gol de Junior, aos 26 do segundo tempo. A partir dali, os jogadores acordaram e se deram conta de que a recuperação não viria ao natural.
Seis longos e difíceis pontos, agora, separam Inter e São Paulo. Esse foi o último confronto direto entre eles. Faltando 14 rodadas, tudo pode acontecer. No entanto, o mais provável é a manutenção da liderança são-paulina, uma equipe que vence mesmo sem jogar bem. Veremos até quando isso vai.
Outra coisa provável é que o Inter deixe três pontos em Florianópolis, na próxima quarta, diante do Figueirense. Faz tempo que o colorado não sabe o que é vencer lá. Deve ser por causa do vento, como sempre.

SÃO PAULO (2): Rogério Ceni; Ilsinho, Alex Silva, Fabão e Júnior (Lúcio); Josué, Mineiro, Danilo e Lenílson; Thiago (Edcarlos) e Alex Dias (Ramalho).
Técnico: Muricy Ramalho.

INTERNACIONAL (0): Clemer, Ceará, Índio, Fabiano Eller e Hidalgo; Wellington Monteiro, Edinho (Luiz Adriano), Michel (Perdigão) e Adriano; Fernandão e Iarley (Rentería).
Técnico: Abel Braga.

Arbitragem: Evandro César Roman (PR), auxiliado por Roberto Braatz e Gilson Bento Coutinho (PR).
Cartões amarelos: Hidalgo, Fernandão (Internacional), Alex Silva, Júnior, Thiago, Rogério Ceni e Edcarlos (São Paulo).
Cartão vermelho: Alex Silva (São Paulo).
Gols: Lenílson, aos sete minutos do primeiro tempo; Júnior, aos 25 do segundo.
Local: estádio Morumbi, em São Paulo.

domingo, setembro 17, 2006

Rômulo, Rômulo, Rômulo!

Campeonato Brasileiro
Grêmio 4 x 0 Botafogo

Tcheco não poderia jogar, motivo: amigdalite. Ramón o substituiu. Primeira má notícia. Mas, em seis minutos, Rômulo a mandou longe. Mostrando senso de colocação e oportunismo, empurrou para o gol vazio, após rebote do goleiro: 1 a 0.
A segunda má notícia veio após a inauguração do marcador. O Botafogo, aos poucos, foi melhorando na partida, após o repentino golpe. Marcelo Grohe praticou três grandes defesas e uma bola carimbou sua trave.
Mas o Grêmio, sobretudo no segundo tempo, mostrou uma boa velocidade de execução, ao sair da defesa para o ataque. Com o Botafogo mais aberto atrás do empate, as coisas ficaram mais fáceis. Léo Lima, deprimente na etapa inicial, fez a jogada para o segundo gol do Grêmio, o segundo gol de Rômulo.
Herrera pegou a vaga de Ramón. E fez muito mais. Em pouco tempo, fez um gol bem anulado e, depois, marcou de forma autêntica, mostrando muita raça, entrando de carrinho numa bola quase perdida.
Não, ainda não terminou. O valente Botafogo, agora, juntava seus cacos, já com dois a menos. Nos acréscimos, Rômulo cabeceou com consciência, após escanteio: 4 a 0.
Neste jogo, o tricolor mostrou muita coisa: soube passar bem por momentos de tensão, soube usar o contra-ataque, viu-se que não é só Tcheco que sabe bater escanteio, e mais: o Grêmio tem centroavante. E ele se chama Rômulo.
Feriado de 20 de setembro tem Grêmio e Olímpico cheio de novo. Hora de pegar outro alvi-negro: a Ponte Preta. O tricolor já ocupa a vice-liderança.
Será que terá gol de Rômulo? Ele já possui oito, sendo que só atuou pelo Grêmio após a Copa do Mundo. Está a dois gols dos líderes da artilharia, que têm 10.

GRÊMIO (4): Marcelo Grohe, Patrício, Evaldo, William e Bruno Telles; Jeovânio (Rafinha), Lucas, Léo Lima (Sandro), Ramon (Herrera) e Hugo; Rômulo.
Técnico: Mano Menezes
BOTAFOGO (0): Lopes; Leandro Carvalho (Bill), Juninho, Asprilla e Junior Cesar; Alê, Ataliba, Thiago e Zé Roberto; Lima (Thiago Xavier) e Reinaldo (Wando).

Técnico: Cuca

Árbitro: Sálvio Spinola Fagundes Filho (Fifa SP).

Cartões amarelos: Rômulo, Bruno Telles, Jeovânio (Grêmio); Juninho, Lima, Alê (Botafogo).

Cartões vermelhos: Junior Cesar, Ataliba (Botafogo)

Gols: Rômulo, aos seis minutos do primeiro tempo; Rômulo, aos 25 e aos 44, Herrera, aos 35 minutos do segundo tempo.

Local: estádio Olímpico, em Porto Alegre.

sábado, setembro 16, 2006

Sorteio fica pro dia 12

Será no dia 12 de outubro o sorteio das chaves do Mundial Interclubes, a ser disputado no Japão.
O Inter pode cair na chave do bom time mexicano do América. No entanto, se levar sorte, deve pegar uma baba lá da África ou Ásia, caso do São Paulo, ano passado.

Mas não é incumbência colorada se atemorizar com a possibilidade de enfrentar um time um pouco melhor antes do confronto diante do Barcelona.

Afinal, o Inter é campeão da Libertadores. Melhor credencial para ele meter medo não lhe falta.

sexta-feira, setembro 15, 2006

103 anos de Grêmio

No dia 15 de setembro de 1903 era fundado o Grêmio Football Portoalegrense, em Porto Alegre, na rua 15 de novembro de uma Porto Alegre bem diferente do que é hoje. Trinta e dois rapazes se reuniram no Salão Grau, restaurante de um hotel da capital, e deram início à história de um clube vencedor. Carlos Luiz Bohrer foi eleito o primeiro Presidente.

Mas não foi só Porto Alegre que mudou nesses 103 anos.

E por isso é que esses 103 anos de Grêmio devem ser comemorados. Um clube que atravessa um século, apesar de todas as dificuldades, merece uma homenagem.

Houve derrotas, e haverá. Bem como vitórias, que são muitas e ainda lembradas. Mas o que fica, ainda, além de títulos épicos e de decepções retumbantes, é o torcedor. Em 103 anos, muitos já se acomodoram nas arquibancadas do Olímpico (nos pavilhões da Baixada também!). Tomaram chuva, viram seu contado dinheiro ir pro ralo ao ver seu time perder. Mas igualmente pularam e sorriram com alegrias. E é com essa esperança que se auto-renova a cada semana, a cada partida, de que tudo vai mudar para melhor, é com ela que o futebol se alimenta. O torcedor, em primeiro lugar, que é o combustível para esse espetáculo.

Então, parabéns, torcedor do Grêmio e, claro, Parabéns, Grêmio!

Boca, time copeiro

E o Boca Juniors manteve a estatística recente de times argentinos em cima de brasileiros em mata-mata.
Com o empate de ontem, por 2 a 2 com o São Paulo, no Morumbi, o Boca sagrou-se campeão da Recopa Sul-Americana.
Foi um jogo à feição para o time argentino. O São Paulo era insistente, porém previsível. Nem o gol de Junior abateu o Boca, que tomou conta do jogo logo depois e empatou com o endiabrado Palácio. Cozinhando a partida com sabedoria, muita marcação e bom toque de bola, até o tosco Palermo fez golaço. Ele cortou a zaga paulista e fuzilou Rogerio Ceni. O São Paulo ainda empatou com um gol contra. Nada que pudesse ofuscar o brilho da conquista argentina.
Ganhou o mais organizado.
E o São Paulo junta os cacos para, no domingo, pegar o Inter, no Morumbi. Mais uma decisão na qual Muricy Ramalho não quer ser vice. Com o fracasso de ontem, o técnico já soma quatro vice-campeonatos consecutivos.
Falando em treinadores, Alfio Basile despediu-se ontem do Boca. Ele vai se dedicar exclusivamente à seleção argentina.

quarta-feira, setembro 13, 2006

Vê se pode isso!

A polêmica da semana (pra não dizer mico).
O jogo era entre Santacruzense e Atlético Sorocaba, no último domingo, pela décima rodada do Grupo 3 da Copa Federação Paulista de Futebol.
A árbitra Silvia Regina validou um gol de gândula!
As Comissões de arbitragens - tanto de SP como da CBF - prometem punições a ela e, claro, ao auxiliar Andrade Motta Júnior.
Nunca gostei das arbitragens dessa juíza, acho ela fraca tecnicamente.
E não tem nada a ver com o fato de se tratar de uma mulher. A questão aí não é sexo, mas competência. Nem ela nem seu auxiliar a possuem.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Seis pontos e nada mais

O Grêmio entra em uma das semanas mais decisivas, para ele, no Campeonato Brasileiro.
A palavra chave é obrigação. Os próximos dois adversários serão no Olímpico, a saber, Botafogo e Ponte Preta. O Grêmio precisa fazer os seis pontos, se quiser acumular gordura para quando sair de seus domínios.

Para tanto, o time precisa voltar a jogar bem. Principalmente, o setor de meio-campo. Léo Lima, como se viu, faz falta realmente. Ramón foi ao Rio apenas para conhecer as belas praias de lá, nada jogou em São Januário.

Léo Lima pode retornar no domingo. Um alento, ao menos.

O único que se salvou do último jogo foi o volante Lucas. Jogou por todos no sábado. Está mantendo uma boa regularidade. Pena que, daqui a pouco, deva ser negociado, tão logo termine a temporada. Malditos euros...

E sobre Mano e Tcheco: acho certo o pensamento de Mano Menezes. Não tem essa de ficar miando depois de cada jogo por causa de dor. Então, por que joga? No entanto, não acho certo fazer essa reprimenda diante de dezenas de microfones. Isso é assunto interno.

Mas o Grêmio tem que tratar de somar seis pontos nos próximos dois compromissos. O resto é perfumaria.

Salto colorado

Campeonato Brasileiro
Internacional 2 x 0 Atlético-PR

O Inter não só venceu o Atlético-PR como jogou bem. Se não fossem as traves do Beira-Rio, a sacola do Furacão retornaria para Curitiba bem mais recheada de gols.
E começou cedo: logo aos seis minutos, Adriano Gabiru emendou escorada de Fernandão: 1 a 0. Sempre através da bola aérea, o Inter empilhou gols perdidos. O Atlético chegou apenas duas vezes, meio sem querer. Mas assustou: numa delas, Dênis Marques cabeceou para grande defesa de Clemer.
No segundo tempo, o panorama não mudou. Nem o estilo de atacar colorado. Em um escanteio, Fabiano Eller, de boa atuação, fuzila de cabeça o goleiro. A bola teimou, teimou, mas acabou passando a linha: gol, 2 a 0. Liquidada a fatura. Bom jogo, boa atuação e boa vitória. Quer coisa melhor? Esses três pontos deram ao Inter a segunda colocação. Em uma rodada, o colorado ultrapassou Grêmio e Santos, saltando duas posições. Ah, e está a uma vitória de pegar o São Paulo, sendo que este é o próximo oponente dos vermelhos.
Salto duplo? Acho que não mais. Salto triplo, sim. Foi o que fez o Inter nessa rodada. E salto, também, no quesito bom futebol. Já era tempo...
Enfim, vitória no Gigante. Ela não vinha desde o jogo contra a Ponte Preta, em um 2 a 0. Bah, tempo, hein?

INTERNACIONAL (2): Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Wellington Monteiro, Edinho, Adriano (Perdigão) e Michel (Ramon); Fernandão e Iarley (Luis Adriano)Técnico: Abel Braga

ATLÉTICO-PR (0): Cléber; Jancarlos, Danilo, Cesar e Michel; Marcelo Silva, Erandir (Rodolfo), William (Paulo Rink) e Ferreira (Alan Bahia); Denis Marques e Marcos Aurélio.
Técnico: Osvaldo Alvarez

Árbitro: Álvaro Azeredo Quelhas (MG), auxiliado por Marco Antônio Gomes (Fifa/MG) e Guilherme Dias Camilo (MG).
Cartões amarelos: Danilo, Erandir, Alan Bahia (Atlético), Ramon.
Gols: Adriano, aos 5 minutos do primeiro tempo. Fabiano Eller, aos 6 minutos do segundo tempo.
Renda: R$ 212.594,00
Público: 36.824 pessoas
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

domingo, setembro 10, 2006

Em busca do tetra

O Inter não tem muito o que fazer no Brasileirão. Se ficar da segunda a 16ª colocação, não muda nada. E, como é muito difícil que vá para a zona de rebaixamento, ao Inter cabe buscar o título ou nada.
Caso vença o Atlético-PR, hoje, às 18h10min, no Beira-Rio, dará um passo importante para tanto.
Dependendo de resultados paralelos, o Inter pode fechar essa rodada em segundo, a apenas 2 pontos do líder São Paulo. O Grêmio, ontem, já deixou de somar dois.
Aí entra um dado interessante, por falar em Grêmio. Com o Inter na zona da Libertadores, abre-se mais um vaga, pois o colorado já tem vaga assegurada no torneio continental. E isso facilitaria a vida do Grêmio que não precisaria fazer mais sete pontos até o fim do Campeonato a fim de chegar à Libertadores.
E então? O Inter, na busca do título, pode não conquistá-lo e deixar uma vaga sobrando para o Grêmio retornar à Libertadores. Torcedor tricolor, é bom pensar duas vezes antes de secar o rival a partir de agora.

INTERNACIONAL: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Rubens Cardoso; Wellington Monteiro (Perdigão) Edinho, Adriano e Michel; Fernandão e Iarley.
Técnico: Abel Braga.

ATLÉTICO-PR: Cléber; Jancarlos, Danilo, Cesar e Michel; Marcelo Silva (Alan Bahia), Erandir, Fabrício (William) e Ferreira; Denis Marques (Paulo Rink) e Marcos Aurélio.
Técnico: Osvaldo Alvarez.

Horário: 18h10m (de Brasília).
Árbitro: Álvaro Azeredo Quelhas (MG), auxiliado por Marco Antônio Gomes (Fifa/MG) e Guilherme Dias Camilo (MG).
Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)

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O Juventude também joga hoje, contra o Cruzeiro, em Caxias, às 16h.

Pela Série C, o Brasil-Pe começa a terceira fase do torneio contra os mineiros do Ipatinga, às 15h30min, em Pelotas.

Não, não deu pra ganhar

Campeonato Brasileiro
Vasco 1 x 1 Grêmio

O adversário, como se previa, era inferior. Mesmo assim, o Grêmio esbarrou em seus próprios defeitos. Mais uma vez, a dupla dinâmica de laterais deixou a desejar, sem contar os incontáveis erros de passes.
Apesar de superior em campo, o Grêmio pouco fez de efetivo para suplantar o rival. Foi através de um chute de média distância que saiu o gol tricolor: Lucas, de boa participação, acertou o cantinho do goleiro Cássio.
O Vasco também lançou mão de um chute de longe para empatar. Andrade cobrou falta com força, a bola saiu cheia de efeito. Mas era de uma distância grande. Marcelo Grohe chegou atrasado nela: 1 a 1.
O segundo tempo foi para cardíacos. Mas não pela emoção, e sim pela ruindade. Não é qualquer um que agüentaria ver tamanha pelada. Mano tentou mexer para sacudir a equipe. Inócuo.
Foi um empate justo. Para o Vasco porque é ruim que dói. E para o Grêmio que, dotado de poucas luzes, não soube tirar proveito disso.
O tricolor tem uma semana inteira para trabalhar. A vitória contra o ascendente Botafogo, no Olímpico, no próximo domingo, tornou-se inadiável.

VASCO (1): Cássio, Fábio Braz, Carlão e Paulão; Wagner Diniz, Ygor, Andrade (Madson), Morais e Diego; Jean (Fábio Junior) e Faioli (Valdiram).
Técnico: Renato Gaúcho.

GRÊMIO (1): Marcelo Grohe, Patrício, Evaldo, William e Wellington; Jeovânio, Lucas, Tcheco, Ramón (Rafinha) e Hugo (Ricardinho); Rômulo (Rudinei).
Técnico: Mano Menezes.

Arbitragem: Cléber Wellington Abade (SP), auxiliado por Valter José dos Reis (SP) e Emerson Augusto de Carvalho (SP)

Público: 8.229

Cartões amarelos: Ygor, Faioli e Jean (Vasco); Wellington e Hugo (Grêmio)

Gols: Lucas, aos 32, e Andrade, aos 41 minutos do primeiro tempo.

Local: estádio São Januário, no Rio de Janeiro.

sábado, setembro 09, 2006

Dá pra ganhar

Se retrospecto ganhasse jogo, seria melhor o Grêmio nem pisar o gramado de São Januário, hoje, às 18h10min.
Perdeu para o Vasco, repleto de reservas, no Olímpico, no primeiro turno. E Renato Gaúcho, técnico vascaíno, não perdeu para gaúchos nesse Brasileirão.
E mais: quando treinava outro clube carioca, o Fluminense, também já havia vencido o tricolor dos pampas.

Mas retrospecto não ganha jogo. O Grêmio tem mais time (não muuuito mais, mas tem) e conta com a volta do meia Hugo. É um jogo bom para o Grêmio. Se vencer, livra sete pontos de vantagem do Vasco, consolidando-se cada vez mais na zona da Libertadores. Caso empate, mantém-se a diferença de quatro pontos. Só perder não vale, pois aproxima perigosamente o time da cruz de malta.

O Grêmio tem que ir para cima, como o fez contra o Corinthians, no Pacaembu. É jogo que dá pra ganhar.

VASCO: Cássio, Fábio Braz, Paulão e Carlão; Wagner Diniz, Ygor, Andrade, Morais e Diego; Jean e Faioli.
Técnico: Renato Gaúcho

GRÊMIO: Marcelo Grohe, Patrício, Evaldo, William e Wellington; Jeovânio, Lucas, Tcheco, Ramón e Hugo; Rômulo.
Técnico: Mano Menezes

Horário: 18h10min
Árbitro: Cléber Wellington Abade (SP), auxiliado por Valter José dos Reis e Emerson Augusto de Carvalho (SP).
Local: estádio São Januário, Rio de Janeiro.

sexta-feira, setembro 08, 2006

Sul-Americana

Começou neste meio de semana a Copa Sul-Americana.
Quarta e quinta, os clubes brasileiros começaram a fase nacional da competição. São jogos mata-mata, de ida e volta, com gol qualificado.

Quarta:
Santos 1 x 0 Cruzeiro
Paraná 1 x 3 Atlético-PR
Vasco 0 x 1 Corinthians

Quinta:
Botafogo 1 x 1 Fluminense

Os oito clubes brasileiros têm a missão de barrar a hegemonia argentina.
O San Lorenzo venceu em 2002, quando o Brasil não enviou representantes, e o Boca Juniors emplacou um bicampeonato, em 2004 e 2005. Apenas o peruano Cienciano conseguiu superar los hermanos. Em 2003, sagrou-se campeão ao vencer o River Plate.

O interessante da Copa Sul-Americana aqui no Brasil é que seu valor varia muito.
Quando um clube entra na zona de classificação para disputá-la, no Campeonato Brasileiro, todos os seus integrantes saúdam o feito. Mas, aí, no ano seguinte, quando é para disputar a bendita Copa Sul-Americana, dirigentes, técnico e jogadores reclamam da sua concomitância com o torneio nacional. Ah, e põem reservas daí. Bah, que coerência, hein?
Era mais ou menos o discurso de Muricy Ramalho no Inter. Falava bem quando estava na zona da Sul-Americana, mas, ao disputá-la, fazia beicinho.
O que se pode fazer, né?

E as coisas se repetem...

Em mais uma final na qual esteve o São Paulo, o time começou se dando mal. Ontem, perdeu, de virada, para o Boca Juniors, no primeiro jogo da decisão da Recopa Sul-Americana: 2 a 1. Isso não lembra algo?

Apesar do gol inaugural do atacante Tiago, o São Paulo não se houve bem. Marcou mal, o que facilitou o bom futebol do avante Palacio (foto). O garoto deitou e rolou na zaga são-paulina e fez os dois gols. Isso não lembra algo?

O segundo gol de Palacio e do Boca veio após uma rebatida de Rogério Ceni, que acabou deixando a bola no pé do atacante argentino. Lembra algo, não lembra?

Pois é, os erros de Muricy Ramalho no esquema tático também permaneceram, tal qual na decisão da Libertadores, há menos de um mês.

Parece que há quem não aprenda com os erros. E o São Paulo, com isso, vai ficando com mais um vice-campeonato.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Noite de bom futebol

Bom, essa é a conclusão que se chega quando se vê que, hoje à noite, às 22h, jogam Boca Juniors e São Paulo, na Argentina.
O jogo é válido pelas finais da Recopa Sul-Americana, que reúne o campeão da Libertadores e o vencedor da Copa Sul-Americana.
A decisão será em duas partidas. Uma na Bombonera, outra no Morumbi.

Ano que vem, o Inter disputará a competição, como campeão da Libertadores desse ano.

O Grêmio já conquistou a Recopa. Foi em 1996, quando se disputava a taça no Japão, mais precisamente na cidade de Kobe. O tricolor (campeão da Libertadores de 1995) goleou o argentino Independiente (campeão da Conmebol de 1995) por 4 a 1. Jardel, Carlos Miguel, Adilson e Paulo Nunes marcaram.

O São Paulo espera conquistar o tri da Recopa. Já o Boca vislumbra a quebra de um belo recorde: caso vença a Recopa, os argentinos chegarão a 16 títulos internacionais. Independiente e Milan têm 15 e ficariam para trás.

Ah, além desses números e curiosidades, tem o jogo em si, que deve render. Noite de TV e futebol, então.

Palhaçada

Beira-Rio, ontem. Fotógrafos e repórteres se acotovelam buscando, sôfregos, um espaço para vê-lo. Eis que o dito-cujo emerge do carro último tipo vindo não se sabe de onde. Sob mil microfones e flashes, ele veste a camisa vermelha. Dá entrevistas, faz pose.
Não, não é o quarto reforço do Internacional vindo a se somar com Hidalgo, Vargas e Pinga.
Trata-se tão somente de um garoto de DOZE anos. Diego é o nome dele. Ele é sobrinho de Ronaldinho, irmão de Assis. Ambos ex-jogadores do Grêmio.
Considero todo esse circo um... circo! Ora, com 12 anos uma pessoa não está formada nem em termos de caráter nem no que diz respeito à parte física. Que dirá como jogador de futebol.
Tá certo que é uma notícia interessante e tal. É curioso o fato de mais um possível bom jogador da família Assis, agora, jogar no Inter. É curioso, sim, mas não surpreendente. Assis, que se tornou o mais ardiloso dos empresários, viu que a maré está mais alta na Padre Cacique e não pensou duas vezes. Ou melhor ainda: pensou uma vez e em uma coisa: em dinheiro.
Os gremistas que o digam.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Xavante firme

O Brasil, de Pelotas, é o único clube gaúcho que ainda respira na Série C do Campeonato Brasileiro.

Pela última rodada da segunda fase, o Xavante venceu o Rio Branco por 1 a 0, em Pelotas, no último domingo. A Ulbra, outra equipe do RS, deu adeus à competição na mesma tarde.

Agora, são 16 equipes divididas em quatro grupos. O Brasil se encontra no grupo 27, com Noroeste (SP), Anapolina (GO) e Ipatinga (MG).

Quem sabe não teremos, no ano que vem, um representante gaúcho na Série B. Ah, e da maneira boa: através de um vitória na Terceirona, e não pela queda na Série A.

terça-feira, setembro 05, 2006

Brasil vence de novo

Não foi um adversário da envergadura de uma Argentina, mas vencer é sempre bom e recomendável.
A Seleção brasileira aplicou 2 a 0 no País de Gales, time muito fraco, o que não seria novidade.
O Brasil não se houve bem. Faltou articulação, embora o meio-de-campo contasse com a dupla Ronaldinho e Kaká.
Foi num chutaço de longe, do estreante Marcelo, que saiu o gol inaugural. Depois, Vagner Love, de cabeça, enterrou de vez os donos da casa.
O time de Dunga estava modificado, é verdade, mas retrocedeu de uma partida para outra. Foi só mais um amistoso pouco emocionante, que não serve como parâmetro. É bom, sim, para movimentar alguns jogadores e trazer novos talentos para o convívio de uma Seleção.
E esse ano teremos mais amistosos. Dunga não quer parar de testar. Para quem quer renovar, faz muito bem.

Casas cheias

O bom momento vivido dentro de campo pela dupla Gre-Nal, com o Grêmio em 3º e o Inter ocupando a quarta posição na tabela do Brasileirão, acaba respingando na torcida.

Segundo estatísticas da CBF, o Internacional é o clube com maior público total em jogos (192.263). O Grêmio (183.303 ) vem logo depois, em segundo.
No quesito média de público, a coisa se inverte. Quem toma a dianteira é o Grêmio (22.913) e o Inter (21.363) vem em segundo.

O Inter mandou nove partidas, enquanto o Grêmio, oito.

Isso mostra que a torcida está sempre aí, pronta para ajudar. E, quando o time colabora, jogando bem e conquistando pontos, o torcedor vai junto, no embalo.

Agora só falta a dupla assumir as duas primeiras colocações da tabela do campeonato, dentro das quatro linhas. Tempo e bola para isso ambos possuem. Ah, e torcida também.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Um legítimo camisa 10

Tcheco não é um craque, longe disso. Não possui uma velocidade espantosa nem aplica dribles desconcertantes.
No entanto, ele é capaz de arrumar um meio-de-campo. Sempre bem colocado e voluntarioso, mesmo um pouco lento às vezes, Tcheco é peça chave no esquema de Mano Menezes.
Mas existe uma sombra para Tcheco. E não é nenhum jogador concorrente nem nada. Trata-se do novo terror da classe de jogadores de futebol: o púbis. Por causa dele, Tcheco pouco ajudou nos Gre-Nais decisivos do Gauchão.
Hoje, a lesão ainda o incomoda. Mas, segundo o próprio jogador, os trabalhos diários estão conseguindo enganar a dor.
Tcheco nem falta mais está batendo para não forçar.
Tcheco só não pode parar de bater escanteios. Seu aproveitamento é acima da média. Nos útimos três jogos, o Grêmio marcou quatro gols oriundos de escanteios. Todos cobrados por Tcheco.
Isso é qualidade, sim. Mas também é treino. A tendência é melhorar. Esperemos o próximo sábado. O treinador vascaíno Renato Gáucho deve estar preocupado com essa jogada tricolor.
Enfim, Tcheco é fundamental para o Grêmio manter essa campanha excelente e acima das expectativas.

22ª rodada do Brasileirão

Resultados:

Cruzeiro 2 x 2 Figueirense - Atlético-PR 0 x 5 Botafogo
Flamengo 1 x 2 Internacional - Goiás 2 x o Juventude
Grêmio 2 x 1 Paraná - Santa Cruz 1 x 3 São Paulo
Santos 5 x 1 Palmeiras - Fluminense 1 x 1 Vasco
São Caetano 0 x 0 Fortaleza - Corinthians 1 x o Ponte Preta

Trata-se de um campeonato no qual a tônica é a indefinição.

Quem imaginaria o Botafogo goleando em duas rodadas seguidas? Ou o Grêmio que, nos últimos sete jogos, só perdeu pontos para o Flamengo, em um jogo que não deveria ter sido derrotado?

O São Paulo pontuou de novo e mantém boa distância lá em cima na tabela. Porém, o rendimento do time de Muricy não é dos melhores, enquanto que seus adversários mais próximos estão em curva ascendente: Grêmio, Inter e Santos. Esse último aplicou 5 no Pameiras, de Tite, que não havia sido derrotado desde a volta da parada da Copa.

Mas também nem tudo é surpresa no Brasileirão. São Caetano e Fortaleza empataram sem gols no Anacleto Campanella. Não vi o jogo, mas deve ter sido uma beleeeeeza...
Ah, e o estádio lotado, com certeza. Todos os seis integrantes da Bengala Azul devem ter comparecido.

domingo, setembro 03, 2006

Muy amigo...

Os nossos hermanos argentinos viram do que é capaz a Seleção Brasileira de Dunga. Levaram 3 a 0.

O Brasil não foi sublime, mas, durante grande parte do tempo, foi superior. Elano, um coadjuvante entre estrelas, marcou duas vezes, sem contar sua excelente atuação.
Kaká entrou no segundo tempo e arranjou tempo de fazer um belo gol. O meia do Milan saiu da intermediária brasileira com a bola dominada e só foi parar quando a redonda encontrou as redes argentinas.

É muito bom ver amistoso do Brasil quando não é contra uma Letônia da vida.
Mas não se animem. Nesta terça, volta a baba: o Brasil enfrenta o País de Gales, em Londres.

Brasil e Argentina inauguraram, hoje, o novo estádio do clube inglês Arsenal.

Reencontro perfeito

Campeonato Brasileiro
Grêmio 2 x 1 Paraná

O melhor adjetivo para qualificar o jogo desta tarde é: difícil. As duas equipes marcaram muito forte, espaço era artefato raro na partida. Talvez por isso os gols saíram de bolas paradas.
Logo aos 16 minutos, Angelo cobrou falta na gaveta e calou o Olímpico com 40 mil gremistas, que apoiavam o time após a punição em Caxias.
Mas Tcheco, aos 31 minutos, acertou o pé em um escanteio da direita. William também. Arrematou de primeira, no cantinho, belo gol e o empate. Isso, porém, não facilitou as ações.
No intervalo, Mano Menezes descartou o garoto Bruno Teles, que estava atuando como volante. Ele comprometera na primeira etapa. Entrou um atacante: Herrera. Ele pouco produziu. O Grêmio, no entanto, partiu para cima. Apesar de organizado, o time não encontrava brechas na sólida defesa paranista.
Precisou, então, de mais uma bola parada. A melhor de todas, a mais letal de todas: o pênalti. Rafinha foi calçado na risca da área. O time inteiro do Paraná cercou o árbitro, que se mostrou irredutível. Tcheco, com categoria, converteu a penalidade, aos 29 minutos. O Grêmio virava o jogo.
Mas havia muito tempo ainda. O Paraná se aproveitou e mandou pressão. Sempre pela esquerda com o bom lateral Edinho.
O Olímpico era só tensão. Mas ela acabou aos 49 minutos. Foi um parto, mas saíram mais três pontos. Agora, são 38 no total. O Grêmio se consolida na terceira colocação. Próximo fim-de-semana, o adversário é o Vasco, no Rio.
O Grêmio voltou para casa. E espera-se que seja para ficar, não é mesmo, STJD?

GRÊMIO (2): Marcelo Grohe, Pereira, William e Wellington; Patrício, Bruno Telles (Herrera), Lucas, Tcheco, Ramón (Rudinei) e Rafinha; Rômulo (Ricardinho).
Técnico: Mano Menezes

PARANÁ (1): Flávio, Gustavo, Émerson e Neguete; Ângelo, Pierre (Gérson), Beto, Joelson (Sandro), Maicossuel (Jefferson) e Edinho; Henrique.
Técnico: Caio Júnior

Gols: Ângelo, aos 16 minutos e William, aos 31 minutos do primeiro tempo; Tcheco, aos 29 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Bruno Telles (G), Maicossuel (P), Gustavo (P), Beto (P), Neguete (P), Joelson (P), Tcheco (G), Émerson (P), Pierre (P) e Wellington (G).

Cartões vermelhos: Émerson (P), Herrera (G) e Edinho (P).

Local: estádio Olímpico, em Porto Alegre.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Apatifaram, hein?

Então tá combinado! Todo o time que se sentir prejudicado pela arbitragem e reclamar da mesma à CBF vai ver o referido juiz na geladeira.
Foi o que deu a entender a estapafúrdia decisão dessa entidade. Ela não pôs o árbitro Carlos Eugênio Simon (foto) nem nos sorteios desta rodada de fim-de-semana.
E a decisão veio justamente após um pedido da diretoria do São Paulo para que Simon não mais apitasse partidas são-paulinas.

A gloriosa CBF abriu um precedente perigoso.

O próprio Simon, duas Copas do Mundo consecutivas nas costas, não compreendeu a ausência de seu nome nas bolinhas a serem sorteadas.

Se, a cada erro de um árbitro, este ficar fora da próxima rodada, temo pelo fim do Brasileirão. Vai faltar quem sopre o apito.

Entra-e-sai no time de Mano

O volante Lucas retornará ao time. Mas é muito provável que em função um pouco diferente. O sobrinho de Leivinha deverá atuar mais recuado, como primeiro homem de meio-campo, o cabeça-de-área. Jeovânio, titular da posição, está suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Nunes, seu substituto mais natural, fraturou o pé em Caxias. Pára por 45 dias.
A tendência é que Tcheco continue sendo o segundo volante.
Léo Lima, lesionado, também desfalca o time. Os três jogadores à frente da dupla de volantes devem ser Hugo, Rafinha e Ramon.
Na zaga, William retorna. Sai o argentino Maidana.

Na realidade, o único real problema de Mano Menezes é o meio-campo. Afinal, Léo Lima, apesar de ainda fora de forma, conferiu ao setor um toque considerável de qualidade. Jeovânio talvez nem se configure em desfalque. Basta notar nos jogos do tricolor: ele entrega, pelo menos, uma bola para o adversário nas imediações da grande área defensiva. Jeovânio, ainda, tem péssimo passe. Destaca-se, de vez em quando, pela disposição. Menos mal.

Quem sabe, neste domingo, diante do Paraná, essa nova dupla de volantes, Lucas e Tcheco, não se firme. Quanto mais qualidade no time, melhor.